Principais filósofos pré-socráticos e suas ideias
O grupo de filósofos pré-socráticos reúne uma série de pensadores bastante heterogêneos, mas que se organizam numa mesma corrente filosófica.
Relembramos aqui as biografias dos sete principais filósofos pré-socráticos.
1. Pitágoras (582 - 497 a. C.)
Pitágoras nasceu na ilha de Samos (no mar Egeu), em berço de ouro - era filho de um comerciante rico.
Com 16 anos começou a estudar com o já famoso Tales de Mileto, que rapidamente percebeu que não tinha só muito para ensinar e como também bastante para aprender. Os dois passaram então a trabalhar juntos fazendo descobertas nas áreas da matemática e da geometria.
Viajante, Pitágoras passeou por uma série de regiões e estudou não só matemática e geometria como também religião, política, filosofia, astronomia e ciências. Ele é o autor do "Teorema de Pitágoras", na matemática.
Mas foi no sul da Itália que fundou a Escola Pitagórica, onde lecionou para uma série de filhos dos aristocratas locais.
Eduquem as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.
Espie a biografia completa de Pitágoras.
2. Demócrito (460-370 a.C.)
Esse filósofo, uns 400 anos antes de Cristo, já achava que todos os elementos do universo eram formados a partir de átomos, acredita?
Nascido na Grécia - para ser mais preciso em Abdera - cresceu numa família nobre e teve a oportunidade de viajar bastante. Estudioso, se interessou por uma série de disciplinas como a filosofia, matemática, física e linguística.
Na realidade, não conhecemos nada, pois a verdade está no íntimo.
Infelizmente só tivemos acesso a poucos fragmentos da sua obra, mas o pouco que sabemos foi essencial para dar o pontapé inicial da teoria atomista criada por Lucipo de Mileto, mas desenvolvida por Demócrito.
Conheça mais sobre a trajetória de Demócrito.
3. Heráclito (540-470 a.C.)
Heráclito foi um representante filosófico da Ásia Menor e um dos fundadores da metafísica, dando o pontapé inicial da dialética. É do filósofo a conhecida frase:
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio, porque tanto a água quanto o homem mudam incessantemente.
Nascido em Éfeso, numa família tradicional de sacerdotes, passou a vida se dedicando ao estudo do universo e era obcecado por entender o funcionamento do mundo .
Heráclito desenvolveu uma teoria filosófica na qual tudo na natureza estava em permanente transformação - e o fogo teria uma importância fundamental nesse processo.
4. Tales de Mileto (624-558 a.C.)
Nascido na Grécia - mais precisamente em Mileto -, Tales foi astrônomo, matemático e filósofo. Ele trabalhou inicialmente como mercador até conseguir ter estabilidade financeira para se dedicar majoritariamente à vida intelectual.
Nas suas viagens recolheu uma série de aprendizados: no Egito absorveu conhecimentos de geometria e na Babilônia adquiriu conhecimentos astronômicos. Ele também acreditava ser a água o principal elemento que existe.
O homem rico nem sempre é sábio, mas o homem sábio é sempre rico.
Com uma vida comunitária bastante ativa, Tales - que pertencia à Escola Jônica - foi político na sua cidade e tocou uma série de atividades para o bem comum partilhando os seus conhecimentos de geometria, matemática, filosofia e astronomia.
5. Parmênides (510 445 a. C.)
Parmênides foi fundador, ao lado de Xenófanes e Zenão, da escola eleática.
Ele nasceu na região onde atualmente se encontra a Itália, no seio de uma família bem sucedida. Com vasta cultura e boa educação, reza a lenda que teve uma vida bastante regrada e manteve um comportamento exemplar.
Em termos de estudo, foi fissurado pela natureza cosmológica e desenvolveu os seus próprios pensamentos originais. Pesquisou não só sobre questões relacionadas à razão e à lógica como também à ciência.
Ex nihilo nihil fit
(nada surge do nada)
Parmênides chegou a ser mestre de uma série de intelectuais, como, por exemplo, Platão.
6. Xenófanes (570 - 475 a. C.)
Xenófanes nasceu em Cólofon (na Jônia) e, como nômade, percorreu uma série de lugares na região do mar Mediterrâneo. Poeta, registrou aquilo que viu e pensou sempre sob a forma de verso.
Mas se os bois, os cavalos e os leões tivessem mãos,
ou pudessem desenhar com as mãos e fazer obras como as dos homens,
representariam os deuses, o cavalo semelhante aos cavalos,
o boi aos bois, e fariam corpos
como os seus próprios.
Ao lado de Parmênides e Zenão fundou na Eleia (região da Sicília) a Escola Eleática. Assim como os colegas da mesma geração, Xenófanes estava preocupado sobretudo em compreender o funcionamento do universo, desvinculando-se de qualquer explicação religiosa. Mas isso não significava que o filósofo era ateu, antes pelo contrário: Xenófanes acreditava em um deus único e com poder supremo.
Para a nossa tristeza, os escritos de Xenófanes se perderam e não chegaram até nós - tivemos acesso a eles através do que os seus discípulos deixaram registrado
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