Erika Hilton

Deputada federal por São Paulo
Por Laura Aidar
Formada em Comunicação

Biografia de Erika Hilton

Erika Hilton (1992-) foi eleita deputada federal por São Paulo nas eleições de 2022, se tornando a primeira travesti e negra a ocupar o cargo.

Carreira política

Seu primeiro cargo na política foi em 2018 no mandato coletivo da Bancada Ativista como co-deputada estadual por São Paulo. Dois anos depois, em 2020, se elegeu como vereadora, também na cidade de São Paulo, sendo a mais votada para o cargo e alcançando notoriedade.

Filiada ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), Erika se alinha às pautas da esquerda, defendendo os interesses da população negra, LGBT+ e outra minorias.

Vida pessoal e trajetória

Nascida em 9 de dezembro de 1992 em Franco da Rocha, Erika Santos Silva, cresceu na periferia de Francisco Morato. Aos 14 anos foi viver em Itu com tios evangélicos que a enviaram à igreja para que fosse "curada" da transsexualidade.

Aos 15 anos foi expulsa de casa por conta da identidade de gênero. Assim, desamparada e vivendo nas ruas, não teve outra alternativa a não ser a prostituição.

Seis anos mais tarde restabeleceu os laços com a mãe e voltou a morar com ela. Foi só então que retomou os estudos e terminou o ensino médio.

Entrou na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde iniciou o curso de pedagogia e gerontologia. Foi lá que entrou para o movimento estudantil, fundando um cursinho pré-vestibular para mulheres trans e travestis.

Em 2015 inicia um embate com uma empresa de ônibus que não aceitou imprimir seu nome social em sua passagem. Depois de grande mobilização online pelo direito de pessoas trans ao nome social, Hilton teve sucesso.

A partir de então ela começa a falar a favor dos direitos LGBT+ em escolas e faculdades, além de se filiar ao PSOL. Em 2016 concorre como vereadora de Itu, não sendo eleita.

Ameaças e intimidações

Por ser uma mulher negra, trans e que defende os direitos de uma parcela marginalizada da população, Erika Hilton sofre constantes ataques e ameaças.

Em janeiro de 2021 a parlamentar foi perseguida dentro da Câmara Municipal de São Paulo por um homem mascarado que portava símbolos religiosos.

Ela também já sofreu inúmeros ataques transfóbicos e racistas na internet, chegando a protocolar ações contra essas pessoas.

Laura Aidar
Formada em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e em Fotografia pela Escola Panamericana de Arte e Design.
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