Diego Velázquez
Biografia de Diego Velázquez
Diego Velázquez (1599-1660) foi um pintor espanhol, um dos maiores nomes do Barroco europeu. Foi o pintor da corte de Felipe IV da Espanha.
Diego distinguiu-se não só pelo domínio da técnica como pelo humanismo que envolve com uma aura de nobreza e dignidade todos os personagens que retratou.
Diego Rodriguez de Silva Velázquez nasceu em Sevilha, Espanha, no dia 6 de junho de 1599. Era o filho mais velho de Juan Rodriguez, um fidalgo de origem portuguesa, e de Jerónima Velázquez.
Ainda menino, Diego deu provas de sua habilidade de desenhista e em 1611 iniciou um aprendizado no atelier de Francisco Pacheco. As aulas se prolongaram por cinco anos. Em 1617 obteve a licença de pintor.
Em 1618, com 19 anos, Diogo casou-se com Joana Pacheco, filha de Francisco Pacheco, seu professor.
Ainda adolescente, pintou algumas obras religiosas, entre elas: Jesus em casa de Marta e Maria (1618), Imaculada Conceição (1619) e Adoração dos Magos (1619), obras de um realismo incomum e com belos efeitos de claro e escuro:
Em 1621, Velázquez concluiu sua obra prima, O Agueiro de Sevilha, na qual o artista já se destacava pela exploração do contorno e dos contrastes ilusionistas de luz e sombra, técnica adotada pelo pintor Caravaggio.
Em 1622 realiza o retrato de Francisco Pacheco. Em 1623 ele foi chamado a Madrid pelo conde-duque de Olivares, seu protetor, um sevilhano bastante influente nos assuntos de Estado, para pintar um retrato do Rei Filipe IV.
A obra foi do agrado do rei que nomeou Velázquez como pintor da corte. A partir de então, sua tarefa passou a ser a de retratar o soberano e também alguns membros de sua família, começando assim o que se tornaria em longa e prestigiosa carreira na corte de Felipe IV. Um dos mais destacados retratos da nova função foi a tela Felipe IV com Armadura (1628):
Em seus primeiros anos em Madri, o artista substituiu gradualmente seus tons terrosos por uma gama incomum de cinzas que se tornou o recurso admirável em sua obra.
Ainda em 1628, Velázquez pintou o Triunfo de Baco, que representa o deus Baco e a celebração majestosa do personagem mitológico e a cena da vida real. Velázquez trabalhava com modelos ao vivo e produziu cenas ricas em detalhes, movimentos e perspectivas:
Em 1629, o famoso pintor flamengo Peter Paul Rubens visitou a Espanha e convidou Velázquez para visitar a Itália para conhecer o trabalho dos mestres italianos. Esteve em Gênova, Milão, Veneza e Bolonha. Em janeiro de 1630, foi para Roma.
A viagem intensificou o realismo de Velázquez, como, mostram duas de suas mais importantes composições: A Forja de Vulcano (1630) e A Túnica de José levada a Jacó (1630):
Entre as produções dessa época destaca-se também Cristo Crucificado (1631), uma pintura típica espanhola que nada deve às representações italianas, e cujo realismo ultrapassa todas as convenções:
No início de 1631, Velázquez voltou a Madrid e retomou suas funções e deu início à fase mais produtiva de sua carreira, marcada não apenas pelos retratos de personagens da corte, mas também por trabalhos com temas históricos, mitológicos e religiosos.
Ao artista deve-se também uma obra mestra de sua pintura histórica, A Rendição de Breda, pintada em 1634 para o salão dos Reis do Palácio de Bom Retiro de Madri:
Um dos retratos oficiais dos membros da família real pintados por Velázquez foi a tela Felipe IV a Cavalo (1635), que se encontra no Museu do Prado, em Madrid:
Em 1643 Diego Velázquez foi nomeado Cavalheiro da Ordem de Santiago. Em 1649 faz uma viagem oficial à Itália para adquirir pinturas e esculturas para a coleção real espanhola. Foi recebido em Veneza, na corte de Modena, em Roma e em Nápoles.
Nessa época, Velázquez se encontrava no auge de sua fama e antes de regressar a Madri pintou algumas de suas obras mais conhecidas: O Retrato do Papa Inocêncio X (1650), quase impressionista, e a paisagem da Vista da Villa Medici (1650), um dos únicos exemplares de paisagens puras de sua obra:
De volta a Madrid, foi nomeado chefe de gabinete do palácio do rei e assumiu a decoração de todos os palácios reais, porém, continuava com seus trabalhos de pintura. São dessa época os retratos da Rainha D. Mariana (1653) e da Infanta D. Maria Teresa (1652-1653), que mais tarde se tornaria rainha da França:
Em 1657, Velázquez pintou outra obra-prima, o Autorretrato da Família de Felipe IV - a tela As Meninas, que está exposto no Museu do Prado, em Madrid.
Essa pintura, que deu origem a múltiplas interpretações, tem como enquadramento espacial a divisão dos aposentos do Paço Real onde vivia o pintor. Na obra, o próprio pintor aparece à frente do cavalete com a cruz da Ordem de Santiago (embora a distinção tenha sido acrescentada após sua morte por ordem do rei).
Ao fundo da sala, um espelho reflete a imagem do rei e da rainha, e ao centro aparece a Infanta Margarida acompanhada de suas duas damas reais. À direita, em primeiro plano estão a anã Mari e o anão Nicolás. Junto à escada vemos o mordomo da rainha.
Existem pouco mais de 100 telas conhecidas de Velázquez. Como quase nunca assinava suas obras, o artista teve atribuídas a ele muitas telas de outros pintores.
Diego Velázquez faleceu em Madrid, Espanha, no dia 6 de agosto de 1660, cercado de prestígio e honrarias.
- Pablo Picasso (1801-1973) foi um pintor espanhol. A Pomba da Paz, Guernica, L...
- Salvador Dalí (1904-1989) foi um pintor espanhol que se destacou por suas com...
- Joan Miró (1893-1983) foi um importante pintor, gravador, escultor e ceramist...
- Francisco de Goya (1746-1828) foi um dos maiores mestres da pintura espanhola...
- Juan Gris (1887-1927) foi um pintor e escultor espanhol, contemporâneo de Pic...
- Federico García Lorca (1898-1936) foi um poeta e dramaturgo espanhol. É consi...
- Antonio Machado (1875- 1939) foi um poeta espanhol, vinculado à “Geração de 9...
- El Cid (1043-1099) foi um cavaleiro espanhol do Reino de Castela, um dos maio...
- Filipe II da Espanha (1527-1598) foi rei da Espanha, de Nápoles e da Sicília...
- Vicente Yáñez Pinzón (1462-1514) foi um navegador e explorador espanhol. Coma...