Família Rockefeller: 10 fatos que você não sabia sobre os mais ricos da história

Gessica Borges
Gessica Borges
Bacharel em Publicidade e Propaganda. Mestre em Estudos Africanos.

A história de riqueza da família Rockefeller começou no final do século XIX, com os irmãos William e John Davison Rockefeller.

O jovem Davison, ainda adolescente, mudou-se com a família para Cleveland, Ohio, nos Estados Unidos e, segundo uma de suas biografias, o sonho do menino era ganhar cem mil dólares e viver cem anos. 

Vejamos o que ele conseguiu nesta jornada através de 10 fatos curiosos que rondam um dos homens mais ricos da história e a sua família. 

1. O pai de John D. Rockefeller foi um viajante vigarista 

Pode-se pensar que uma família que construiu uma fortuna tão grande teve homens influentes como base, não é? Mas não. Bill Rockefeller, o pai do homem que viria a ser o primeiro bilionário do mundo, era um vigarista que viajava pelo país vendendo às pessoas poções inúteis que ele dizia servir para fins medicinais. 

2. Antes dos 30 anos de idade, John D. Rockefeller já era um empresário de sucesso 

O empresário John D. Rockefeller Sr.
O empresário John D. Rockefeller

Com apenas vinte anos de idade, John Davison já havia fundado a sua primeira empresa; quando completou vinte e quatro, comprou a primeira refinaria de óleo da cidade, e aos trinta fundou a Standard Oil Company, que por muitos anos deteve o monopólio do petróleo americano, com mais de 90% do mercado. 

Foi assim que a dinastia Rockefeller começou, abrangendo hoje mais de 200 pessoas que reúnem um patrimônio coletivo de cerca de US$ 10 bilhões e, segundo a lista da revista Forbes, é uma das famílias mais ricas da história. 

3. John D. Rockefeller possuiu uma fortuna quatro vezes maior que a de Bill Gates 

Seu objetivo de viver cem anos quase foi cumprido. John faleceu aos noventa e sete anos de idade, e sua fortuna na época (1937) equivalia a 1,5% da produção econômica total dos Estados Unidos. Um patrimônio líquido de cerca de US$ 340 bilhões! Quatro vezes mais do Bill Gates, e mesmo o dobro do patrimônio do atual homem mais rico do mundo, Jeff Bezos. 

4. Como um autêntico excêntrico, John D. Rockefeller tinha algumas manias 

Já quando estava mais velho, o Rockefeller pai costumava distribuir moedas de cinco e dez cêntimos a qualquer pessoa que visse pela frente: pobres, ricos, funcionários, qualquer um. Chegou a dar uma para o milionário da indústria de pneus Harvey Firestone. 

Rockefeller também comemorava o dia em que começou em seu primeiro trabalho com mais entusiasmo que o seu próprio aniversário. Todos os anos, dia 25 de Setembro comemorava-se o Dia do Trabalho em suas empresas.  

O empresário também não tomava uma gota de álcool e nem fumava, e foi assim durante toda a sua vida. 

5. A Família criou um dos maiores pontos turísticos de Nova York 

Vista aérea do Rockfeller Center
Vista aérea do Rockefeller Center

O Rockefeller Center é um complexo comercial localizado na área com os maiores arranha-céus de Manhattan.

Antes de se tornar o local com alguns dos maiores prédios da cidade, o Rockefeller Center era para ser uma Casa de Ópera. O acordo de compra foi feito com a Família Rockefeller três anos antes da crise americana de 1929, o que fez com que a companhia Metropolitan Opera saísse do projeto. Foi então que a família optou por criar o maior centro empresarial privado do planeta, abrigando diversas empresas de mídia, como o Radio City Music Hall e a sede da rede de televisão americana NBC. 

John Davison Rockefeller Jr. também fez doações generosas de terra e dinheiro para construção do Museu de Arte Moderna em Nova York e o Metropolitan Museum of Art, conhecido informalmente como The Met

6. A Família Rockefeller doa quase tanto dinheiro quanto ganha 

A veia filantrópica de John D. Rockefeller foi influenciada por sua mãe, mulher muito religiosa, protestante (Igreja Batista) que o incentivava a ganhar dinheiro de forma a ter sempre mais para doar à igreja. 

A lista de causas apoiadas por John é enorme. Igrejas batistas, universidades, e áreas medicinais foram os principais beneficiários das grandes fortunas doadas pelo empresário, que considerava a sua riqueza uma dádiva de Deus e, por esse motivo, deveria voltar aos mais necessitados. 

John D. Rockefeller doou mais de US$ 500 milhões de dólares durante a sua vida. E até o ano de 1960 seu filho, John D. Rockefeller Jr. já havia doado mais de US$ 1 bilhão de dólares para caridade. 

7. A Universidade de Chicago não existiria se não fosse pela Família Rockefeller 

Universidade de Chicago
Área interna da Universidade de Chicago 

Em 1890, John e outros membros da Família Rockefeller decidiram fundar a Universidade de Chicago, instituição que ainda forma renomados pesquisadores e intelectuais, tendo mais de setenta ganhadores de Prêmios Nobel em diversos campos de estudo, principalmente em economia. 

Para fundação da mesma, o empresário doou o equivalente a US$ 2 bilhões de dólares atuais! 

8. A Família Rockefeller controla imóveis, universidades, indústria, bancos e política 

Sendo uma das maiores dinastias do mundo, a família já está na sexta geração, e entre os membros da família já estiveram: vice-presidentes dos EUA, senadores e governadores. Além de, é claro, possuírem negócios no mundo todo nas indústrias e mercados mais ricos da história, como o mercado imobiliário e as instituições financeiras.  

9. A Família Rockefeller possui uma poupança de dinheiro que ninguém mexe 

Não é raro sabermos de histórias de famílias ricas que perderam toda a sua fortuna com o tempo. Bom, uma das fórmulas de multiplicação e preservação do dinheiro da Família Rockefeller é uma espécie de fundo mantido pela família desde a década de 1930, que nunca pode ser tocado. 

Um comitê de confiança supervisiona esse dinheiro e os membros da família recebem porções da fortuna que é gerado através da especulação do montante principal.

10. No Brasil, a Família Rockefeller participou da criação da Sociedade Eugênica de São Paulo 

Família Rockefeller
Família Rockefeller

Era por volta de 1920 e a Fundação Rockefeller chegava ao Brasil financiando ideias de eugenismo que permeavam a comunidade científica e política da época.

A Fundação ajudou a implementação do que chamavam de movimento de saúde pública ou movimento sanitarista, onde a regra máxima era sanear e eugenizar. O objetivo geral e mais polêmico das organizações eugênicas brasileiras era regenerar a nação para evoluir a uma raça pura, o que incluía o extermínio de quem era considerado degenerado. No caso, pobres, pessoas com qualquer deficiência, pessoas mestiças e de ascendência africana.

Conheça mais aqui sobre a biografia de John Rockefeller

Gessica Borges
Gessica Borges
Comunicadora, redatora, curiosa de berço e apaixonada por cultura em geral. Licenciada em Comunicação Social pela Universidade Anhembi Morumbi em 2012. Mestre em Estudos Africanos.