Mulheres na ciência: 10 cientistas que você precisa conhecer

Laura Aidar
Laura Aidar
Formada em Comunicação

Quando se pensa em grandes nomes da ciência, geralmente as mulheres não são lembradas. Isso devido à falta de estímulo para que ocupassem essa área do conhecimento.

Ainda assim, existem mulheres cientistas que se destacaram por contribuir com estudos e descobertas muito importantes para toda a humanidade.

1. Marie Curie (1867-1934)

retrato de Marie Curie

A polonesa Marie Curie nasceu em Varsóvia em 7 de novembro de 1867. Seu pai era professor de física e matemática.

Com dificuldade, Marie conseguiu se formar em física em 1893 e em matemática no ano seguinte, seguindo os passos do pai.

Seus estudos foram de enorme importância para a ciência, pois constatou a existência do polônio e do rádio, elementos químicos que contribuíram para a criação de tratamentos médicos como a radioterapia.

Marie Curie recebeu em 1903 o Prêmio Nobel de Física, se tornando a primeira mulher a alcançar tal homenagem.

Leia tambémBiografia de Marie Curie.

2. Hypatia de Alexandria (cerca de 351 a 370 d.C - cerca de 415)

Hypatia de Alexandria

Considera-se Hypatia a mais antiga matemática do mundo. Nascida em Alexandria, no Egito, provavelmente entre 351 e 370 d.C, Hypatia foi uma mulher extremamente inteligente que se dedicou à filosofia, astronomia e matemática.

Teve incentivo do pai, Teón, também professor e matemático. Assim, a jovem conclui os estudos e torna-se professora e diretora da Academia de Alexandria.

Infelizmente sua obra foi perdida, assim como de outros estudiosos do período, mas sua relevância está no mapeamento e movimentação dos astros.

A morte de Hypatia foi dramática. Por volta de 415 d.C, a professora foi alvo de extremistas religiosos que viam os estudos científicos como maléficos. Assim, foi linchada e assassinada em espaço público.

Para saber mais: Biografia de Hypatia de Alexandria.

3. Anna Atkins (1799-1871)

retrato de Anna Atikins

A botânica e fotógrafa Anna Atkins entrou para a história como a primeira mulher a publicar um livro com fotografias.

Com o auxílio da cianotipia, uma técnica alternativa de registros de imagens, Anna catalogou diversas algas e publicou em seu livro Fotografias de British Algæ: Cyanotype Impressions.

Filha do químico John George Children, também foi estimulada desde a infância a estudar. Nascida em 1799 na Inglaterra, era raro as mulheres receberem esse tipo de incentivo na época.

Seu nome ficou por muito tempo esquecido, sendo resgatado a partir da década de 70.

4. Florence Sabin (1871-1953)

retrato de Florence Sabin

Florence Sabin nasceu nos EUA em 9 de novembro de 1871. Sua atuação foi na medicina, onde fez investigações e descobertas importantes na área da anatomia, sistema linfático e sanguíneo.

Formou-se médica em 1900 e no ano seguinte publicou Um Atlas da Medula e Mesencéfalo, livro que se tornou referência para a medicina.

Depois que se aposentou, Florence dedicou sua vida ao ativismo a favor da saúde pública em seu estado, o Colorado.

5. Ada Lovelace (1815-1852)

Ada Lovelace

Ada Lovelace nasceu em 1815 na Inglaterra e dedicou sua vida à matemática e à escrita.

Seu maior feito foi ter desenvolvido o primeiro algorítimo a ser processado por uma máquina. Por isso, ela é considerada a primeira programadora da história.

Seu pai era o poeta romântico Lord Byron, mas não teve influência em sua criação. Assim, Ada foi incentivada a estudar matemática pela sua mãe.

Trabalhou em parceria com o cientista Charles Babbage desenvolvendo a "máquina analítica", vista como precursora dos computadores.

Ada faleceu aos 36 anos de câncer e sem reconhecimento em vida, só vindo a ter visibilidade depois que o cientista Alan Turing a citou.

6. Gertrude Bell Elion (1918-1999)

Gertrude Bell Elion

A estadunidense Gertrude Bell Elion nasceu na primeira metade do século XX e desenvolveu importantes estudos sobre farmacologia, bioquímica, oncologia (estudo de tumores) e contaminações por vírus.

Concluiu o curso de química aos 19 anos e construiu uma sólida carreira, sendo homenageada com o Prêmio Nobel de medicina em 1988.

7. Valentina Tereshkova (1937-)

Valentina Tereshkova

A russa Valentina Tereshkova foi a primeira mulher a realizar sozinha uma viagem ao espaço. O feito ocorreu em 16 de junho de 1963 e ela permaneceu por 3 dias em uma cápsula orbitando o planeta Terra.

Na época, aos 26 anos, ela foi escolhida pela União Soviética para a missão, fazendo um treinamento por 7 meses antes do embarque.

Essa foi a única viagem ao espaço feita por Valentina, mas ela continuou envolvida com o programa espacial e incentivando presença de mulheres no meio científico.

8. Mária Telkes (1900-1995)

Mária Telkes

Mária Telkes foi uma cientista húngara nascida em 1900 que teve grande relevância para as pesquisas sobre energia solar, o que lhe rendeu o apelido de Rainha do Sol.

Sua formação foi na Universidade de Budapeste, onde concluiu o curso de físico-química em 1920. Cinco anos depois Mária passa a viver nos EUA.

A cientista também desenvolveu um mecanismo capaz de dessalinizar a água do mar, transformando-a em água potável. 

9. Nise da Silveira (1905-1999)

Nise da Silveira

A nordestina Nise da Silveira foi uma estudiosa no campo da psiquiatria que revolucionou os tratamentos de saúde mental no Brasil.

Nascida em fevereiro de 1905 em Maceió, Nise passa a viver no Rio de Janeiro a partir de 1927. Trabalhou no Hospital do Engenho de Dentro, no subúrbio carioca e lá implementa recursos terapêuticos usando a arte e a interação com animais.

Seu legado é importante, pois, através de muita luta e enfrentamento, consegue trazer um olhar mais humano e eficaz à psiquiatria e aos pacientes.

Para saber mais sobre a psiquiatra, leia: Biografia de Nise da Silveira

10. Sônia Guimarães (1957-)

Sônia Guimarães

Uma mulher cientista com reconhecimento na atualidade é Sônia Guimarães. A brasileira nasceu em 1957 no interior de São Paulo é a primeira mulher negra doutora em física do país.

Sônia também foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira como professora de física no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

Se formou em física pela Universidade Federal de São Carlos e especializou-sem em física moderna.

Além das contribuições no ensino de física, ela também atua como ativista pela educação de pessoas carentes e na luta feminista.

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Laura Aidar
Laura Aidar
Formada em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e em Fotografia pela Escola Panamericana de Arte e Design.