Nobel da Paz: figuras polêmicas que venceram o prêmio
O Prêmio Nobel da Paz é visto por muitos como um importante símbolo de solidariedade e esperança.
Teoricamente, a homenagem tem o intuito de destacar personalidades que se esforçaram em promover a paz mundial.
Entretanto, há várias figuras polêmicas que já receberam a honraria, dividindo opiniões e trazendo reflexões sobre o real significado do prêmio e o papel de figuras complexas no cenário mundial.
O próprio sujeito que criou a homenagem, Alfred Bernhard Nobel (1833-1896), foi um cientista responsável pela invenção da dinamite e outros explosivos altamente letais.
Yasser Arafat (1994)
Em 1994 o líder palestino Yasser Arafat (1929-2004) foi homenageado com Prêmio Nobel da Paz juntamente com os líderes israelenses Yitzhak Rabin e Shimon Peres por conta dos Acordos de Oslo que buscavam promover a paz entre Israel e Palestina.
Entretanto, Arafat também ficou conhecido por seu histórico de envolvimento com ataques violentos contra Israel e a violação de direitos humanos.
Henry Kissinger (1973)
O ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger (1923-2023) foi o vencedor do Nobel da Paz em 1973 sob a justificativa de contribuir com as negociações pelo fim da Guerra do Vietnã. O diplomata Le Duc Tho também foi indicado, mas rejeitou o prêmio.
Algum tempo depois, foi revelado em documentos sigilosos que Henry havia contribuído com o golpe no Chile e a derrubada do presidente Salvador Allende, ocorrido no mesmo ano que recebeu o prêmio. Na época ele ocupava o cargo de secretário de Segurança Nacional dos EUA.
Barack Obama (2009)
Barack Obama (1961-), o ex-presidente dos EUA, foi homenageado com o Nobel em 2009. A justificativa dada pelo comitê foi "por seus esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos".
Mas quando recebeu a honraria, Obama estava no início de seu mandato. Além disso, tinha responsabilidade por duas guerras que ocorrriam no momento, a do Afeganistão e a do Iraque.
Aung San Suu Kyi (1991)
A líder do movimento pela democracia em Mianmar, Aung San Suu Kyi (1945-) foi agraciada com o Nobel em 1991. Sua luta pacífica durante a ditadura foi o motivo de ter sido premiada.
No entanto, ela foi acusada de ter co-participação no genocídio de muçulmanos rohingya entre 2016 e 2017.
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