Os 10 artistas plásticos mais importantes da História
Selecionamos os protagonistas que marcaram história no universo fascinante das artes plásticas.
1. Leonardo da Vinci (1452-1519)
Mona lisa (1507) é provavelmente o quadro mais simbólico (ou vá, pelo menos dos mais representativos) da pintura ocidental. A moça com sorriso misterioso que vem intrigando espectadores ao longo dos séculos foi criada pelo pintor italiano renascentista Leonardo da Vinci.
O nome artístico do pintor, aliás, tem uma explicação geográfica: Leonardo nasceu em uma aldeia pequena chamada Vinci, situada nos arredores de Florença. Já demonstrando desde pequeno interesse por pintura e ilustração, Leonardo aos dezesseis anos passou a trabalhar com o mestre Andrea del Verrocchio, um importante artista de Florença na época.
Da pequena e charmosa cidade italiana, o artista mudou para Milão, onde executou algumas grandes obras como o célebre afresco A Última Ceia (1498). Além de artista plástico, o multifacetado da Vinci se interessava por criar tratados de anatomia e chegou a ser nomeado engenheiro da corte de Luís XII, tendo também executado projetos de engenharia militar.
Apesar de ter nascido na Itália, Leonardo faleceu na França, para onde se mudou depois da morte de Juliano de Medici.
Se quer saber mais sobre a vida desse gênio, experimente ler o artigo Leonardo da Vinci e suas obras: uma viagem pela vida do mestre.
2. Michelangelo (1475-1564)
Nascido em Caprese, uma província de Arezzo, na Itália, filho de Lodovico e Francesca, desde cedo demonstrou fascínio pela arte do desenho. Com um reconhecido talento, já aos treze anos foi para Florença estudar pintura. Lá esteve na Academia dos Jardins dos Medici, uma famosa escola.
Com dezessete anos criou a sua primeira escultura e deu a ela o nome Madona da Escada. Depois de passar um longo período em Florença, onde trabalhou para a família Medici, Michelangelo se mudou para Bolonha onde continuou fazendo arte.
A peça que lhe consagrou, a Pietá, foi concluída em 1499 feita a partir de um bloco único de mármore e atualmente se encontra na Basílica de São Pedro (no Vaticano). Apesar de ser mais escultor do que pintor, Michelangelo aceitou a encomenda do papa para pintar a abóbada da Capela Sistina, também na Basílica de São Pedro.
Devido às suas contribuições feitas para a Igreja Católica, o artista foi nomeado em 1535 pelo Papa Paulo III o supremo arquiteto, escultor e pintor dos palácios apostólicos".
Entre as suas obras principais estão a Pietá, Moisés, Davi e O Juízo Final. Para além das telas e esculturas, pouca gente sabe, mas o polivalente Michelangelo também escrevia poesia.
Descubra a fundo a biografia de Michelangelo.
3. Frida Kahlo (1907-1954)
Como pensar no México e não se lembrar das vivas cores pintadas por Frida Kahlo? A artista que ganhou fama internacional nasceu Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, filha de um pai alemão e uma mãe espanhola.
As limitações de saúde sempre permearam o destino de Frida que, quando era pequena, teve poliomielite e aos dezoito anos sofreu um grave acidente em um ônibus que a deixou por muito tempo presa a uma cama de hospital. Foi ali, aliás, que Frida começou a pintar os seus famosos autorretratos.
Comunista, no partido ela conheceu Diego Rivera, um dos maiores pintores do Muralismo Mexicano, o amor da sua vida. Foi com ele que a pintora se casou aos apenas 22 anos e foi ao seu lado que caminhou por cidades como São Francisco, Detroit e Nova Iorque. O relacionamento turbulento foi marcado por altos e baixos e Diego chegou a se envolver com a irmã de Frida.
Entre as obras mais famosas da pintora mexicana estão Autorretrato com Um Vestido de Veludo (1926), O Ônibus (1929) e As Duas Fridas (1939).
Quer saber tudo sobre essa pintora fantástica? Leia o artigo Frida Kahlo: conheça a vida e trajetória através de suas obras.
4. Marcel Duchamp (1887-1968)
O francês naturalizado norte-americano Marcel Duchamp, mais conhecido pelo seu último nome, foi um revolucionário no universo das artes plásticas. Quem não se lembra do famoso urinol (A fonte)?
Uma referência do Dadaísmo, Duchamp começou a carreira como caricaturista antes de começar a pintar. Sua primeira peça polêmica foi a Roda de Bicicleta, produzida em 1913.
A escultura, uma típica obra do artista, convertia um objeto cotidiano em peça de arte. Quatro anos mais tarde, o urinol viria a ser apresentado causando escândalo entre público e crítica.
Além de artista, Duchamp era um entusiasta do jogo de xadrez e chegou a participar de alguns torneios semi-profissionais. Na vida pessoal dois casamentos marcaram a sua trajetória: com Lydie Sarazin-Levassor e com Teeny Sattler.
Saiba tudo sobre a história de Marcel Duchamp.
5. Auguste Rodin (1840-1917)
Aquela estátua famosa - O Pensador - lembra? E A Porta do Inferno? Que tal O Beijo? Sim, todas essas peças icônicas saíram da cabeça (e da mão) de um só gênio.
O escultor francês Auguste Rodin desde cedo apresentou inclinações para o universo das artes plásticas. O pai, um simples funcionário da Polícia, assim que percebeu a vocação do filho o apoiou a seguir esse caminho.
Com 14 anos, Rodin entrou numa escola para aprender a modelar e desenhar. Com o passar do tempo, tentou ingressar na Escola de Belas Artes - foram três tentativas falhadas. Apesar de algumas rejeições na carreira, o artista se desenvolveu e, em 1880, recebeu a encomenda para fazer uma porta em bronze para o Museu de Artes Decorativas de Paris.
Rodin escolheu como tema o livro A Divina Comédia de Dante e ergueu A Porta do Inferno. Além de esculpir, o artista era um amante da fotografia e deixou um vasto acervo com o registro de como criava as suas obras. Aliás, todas as obras de Rodin foram doadas ao Estado para fazerem parte do acervo do museu que leva o seu nome.
Se aprofunde na biografia de Auguste Rodin.
6. Claude Monet (1840-1926)
E os jardins de Monet, não são lindos? O pintor dessas obras-primas foi uma das mais importantes figuras da Escola Impressionista. Filho de um comerciante modesto, Monet recebeu o apoio de uma tia que gostava muito de pintura para desenvolver o seu talento.
Já com 15 anos fazia e vendia caricaturas na sua cidade e, aos poucos, acabou por começar a pintar paisagens ao livre, escolha pouco comum na sua época. Em 1959 mudou para Paris e frequentou uma série de espaços artísticos. Chegou a conhecer grandes nomes das artes plásticas, como Renoir.
Apesar de ter alcançado algum sucesso, Monet levava uma vida modesta e nômade. Sua pintura se destaca pela presença da luz, da água, por retratar a natureza ao pormenor e por reproduzir enormes paisagens verdes.
O pintor se casou em 1870 com Camille Doncieux, mãe dos seus filhos Jean e Michel. Depois da morte de Camille, Monet casou-se com a viúva Alice Hoschedé, com quem viveu até os seus últimos dias.
Descubra todo o percurso de Claude Monet.
7. Vincent van Gogh (1853-1890)
Um sujeito atormentado, isso todos nós sabemos, mas quem foi, de fato, Vincent van Gogh? O pintor holandês foi um grandes nomes da pintura pós-impressionista. Filho de um pastor calvinista, Vincent nasceu em uma pequena aldeia e desde a mais tenra infância mostrava a sua personalidade rebelde.
O artista viveu em Bruxelas, em Londres e em Paris. Foi professor de escola primária, trabalhou com o tio em uma empresa que vendia obras e livros. Apesar de manter uma relação péssima com a família, Vincent gostava muito do irmão caçula Theo.
Atormentado pela solidão e pela depressão, passou por diversas crises nervosas (durante a mais famosa delas cortou a própria orelha). Tentou seguir carreira religiosa mas se frustrou. Com a ajuda do irmão, que o sustentava, van Gogh pintava e passava os dias lendo e desenhando.
O artista produziu uma série de quadros entre autorretratos, paisagens e flores. Apesar de extremamente talentoso, só vendeu um quadro em vida - a fama veio após a morte. Atormentado, aos 37 anos tirou a própria vida com um revólver.
Entre as suas telas mais famosas estão Autorretrato com Chapéu de Palha (1887), Girassóis (1888) e A Noite Estrelada (1889).
Gostou de conhecer mais o gênio? Então aproveite a leitura também do artigo Uma breve biografia de Van Gogh através de suas obras.
8. Pablo Picasso (1881-1973)
Guernica, Les Demoiselles d'Avignon e A Pomba da Paz, o que essas três obras-primas têm em comum? Sim, todas elas foram feitas pelo mesmo gênio. O espanhol Pablo Ruiz Picasso - conhecido apenas como Pablo Picasso - nasceu na Espanha e era filho de um professor de História da Arte.
O interesse veio no sangue e já aos 14 anos Pablo começou a pintar modelos vivos. Percebendo o talento do filho, a família mudou para Barcelona, onde o pai alugou um estúdio para o rapaz. Em 1897, Picasso entrou para a Academia Real de San Fernando, em Madrid.
Seu talento transcendeu as fronteiras da Espanha e as telas foram parar em Paris. Pablo frequentou os grandes círculos literários e artísticos e travou grandes amizades. Em 1907, pintou a sua preciosa Les demoiselles d'Avignon, contando com uma influência da arte tribal africana.
Pablo Picasso participou, em 1925, da Primeira Exposição Surrealista e se tornou rapidamente um dos grandes nomes do movimento. A vida pessoal do espanhol foi bastante agitada e contou com alguns casamentos e divórcios.
Descubra mais sobre o artista em Pablo Picasso: biografia através de suas obras e curiosidades.
9. Jackson Pollock (1912-1956)
Se você é fã de arte abstrata, provavelmente Pollock é o primeiro nome que vem à cabeça. O artista norte-americano foi, de fato, um dos principais nomes do Expressionismo Abstrato e criou técnicas de vanguarda como o gotejamento.
Expulso de algumas escolas na juventude, a família de Pollock, sem saber muito o que fazer, matriculou-o na Manual Arts Hight School. Quando Jackson mudou para Nova Iorque com o irmão mais velho, ambos foram estudar na Art Students League.
A princípio, o pintor criava de modo improvisado e seguia um estilo livre. Com o passar do tempo, acabou por desenvolver uma técnica de pintura conhecida como Action Painting (pintura em ação), que consistia em inserir respingos sobre a tela de modo aleatório. O pintor costumava pôr as telas no chão do estúdio e, com pincéis endurecidos, varas e seringas, gotejava tinta sobre o quadro branco.
Pollock morreu de maneira precoce em um trágico acidente de carro após dirigir alcoolizado (o pintor tinha problemas com o alcoolismo).
Gostou de conhecer esse mestre da pintura? Aproveite para saber mais sobre o percurso de Jackson Pollock.
10. Salvador Dalí (1904-1989)
Um criador de mão cheia, esse foi Salvador Dalí, um ícone do surrealismo espanhol. Bem humorado, com o seu característico e excêntrico bigode de pontas, o pintor foi um escândalo na sua época.
Filho de um tabelião com uma dona de casa, Dalí, que estudou na Academia de Belas Artes de San Fernando, foi amigo do poeta Frederico Garcia Lorca, do pintor Picasso e do cineasta Luís Buñuel.
Em 1927 mudou da Espanha para Paris e virou membro do Movimento Surrealista, liderado por André Breton. As telas de Dalí apresentavam realidades alternativas, lúdicas e muito baseadas nos sonhos. Um dos exemplos é a tela A persistência da memória, pintada em 1931.
Dalí teve o privilégio de ter sido casado com o seu grande amor, Gala, ex-mulher do poeta Paul Éluard.
O surrealismo te encanta? Então chega mais e descubra o artigo A vida e obra surreal de Salvador Dalí através de 12 fatos interessantes de sua biografia.
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