Os 5 maiores filósofos contratualistas
Você sabe o que é o Contratualismo? Os contratualistas foram os intelectuais que escreveram teorias políticas sobre a origem da sociedade baseada num contrato social entre os séculos XVI e XVIII.
Descubra agora quem foram os principais filósofos contratualistas.
1. Thomas Hobbes (1588-1679)
Filósofo, teórico político e matemático, autor de Leviatã, uma obra essencial no pensamento do ocidente.
O inglês Thomas Hobbes era um defensor ferrenho do absolutismo (de um governo centralizado) e escreveu ao longo da vida sobre o contrato social se opondo a uma série de pensadores da sua época.
Hobbes acreditava na união entre Igreja e Estado, e julgava que cabia ao monarca não só reger questões políticas como também liderar rituais religiosos e interpretar textos sagrados.
É do filósofo a célebre frase:
O verdadeiro lobo do homem era o próprio homem.
Leia a biografia completa de Thomas Hobbes.
2. John Locke (1632-1704)
O inglês John Locke foi um dos nomes chave do empirismo - ele defendia que o conhecimento devia ser determinado pela experiência. Isso quer dizer que Locke valorizava tanto as sensações (sinais externos), quanto os pensamentos (sinais internos).
De origem nobre - o era advogado e capitão de cavalaria - John recebeu o melhor da educação do seu tempo e se tornou professor da Universidade de Oxford, onde dava aulas de Retórica e Grego Antigo. Como filósofo, o seu contributo essencial se deveu principalmente a ideia do Estado de Direito.
Defensor do liberalismo político, o intelectual via com maus olhos o absolutismo monárquico, o que o levou a ter problemas com Carlos II e Jaime II.
Obrigado a se exilar durante algum tempo, Locke se refugiu na Holanda entre 1682 e 1688. Depois que voltou ao seu país, ajudou a escrever a Declaração dos Direitos, essencial para o sistema de monarquia constitucional. É dele a frase:
Onde não tem lei, não tem liberdade.
Muito a frente do seu tempo, John Locke dizia que cabia ao Estado defender a vida, a liberdade e a propriedade. Em relação às crenças religiosas, o filósofo dizia que o assunto se tratava de uma escolha do foro íntimo de cada cidadão.
Tenha acesso à biografia completa de John Locke.
3. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
De origem suíça, Rousseau foi um dos maiores nomes do Iluminismo e é autor da grande obra O contrato social.
Rousseau defendia a necessidade de reorganização da sociedade e condenava os privilégios que alguns tinham em detrimento de outros.
Sabia que a sua produção intelectual incentivou a Revolução Francesa? Os ideais de Rousseau de igualdade entre os homens ecoaram no tempo e ficaram marcados como pilares da filosofia ocidental.
Rousseau firmava que a sociedade é que corrompia os indivíduos porque
O homem é naturalmente bom.
O filósofo, que também era escritor, é autor de Julie ou a Nova Heloísa (1761), obra tida como a primeira manifestação do Romantismo.
Aproveite para ler a biografia completa de Jean-Jacques Rousseau.
4. Johannes Althusius (1557-1563)
O político, professor e filósofo calvinista alemão Johannes Althusius era um defensor da soberania popular e é considerado por muitos como o pai do federalismo moderno.
Depois de estudar na Suíça, Johannes deu aulas na Universidade de Herborn. O intelectual escreveu muito ao longo da vida, principalmente sobre direito romano.
Aliás, o seu principal trabalho foi justamente um tratado sobre direito romano escrito em 1603 (Politica methodice digesta atque exemplis sacris et profanis illustrata).
5. Immanuel Kant (1724-1804)
O fundador da chamada Filosofia Crítica nasceu na Prússia, no berço de uma família luterana modesta bastante religiosa.
Além de intelectual, Immanuel foi professor universitário e lecionou cadeiras de Lógica, Física, Metafísica, Antopologia e Filosofia Moral.
Em 1770, Kant ocupou o cargo de catedrático de Lógica e Metafísica da Universidade de Königsberg. Mais tarde, ele veio a ser considerado como o precursor da filosofia alemã moderna que produziu grandes nomes como Hegel e Schopenhauer.
É do intelectual da frase:
O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.
Desvende a trajetória de Immanuel Kant.
Veja também: