Os principais filósofos iluministas e suas ideias mais importantes
Os filósofos iluministas despontaram em meados do século dezessete, na França. Foram pensadores que trouxeram novas maneiras de enxergar a sociedade, que se encontrava mergulhada no pensamento medieval durante séculos.
Acreditando que o racionalidade deveria substituir a religião e o misticismo, alguns nomes tomaram a frente do movimento iluminista em épocas e países diferentes.
Veja quais foram os principais pensadores iluministas e suas ideias mais importantes, em muitos casos, polêmicas.
John Locke (1632-1704)
O filósofo inglês defendia a liberdade de expressão. É considerado o "pai" do que hoje chamamos de liberalismo e fundador do empirismo, ou seja, da ideia de que o homem era uma folha em branco que se preenchia apenas com as experiências.
Sua principal obra foi Ensaio sobre o entendimento humano (1689).
Além de não acreditar que Deus tinha poder sobre o destino dos homens, o que era um escândalo na época, Locke acreditava no direito de propriedade como natural do ser humano, e isso incluía escravizados.
O pensador investia no tráfico de escravizados e defendida a liberdade e a tolerância, mas não aos "primitivos", ou seja, aos povos que não não sabiam lidar com dinheiro.
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Voltaire (1694-1778)
Voltaire foi um filósofo francês que se tornou um símbolo da Revolução Iluminista, que mais tarde influenciou a Revolução Francesa.
O pensador teve uma intensa produção, escrevendo mais de 70 obras em forma de livros, peças de teatro, romances, poemas e outros. Sua obra mais conhecida é Cândido, ou O Otimismo (1759)
Crítico mordaz da Igreja Católica, chegou a ser preso duas vezes, pois defendia que o Estado e a Igreja deveriam ser instituição separadas.
Defendia o Liberalismo, uma linha de pensamento que resguardava as liberdades civis.
Se por um lado isso tem seus aspectos positivos, suas ideias se espalharam de forma controversa ao longo do tempo. Por exemplo, na queda da monarquia e instauração de repúblicas, aumentaram impostos para financiar guerras de poder.
Você pode entender melhor como suas ideias influenciaram revoluções ao redor no mundo lendo a sua biografia completa.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
Filósofo suíço que defendia a democracia direta, onde cada indivíduo seria capaz de participar de todas as decisões políticas, ou seja, fazer prevalecer a soberania popular.
Suas principais obras foram Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens (1755) e Do Contrato Social (1762).
Ao contrário de todos os outros iluministas, Rousseau não acreditava no individualismo, indo contra as teorias liberalistas da época.
Para ele, com a igualdade não seria possível que as pessoas tivessem propriedades privadas, e que o bem estar social só seria possível se a posse de bens acabasse.
Ou seja: nada de bens próprios para ninguém, todo mundo deveria ter as mesmas coisas, ser tratado da mesma forma, ter o mesmo poder.
Saiba mais sobre Rousseau e como se diferenciava de outros iluministas em sua biografia.
Montesquieu (1689-1755)
Montesquieu é conhecido principalmente pela sua teoria de separação de poderes - em Legislativo, Executivo e Judiciário - , sistema implementado no Brasil. Atuou principalmente na política e na psicologia.
Sua principal obra é a O Espírito das Leis (1748).
Contra a monarquia absolutista, o filósofo acreditava que o poder precisava ser dividido em três âmbitos para ser melhor controlado e evitar o domínio absoluto por parte dos reais da época.
Ele defendia o critério censitário, ou seja: apenas pessoas com renda e propriedades poderiam fazer parte da estrutura de poder, inclusive votar. A população de camadas empobrecidas ficariam de fora.
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Denis Diderot (1713-1784)
Devemos a este escritor e filósofo iluminista francês a criação da primeira enciclopédia do mundo.
Como um grande defensor da expansão do conhecimento, juntamente com Jean Le Rond d´Alembert (1717-1783), o escritor passou boa parte da sua vida organizando o pensamento da época.
As ideias compiladas por Diderot e d´Alembert negavam a influência de Deus na humanidade. Para eles, toda ciência só poderia ser alcançada pela razão. Diderot desprezava qualquer misticismo e acreditava que a religião destruía paixões e desequilibrava o homem.
Entenda melhor essa dinâmica do pensamento através da biografia completa do filósofo.
Adam Smith (1723-1790)
Filósofo e economista escocês, é considerado o "pai da economia moderna", sendo o nome mais importante quando se fala em liberalismo econômico.
Adorado pela burguesia, é em seu livro A Riqueza das Nações de 1776 que fala pela primeira vez em conceitos de auto-interesse e "mão invisível".
Contra a intervenção do Estado na economia e a favor do livre mercado, Smith falava da "mão invisível" que regia a economia, por exemplo, a lei da oferta e da procura. Suas ideias deram origem a uma filosofia voltada para a riqueza, acumulação de capital, ou capitalismo.
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