18 pinturas famosas de grandes artistas
1. Mona Lisa, de Leonardo da Vinci (1452-1519)
O quadro mais famoso do mundo ocidental provavelmente é Mona Lisa, o retrato de uma mulher misteriosa pintado pelo italiano Leonardo da Vinci entre 1503 e 1517.
A imagem, que virou símbolo do Renascimento, faz parte do acervo do Museu Louvre (em Paris).
Existem três teorias sobre quem seria a mulher misteriosa eternizada por Da Vinci. A primeira delas diz que Mona Lisa, na verdade, seria um retrato de Lisa del Giocondo (mulher de Francesco del Giocondo, um grande nome da sociedade de Florença). A segunda hipótese atribui a identidade da mulher a Isabel de Aragão, a duquesa de Milão - Da Vinci trabalhou para ela durante algum tempo. A terceira possibilidade é de que a mulher pintada seja o próprio Leonardo da Vinci em trajes femininos.
O pintor, que foi um dos maiores nomes do Renascimento italiano, ficou conhecido não só pela criação da Mona Lisa, mas por outros trabalhos como A última ceia e o Homem vitruviano. O seu legado marcou não só o universo da pintura como o do desenho, da escultura, da arquitetura e uma série de outros campos artísticos.
2. Guernica, de Pablo Picasso (1881-1973)
O quadro foi pintado pelo espanhol Pablo Picasso para eternizar o bombardeamento nazista que aconteceu em Guernica, no país Basco, durante a Guerra Civil Espanhola, no dia 26 de abril de 1937.
A tela, que retrata os horrores da guerra, é uma das obras mais importantes do cubismo e é um símbolo de paz.
O quadro, complexo, demorou apenas um mês para ficar pronto e, depois de finalizado, foi exposto em várias cidades do mundo divulgando a crueldade da guerra civil espanhola.
Essa fase negra do país coincidiu com uma fase também pesada pessoalmente para o pintor, que perdeu a mãe em 1939 e passou a criar obras mais densas e sombrias.
Tido como um dos grandes artistas do século XX, Pablo Picasso criou quadros, gravuras, desenhos, cerâmicas e esculturas.
3. A noite estrelada, de Vincent Van Gogh (1853-1890)
O quadro mais conhecido de Van Gogh foi pintado em 1889, quando o artista estava internado voluntariamente em um hospício na cidade de Saint-Rémy-de-Provence depois de ter decepado a própria orelha num surto psicótico.
As espirais no céu denunciam o estado de inquietação psíquica de Van Gogh, que sofreu com as suas crises durante toda a vida.
A paisagem, vista da janela do quarto, era uma das poucas formas de contato do artista com o mundo exterior. Através da pintura ficamos conhecendo um pouco do funcionamento da mente agitada do artista.
4. O beijo, de Klimt (1862-1918)
O beijo, quadro mais famoso do austríaco Gustav Klimt, foi pintado com folhas de ouro e faz parte da fase dourada do artista.
O casal, abraçado, remete para a ideia de aconchego e cumplicidade. O homem, pela sua postura corporal, dá um ar de proteção à amada, que se encontra ajoelhada e numa postura frágil.
O par romântico foi pintado entre 1907 e 1908 e é um dos testemunhos da genialidade do pintor, que já era bastante reconhecido no seu tempo. Antes mesmo de acabar de pintar o quadro ele já havia sido comprado pelo Belvedere Palace Museum (onde está até hoje) pelo valor recorde na ocasião (25 mil coroas).
5. O nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli (1445-1510)
O italiano Sandro Botticelli pintou O nascimento de Vênus em 1486 e a obra virou uma referência do Renascimento.
O artista, que pintava apenas cenas bíblicas, inovou nessa tela que traz referências à cultura greco-latina e tem inspiração no período da antiguidade clássica.
A criação foi uma encomenda de Lorenzo di Pierfrancesco - um personagem importante da sociedade italiana - para decorar a sua rica casa.
Inovador para o seu tempo, Botticelli teria sido o primeiro criador a pintar uma mulher nua que não fosse Eva e um dos pioneiros ao criar quadros mitológicos que promoviam um culto aos valores pagãos.
6. Moça com brinco de pérola, de Johannes Vermeer (1632-1675)
O holandês Johannes Vermeer pintou em 1665 a sua obra mais famosa: Moça com brinco de pérola.
Não se tem certeza de quem é a jovem retratada em estilo realista, uma das principais teorias aponta para que a modelo tenha sido a própria filha de Vermeer, que na ocasião teria 13 anos.
Das poucas telas que o artista pintou é de se destacar o cuidado que tinha com o jogo de luz e as cores. Os seus trabalhos estavam quase sempre voltados para o cotidiano e para a vida dos anônimos.
7. A ronda noturna, de Rembrandt (1606-1669)
O retrato de grupo em movimento pintado pelo holandês Rembrandt van Rijn em 1642 foi uma encomenda de uma brigada de militares liderada pelo capitão Frans Banning Cocq.
A obra, que foi comprada para decorar a corporação de Amsterdã, virou uma das peças mais importantes do século XVII, pertencendo ao Barroco holandês.
O quadro foi inovador por não ser um retrato estático, parado, e conter dentro dele várias cenas simultâneas.
Rembrandt era muito reconhecido no seu tempo por criar telas muito teatrais, com bastante jogo de luz e sombra, fazendo um registro muito preciso da época em que viveu.
8. A criação de Adão, de Michelangelo (1475-1564)
O afresco da Capela Sistina, em Roma, foi uma encomenda feita pelo então papa Júlio II, em 1508, para o mestre italiano do Renascimento Michelangelo. A criação demorou dois anos para ficar pronta.
O teto da Capela Sistina apresenta uma série de passagens bíblicas importantes, o pedaço de maior destaque da obra, no entanto, é quando o homem e Deus quase se tocam.
Apesar de preferir trabalhar com esculturas, Michelangelo abriu uma exceção para atender o pedido feito pelo papa para pintar um dos espaços mais sagrados da igreja católica.
9. O casal Arnolfini, de Jan van Eyck (1390-1441)
O quadro mais famoso do pintor flamengo Jan van Eyck, fundador do estilo gótico, foi pintado em 1434.
O casal Arnolfini retrata um rico comerciante da região (Giovanni Arnolfini) e a sua mulher (Giovanna Cenami), que viveram em Bruges, na Bélgica, entre 1420 e 1472.
O retrato familiar é repleto de simbolismo e tem a peculiaridade de exibir no fundo da imagem um espelho convexo que reproduz uma boa parte da sala que seria inacessível ao espectador.
10. Medusa, de Caravaggio (1571-1610)
Caravaggio, que na vida real se chamava Michelangelo Merisi, usava o nome artístico que fazia uma referência à aldeia onde nasceu.
O artista, que foi um dos grandes destaques da pintura Barroca, ficou especialmente conhecido por obras que carregavam enorme expressividade e faziam um jogo de luz e sombra.
A primeira vez que pintou a figura de Medusa foi em 1596. A bela mulher, com serpentes no lugar dos cabelos, era uma das figuras mais importantes da mitologia grega.
Na representação escolhida por Caravaggio, o retrato apresenta o momento logo a seguir a cabeça de Medusa ser cortada.
11. A traição das imagens, de René Magritte (1898-1967)
Criada em 1929 pelo mestre belga René Magritte, a tela fala sobre os limites da representação ao apresentar a imagem de um cachimbo com uma frase na parte de baixo da tela afirmando que Isto não é um cachimbo.
Provocador, o artista questionou o lugar da pintura e colocou o espectador para pensar no próprio objeto cachimbo e na forma com que ele era representado artisticamente.
12. Ponte Sobre Uma Lagoa de Lírios de Água, de Claude Monet (1840-1926)
Pintada em 1899 pelo artista francês Claude Monet, a paisagem bucólica pertencia à própria propriedade do pintor, uma pequena terra situada em Giverny.
A natureza retratada nas pinceladas de Monet traduz uma energia de tranquilidade ímpar.
A ponte sobre um afluente do rio Sena foi instalada pelo próprio pintor em 1893. A lagoa foi mesmo um tema importante para o artista, que criou uma série de 18 obras sobre a mesma paisagem. O conjunto foi exposto junto em 1900 na galeria Durand-Ruel (em Paris).
13. A liberdade guiando o povo, de Eugène Delacroix (1798-1863)
A pintura mais conhecida do artista francês Eugène Delacroix retrata a Revolução de 1830 e fala sobre a luta pela liberdade, nesse caso, na França. A figura feminina ao centro da tela representa justamente a tão ansiada liberdade.
Ao contrário do que se costuma acreditar, a tela não é uma representação da revolução francesa, e sim de outra revolta posterior, que aconteceu 41 anos mais tarde.
A pintura, que é o trabalho mais importante de Eugène Delacroix, é uma das peças de destaque do Romantismo.
14. A persistência da memória, de Salvador Dalí (1904-1989)
É impossível falar no surrealismo e não pensar automaticamente no artista espanhol inovador Salvador Dalí, que foi o principal nome do grupo.
A sua tela mais emblemática - que se tornou um dos destaques do movimento - é A persistência da memória, que foi pintada em 1931 em apenas algumas poucas horas.
O quadro, cheio de simbolismo, apresenta uma paisagem tradicional da Catalunha, tão cara para o pintor, com alguns elementos inusitados como os relógios derretidos, as formigas e um corpo em putrefação.
15. As meninas, de Diego Velázquez (1599-1660)
Foi em 1656 que o espanhol Diego Velázquez pintou a sua obra-prima. No retrato que reproduz uma cena interior da corte vemos a pequena princesa Margarita Teresa, os reis, uma série de funcionários do palácio e o próprio Velázquez que aparece discretamente na tela pintando.
A obra barroca foi criada no contexto da corte, pois Diego Velázquez era o pintor oficial do rei Felipe IV.
Inovador, o pintor não só ilustrou várias cenas dentro de uma mesma tela como inseriu também na obra o seu próprio autorretrato em ação.
16. O grito, de Edvard Munch (1863-1944)
Perturbador, o quadro do norueguês Edvard Munch, pintado em 1893 (primeira versão), é a maior obra do expressionismo e tem como personagem principal um homem extremamente angustiado, provavelmente em meio a uma crise psicótica.
A obra, que fala sobre a ansiedade, a depressão e os transtornos mentais de uma forma mais geral teve quatro versões.
O tema era muito caro para Munch, que foi criado pelo pai (a mãe faleceu cedo). O pai de Munch sofria com uma severa doença mental e acabou marcando a memória do pintor.
17. Número 5, de Pollock (1912-1956)
O gênio do expressionismo abstrato norte-americano foi Jackson Pollock, que usou a técnica do gotejamento para criar as suas principais obras.
O artista de vanguarda costumava posicionar as suas telas enormes no chão e caminhava sobre elas derramando tinta de uma forma caótica.
A tela No.5 foi criada em 1948 e é uma das referências da pintura norte-americana.
18. Abaporu, de Tarsila do Amaral (1886-1973)
A única obra brasileira da lista - e possivelmente o quadro mais importante da nossa cultura - foi pintado por Tarsila do Amaral em 1928 para o então marido Oswald de Andrade.
O quadro, que era um presente de aniversário, se tornou uma peça clássica do nosso modernismo.
Abaporu, que significa homem que come gente, faz referência à antropofagia. Na tela vemos um retrato crítico do nosso país: observe como o trabalho braçal é valorizado (nos membros enormes) e o trabalho intelectual é menosprezado (na pequena cabeça do modelo).