10 ativistas famosos que mudaram o mundo
Você provavelmente já ouviu falar no nome desses corajosos homens e mulheres que desafiaram o statuo quo.
Idealistas, eles não se conformaram quando se depararam com as injustiças que viram no meio do caminho.
Conheça agora um pouquinho da biografia desses dez ativistas que mudaram o rumo da História.
1. Martin Luther King (1929-1968)
Seria super injusto falar na luta contra o racismo sem mencionar logo de cara o nome de Martin Luther King. O ativista norte-americano dedicou a sua vida ao combate à discriminação racial.
Seu trabalho foi tão importante que lhe rendeu um Prêmio Nobel da Paz, recebido em 1964.
Formado em teologia e pastor de uma igreja protestante, Martin Luther King sempre teve contato com o público e sentiu na pele o preconceito que atingia principalmente os negros do sul dos Estados Unidos. Indignado com as restrições que assistiu o povo negro sofrer calado, resolveu ser o porta-voz da causa e iniciar a sua luta em 1955.
A estratégia de Martin era a luta pacífica (inspirada em Mahatma Gandhi). É dele o famoso discurso I Have a Dream (Eu Tenho um Sonho).
Conheça a biografia completa de Martin Luther King.
2. Chico Mendes (1944-1988)
Esse corajoso é nosso! Chico Mendes foi um sindicalista brasileiro, líder seringueiro e ativista ambientalista que lutou até os seus últimos dias pela preservação da Amazônia.
Filho de seringueiro, Chico Mendes desde criança via a luta do pai no seringal e só foi alfabetizado aos 19 anos. Em 1975, ele começou a atuar como sindicalista, sendo porta-voz de todos aqueles que viviam em condições de trabalho degradantes.
Chico Mendes também denunciou o massacre dos povos indígenas da região. Não por acaso, o ativista começou a receber uma série de ameaças de morte dos fazendeiros, que enxergavam na figura do seringueiro alguém que poderia atrapalhar os negócios.
A trágica história resultou em assassinato, mas o legado deixado por Chico Mendes resiste até os dias de hoje.
Descubra a incrível biografia de Chico Mendes.
3. Helen Keller (1880-1968)
Essa escritora e ativista norte-americana, apesar de todas as suas limitações físicas (Helen era cega e surda), foi porta-voz da luta pela defesa das mulheres e das pessoas com deficiência.
Com uma história marcada pela superação, Helen foi a primeira cega e surda a cursar o ensino superior: Helen se formou em Filosofia pelo Radcliffe College.
A moça, aos poucos, conseguiu se integrar cada vez mais na sociedade, tendo inclusive escrito uma série de artigos. Helen viajou por mais 35 países e foi conselheira da American Foundation for the Blind.
Gostou de conhecer essa figura pioneira? Descubra mais sobre o percurso de Helen Keller.
4. Antonio Gramsci (1891-1937)
O italiano Antonio Gramsci não é lá muito conhecido entre os brasileiros, mas a sua luta pelos ideais que acreditava fez com que ele garantisse um lugar cativo nessa lista. Jornalista e intelectual, Antonio foi um dos fundadores do Partido Comunista da Itália.
Gramsci precisou enfrentar uma série de desafios pessoais ao longo da sua caminhada, entre eles uma deformidade na coluna e apuros financeiros (a família Gramsci ficou em maus lençóis depois do pai ter sido acusado de desviar verbas públicas). Mas, Antonio conseguiu dar a volta e graças a sua inteligência brilhante recebeu prêmios e bolsas de estudo ao longo da vida.
Interessado em política, se filiou ao Partido Socialista Italiano. Foi eleito deputado, tornou-se um líder da esquerda. Com a ascensão de Mussolini, o político acabou por ser processado, condenado e passou o resto dos seus dias na prisão submetido à péssimas condições.
Saiba mais sobre a biografia de Antonio Gramsci.
5. Betinho (1935-1997)
Sociólogo, ativista, preocupado com os mais carentes - esse foi Betinho.
Betinho era hemofílico, assim como os seus irmãos, a doença fora herdada da mãe. Era também soropositivo. Apesar das suas condições de saúde não serem as melhores, o bravo seguiu com a luta na tentativa de diminuir o abismo social característico da sociedade brasileira.
O ativista também foi um grande nome na luta pelos indígenas e no processo de conscientização para a reforma agrária.
Desvende mais sobre a trajetória de Betinho.
6. Nelson Mandela (1918-2013)
O presidente da África do Sul foi líder do movimento contra o Apartheid (legislação que segregava os negros no seu país de origem).
Sua luta lhe rendeu a prisão perpétua (Mandela foi condenado em 1964 e felizmente foi libertado em 1990), mas também lhe proporcionou um Prêmio Nobel da Paz, recebido em 1990.
Formado em Direito pela primeira Universidade da África do Sul a aceitar alunos negros, Mandela foi à luta para abolir absurdos como a proibição do casamento interracial e a obrigatoriedade de inscrição da raça nas certidões de nascimento.
Na sua época, era usual encontrar também espaços separados para negros e brancos como nas escolas, por exemplo. Mandela não se calou diante da injustiça e resolveu fazer a sua parte para dar um fim à segregação.
Conheça mais sobre os ideias igualitários de Nelson Mandela.
7. Rosa Parks (1913-2005)
O movimento de direitos civis dos negros norte-americanos teve grandes nomes, entre eles o de Rosa Parks. Seu nome entrou para a história quando a moça se negou a ceder o seu lugar a um branco em um ônibus. A situação se passou no Alabama e a polícia chegou a ser chamada levando Rosa para a prisão.
Rosa trabalhava como costureira e era casada com Raymond Parks, um membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor. Muito estimulada pelo marido, a mulher começou a militar pela causa.
O seu gesto histórico de se negar a dar lugar para um branco no ônibus provocou um enorme protesto e um boicote sem precedentes à empresa de transporte em questão. Sua atitude corajosa ajudou a alcançar a declaração de inconstitucionalidade das leis de segregação, que só aconteceu em 1956.
Gostou de conhecer esse caso? Então investigue mais a fundo a biografia de Rosa Parks.
8. Malcolm X (1925-1965)
Além de Rosa, outros nomes engrossaram o coro para compor o movimento pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Malcolm X foi um dos engajados na causa e foi também um dos nomes mais polêmicos do grupo.
O ativista foi engraxate e funcionário de uma estação ferroviária. Teve uma vida boêmia e acabou por entrar no mundo do crime. Na prisão, começou a estudar o Islã e tornou-se religioso.
Idealista, Malcolm X queria criar um Estado autônomo para os negros. Ele fundou em 1964 a organização Afro-American Unity, para unir afrodescendentes, e se tornou um dos grandes líderes do movimento.
Leia a biografia completa de Malcolm X.
9. Maria da Penha (1945)
Um ícone na luta em defesa das vítimas de violência doméstica, essa é Maria da Penha Maia Fernandes.
Maria da Penha foi uma figura tão importante que o seu nome batizou a Lei nº 11.340, sancionada pelo presidente Lula, que nos dias de hoje protege as mulheres vítimas de agressão.
Essa ativista sofreu na pele as dores de um parceiro violento: seu marido, o colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, lhe deu um tiro nas costas enquanto ela dormia. Maria da Penha ficou paraplégica, mas essa foi apenas a primeira vez que ela escapou da morte nas mãos do suposto parceiro, as agressões ainda continuaram até ela conseguir denunciar o caso.
Saiba mais sobre a luta da ativista Maria da Penha.
10. Pierre Bourdieu (1930-2002)
Esse é um ativista intelectual! Pierre Bourdieu foi um sociólogo e pensador francês. Munido dos livros e de muito estudo ele renovou a Sociologia e a Etnologia.
Interessado em compreender melhor a sociedade, Pierre promoveu uma série de pesquisas sobre a vida cultural e os hábitos de consumo dos franceses (e também dos europeus). Ele fez um verdadeiro raio X social e ajudou a compreendermos melhor as engrenagens que movem o mundo Ocidental.
Graças aos seus estudos, Bourdieu é tido até os dias de hoje como um dos mais importantes intelectuais contemporâneos.
Conheça a trajetória pessoal e acadêmica de Pierre Bourdieu.
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