Os 7 principais artistas do Cubismo

Rebeca Fuks
Rebeca Fuks
Doutora em Estudos da Cultura

O Cubismo foi um dos grandes movimentos artísticos do século XX. O movimento teve três fases (o cubismo cezaneano, o analítico e o sintético).

Descubra uma breve biografia dos gênios que levaram a frente esse movimento artístico de vanguarda! 

1. Pablo Picasso (1881-1973)

Pablo Picasso
BANGKOK - JAN 29: A waxwork of Pablo Picasso on display at Madame Tussauds on January 29, 2016 in Bangkok, Thailand. Shutterstock.com/Nuamfolio

A verdade é que o mestre espanhol Pablo Picasso passeou por uma série de estilos, entre eles o cubismo. O rapaz tinha a criatividade no sangue: era filho de um professor de História da Arte e desde cedo foi incentivado a pintar.

Ele começou pintando o tema das touradas, aos 14 passou para os modelos vivos e o seu talento foi tanto que, em 1896, deixou Málaga para trás tendo se mudado para Barcelona onde deu os primeiros passos para uma carreira profissional. 

Ao lado de outros grandes nomes da pintura criou o cubismo. Pesquisadores dizem que a tela que serviu de pontapé inicial para essa nova fase foi Les Demoiselles d'Avignon (1907).

Conheça a biografia completa de Pablo Picasso.

2. Juan Gris (1887-1927)

Juan Gris

Gris foi dos grandes porta-vozes do cubismo na Espanha. Na verdade, Juan se chamava José Victoriano Gónzales e nasceu em Madrid, onde começou os seus estudos formais na Escola de Artes e Ofício. 

Mas foi na França que Juan conheceu Picasso e Georges Braque e começou a pintar seguindo o estilo cubista. Apesar de ser um pintor originalmente bastante versátil, Gris ficou fascinado e seguiu a linha do cubismo tendo variado mais apenas dentro das fases do próprio movimento (tendo pintado algumas telas em estilo analítico e outras sintético). 

Descubra a biografia de Juan Gris na íntegra.

3. Fernand Léger (1881-1955)

Nascido no berço de uma família de camponeses na Baixa Normandia, Fernand ainda pequeno se interessou pela arte do desenho. Quando tinha 16 anos se mudou então para a capital da Alta Normandia para estagiar como aprendiz num ateliê de arquitetura. 

Depois foi a vez de seguir para Paris para trabalhar como desenhista e se inscrever na Escola de Belas Artes. Foi 1909 que Léger se encantou pelo cubismo, tendo se aproximado dos artistas do movimento. 

A sua arte ganhou o mundo e Fernand espalhou as suas telas cubistas tendo exposto em Nova Iorque e Moscou. 

Quer saber mais sobre o artista? Então explore a biografia de Fernand Léger.

4. Francis Picabia (1897-1953)

Francis Picabia

Menos conhecido do grande público, Francis Picabia foi não só pintor como também escritor, performer, cineasta, fotógrafo... o seu talento cruzou fronteiras e Francis experimentou diferentes linguagens ao longo da vida.

Apesar de ser autor de uma série de obras cubistas consagradas, na verdade Francis não se conteve dentro de uma única escola e passeou por uma série de estilos: pelo pontilhismo, pelo dadaísmo, pelo impressionismo, pelo surrealismo... 

O artista francês de origem hispano-cubana viveu 74 anos inquietos, é dele a célebre frase:

Nossas cabeças são redondas para permitir que o pensamento mude de direção.

5. Georges Braque (1882-1963)

Georges Braque

Um dos grandes nomes do cubismo ao lado de Picasso foi o de Georges Braque, que era filho de pintor e nasceu em Argenteuil (na França). Em 1900 entrou para a Escola de Belas Artes e começou a pintar seguindo o primeiro movimento moderno no século XX - o Fauvismo. 

Foi em 1907, no meio de uma exposição do Cezanne, que Georges parece ter se encontrado artisticamente depois de conhecer Picasso. Ambos partilhavam inquietações intelectuais parecidas e, depois de alguma conversa, ali nasceu o embrião do cubismo!

Interessados pela arte africana tribal, Braque e Picasso dividiam outros interesses em comum e principalmente partilhavam as suas grandes dúvidas sobre como retratar o mundo real (tridimensional) em uma tela bidimensional.

Desvende a biografia de Georges Braque.

6. Tarsila do Amaral (1886-1973)

Tarsila do Amaral

A primeira e única brasileira dessa lista não foi uma criadora 100% cubista, embora tenha tido uma fase em que passeou por esse estilo. A influência cubista veio do período em que Tarsila estudou na Europa, quando acompanhou de perto o trabalho do mestre - e seu professor - Fernand Léger. 

Nascida no berço de uma família abastada do interior paulista, Tarsila teve o privilégio de estudar fora do país quando era jovem. Ainda na adolescência foi para Barcelona, onde pintou o seu primeiro quadro (o Sagrado Coração de Jesus). Depois de regressar ao Brasil, continuou produzindo obras de vanguarda.

Numa nova temporada pela Europa teve uma tela exposta, em 1922, no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Foi lá que entrou em contato com a nata cultural e onde bebeu conhecimento para continuar produzindo obras inovadoras que entraram para o cânone da pintura brasileira.

Descubra a vida e a obra da interessantísima Tarsila do Amaral.

7. Diego Rivera (1886-1957)

Diego Rivera

O que você sabe sobre o Diego além do fato dele ter sido o grande amor da Frida Kahlo? A verdade é que o Diego foi (também) um grande artista plástico latino americano, um dos maiores representantes do Muralismo Mexicano. 

Com um talento nato, aos dez anos começou a frequentar a Escola de Belas Artes de San Carlos. Depois complementou a sua formação tendo passado pelos grandes centros europeus: Itália, França e Espanha. Foi na Espanha, por sinal, que Diego se interessou especialmente pelo cubismo e pelo expressionismo.

A partir de então começou a pintar uma série de trabalhos influenciado pelo estilo - os seus desenhos e telas chegaram mesmo a ser tidos como obras fundamentais do cubismo.

Engajado politica e socialmente, depois que regressou ao México deu toques aos seus trabalhos usando elementos da cultura local.

Espreite a biografia completa de Diego Rivera.

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Rebeca Fuks
Rebeca Fuks
Formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2010), mestre em Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013) e doutora em Estudos de Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa (2018).