Os 11 mais importantes cientistas brasileiros
É um entusiasta da ciência e quer saber quem foram os brasileiros que entraram para a história dando as suas contribuições essenciais? Então esse artigo foi pensado para você!
Reunimos aqui o nome dos 11 maiores cientistas do nosso país e uma breve biografia de cada um deles para que você fique conhecendo as maneiras originais e criativas que eles encontraram de ajudar a levar o mundo para frente.
1. César Lattes (1924-2005)
Você com certeza já ouviu falar no nome de César Lattes (ou pelo menos o seu sobrenome). César foi tão importante para as ciências no Brasil que o seu sobrenome foi escolhido como o título da plataforma virtual que reúne o currículo de todos os pesquisadores do nosso país.
Nascido no Paraná, filho de imigrantes italianos, César estudou física e matemática na USP. Foi escalando na carreira, ganhou uma bolsa na Fundação Rockfeller, trabalhou na Universidade da Califórnia e foi tido como o maior cientista brasileiro da sua geração.
César Lattes foi fundador do Centro de Brasileiro de Pesquisas Físicas, situado no Rio de Janeiro, e ao lado de outros colegas descobriu a partícula atômica "méson pi".
Conheça a biografia completa de César Lattes.
2. Oswaldo Cruz (1872-1917)
O médico brasileiro foi o principal responsável pelo fim da febre amarela, da varíola e da peste bubônica no Brasil. Voltado principalmente para as questões de saúde pública, o cientista foi sanitarista, epidemiologista e bacteriologista.
Nascido em São Paulo, filho de um médico, cursou a faculdade de Medicina no Rio de Janeiro e começou a publicar ainda na casa dos vinte anos artigos sobre microbiologia.
Trabalhou no Laboratório de Bacteriologia da cadeira de Higiene da Faculdade de Medicina e também levou a frente a clínica médica que herdou do pai. Osvaldo chegou a viver em Paris, onde se especializou e trabalhou no Instituto Pasteur.
Depois de regressar ao Brasil, ocupou uma série de cargos públicos até virar Diretor da Saúde Pública, indicado pelo então presidente Rodrigues Alves.
Saiba mais sobre a biografia de Osvaldo Cruz.
3. Carlos Chagas (1879-1934)
O médico sanitarista foi tão importante para o nosso país que seu sobrenome acabou batizando doença. Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas descobriu o protozoário Trypanosoma Cruzi, que causava a famosa doença de Chagas.
Carlos Chagas também foi um nome importante nas pesquisas sobre a malária e trabalhou em órgãos públicos para tentar erradicar a doença (como, por exemplo, no Instituto de Manguinhos, atual Instituto Osvaldo Cruz). O médico atuou muito no sentido de prevenir os casos, especialmente na baixada fluminense.
Chagas fez igualmente expedições pelo país realizando estudos epidemiológicos em Minas Gerais e na região amazônica. Em 1919 foi convidado pelo então presidente Epitácio Pessoa para dirigir o Departamento Nacional de Saúde Pública.
Leia a biografia completa de Carlos Chagas.
4. Adolfo Lutz (1855-1940)
O médico Adolfo Lutz se especializou em medicina tropical e teve o grande mérito de identificar o principal agente transmissor da malária: o mosquito aedes aegypti (pensou que esse mosquito só transmitia dengue, é?).
Nascido no Rio de Janeiro, filho de pais suíços, Adolfo estudou Medicina na Universidade de Berna e fez uma série de especializações em Londres, Viena e Paris. Quando regressou ao Brasil, se tornou diretor do Instituto Bacteriológico de São Paulo (que hoje leva o seu nome).
Trabalhou também no Instituto de Manguinhos e fez uma série de expedições pelo nosso país para pesquisar e tentar erradicar doenças como a esquistossomose, a hanseníase, a malária, a febre tifoide e a leishmaniose.
Espreite a biografia completa de Adolfo Lutz.
5. Vital Brazil (1865-1950)
E se uma cobra te picar, sabe a quem deve agradecer por continuar vivo? Ao Vital Brasil, um pesquisador, médico e sanitarista que desenvolveu o estudo das toxinas para criar o soro antiofídico (que salva a vida de milhares de brasileiros picados por animais venenosos como escorpiões, aranhas e cobras).
Nascido em Minas Gerais, aos 15 anos se mudou para São Paulo e depois para o Rio de Janeiro, onde cursou medicina. Começou a trabalhar com Saúde Pública em São Paulo, onde realizou uma série de missões para o interior com o objetivo de conter a peste bubônica, a varíola, o tifo e a febre amarela - que ele mesmo chegou a contrair.
Numa dessas expedições teve que atender diversas pessoas picadas por animais peçonhentos. Quando voltou para a cidade grande, começou a pesquisar no Instituto Bacteriológico do Estado de São Paulo. Mais tarde trabalhou no Instituto Butantan.
Vital Brasil dedicou 20 anos a produção de soros e vacinas contra o tifo, a varíola, o tétano e outras doenças que o consagraram como um grande pesquisador no Brasil e no mundo.
Depois de se mudar para o Rio de Janeiro, fundou o Instituto Vital Brasil.
Saiba mais sobre a trajetória de Vital Brasil.
6. Bartolomeu de Gusmão (1685-1724)
Consegue imaginar que um religioso e um inventor sejam a mesma pessoa? Pois esse foi Bartolomeu Gusmão, um sujeito que fez experiências para fazer subir o primeiro balão do mundo e por isso ficou conhecido como o padre voador.
Sua invenção chegou a ser apresentada ao rei de Portugal D.João V. Bartolomeu tinha onze irmãos, sete seguiram a vida religiosa. Padre, se ordenou em 1701 e se mudou para Lisboa onde se formou em Direito Canônico e virou Sacerdote.
Perseguido durante a inquisição por ter amigos judeus, fugiu para a Holanda e lá começou a estudar lentes. Mais tarde, se mudou para a França, onde vendeu medicamentos que ele mesmo fabricava.
Com uma vida muito agitada, o religioso nunca parou de inventar muito embora fosse vítima de chacota pelos contemporâneos que não compreendiam a sua genialidade.
Descubra a biografia completa de Bartolomeu de Gusmão.
7. Duilia de Mello (1963)
Um dos maiores nomes da ciência brasileira no exterior é o de Duilia Fernandes de Mello, que é astrônoma e professora títular de Física e Astronomia da Universidade Católica de Washington. Acredite, essa mulher poderosa já chegou a ser vice-reitora da instituição onde trabalha.
Com um doutorado tirado pela USP em 1995, depois de ter passado pela UFRJ, Duilia fez as malas e embarcou para os Estados Unidos onde se tornou pesquisadora associada do Goddard Space Flight Center da NASA.
Foi ela que descobriu a maior galáxia espiral já conhecida, a NGC6872.
8. José Leite Lopes (1918-2006)
Nascido em Pernambuco, José Leite Lopes foi um importantíssimo físico brasileiro que fez doutorado pela Universidade de Princeton com uma bolsa americana e, ao regressar ao Brasil, fundou com alguns colegas acadêmicos o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).
Ele também esteve presente na formação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Em 1989 recebeu o UNESCO Science Prize, tendo sido o único brasileiro laureado até os dias de hoje.
9. Carlos Paz de Araújo (1952)
Provavelmente você nunca ouviu falar no nome de Carlos Paz de Araújo, mas a verdade é que ele é um inventor de mãos cheias!
Nascido em Natal, imigrou para os Estados Unidos onde se tornou professor da Universidade do Colorado e sócio da empresa Symetrix, que criou e licenciou memórias de acesso aleatório ferroelétricas (conhecidas como FeRAM).
Essas memórias estão em mais de dois bilhões de aparelhos no mundo (entre smartphones, eletrodomésticos, tocadores de DVDs). A tecnologia que Carlos ajudou a criar foi licenciadas por empresas gigantes como a Panasonic, a Siemens e a Sony.
Carlos segue pesquisando novos elementos tecnológicos e fazendo história com a sua empresa.
10. Marcelo Gleiser (1959)
Formado em física pela PUC-Rio, Marcelo Gleiser se doutorou em física teórica em 1986 pelo King's College da Universidade de Londres e, desde então, começou a pesquisar questões existenciais como a origem do universo e da vida.
O cientista é professor desde 1991 de física e astronomia do Dartmouth College (Estados Unidos) e é membro da Sociedade de Física Americana e da Sociedade Internacional para o Estudo da Origem da Vida.
Gleiser recebeu o importante prêmio Templeton em 2019.
11. Suzana Herculano-Houzel (1972)
A carioca Suzana Herculano-Houzel é formada em biologia genética pela UFRJ, tem um doutorado pela Universidade de Paris e um pós doutorado na Alemanha.
Virou professora adjunta do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, passou a dirigir o Laboratório de Neuroanatomia Comparada. Em maio de 2016 imigrou para os Estados Unidos onde leciona e pesquisa na Universidade Vanderbilt.
Além de desenvolver o trabalho acadêmico, escreve para uma série de jornais sobre neurociência tentando alcançar um público mais amplo - não especializado - e colabora com alguns roteiros para a televisão (como os de quadros pontuais para o Fantástico).
Ganhou o prêmio da James S. McDonell Foundation em 2010.
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