Apolo

Deus grego
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Apolo

Apolo foi um deus grego. Foi a divindade do sol, da agricultura, da poesia, da música, do canto, da lira, da juventude, do arco e flecha e da profecia. Foi o deus mais venerado no panteão grego depois de Zeus, o pai dos deuses.

Todos os deuses gregos possuíam um elemento físico característico, Apolo era representado como o deus de beleza perfeita e possuía longos cabelos cacheados.

Contexto histórico

A história da Grécia Antiga se estendeu do século XX ao século IV a.C. e, nessa época, os gregos eram politeístas, ou seja, veneravam vários deuses que possuíam poderes sobrenaturais e serviam de explicação para os fatos misteriosos do universo.

Os deuses habitavam o Monte Olimpo e comportavam-se como as criaturas humanas, sentiam ciúme, inveja e amor. Eram dotados de poderes, beleza, perfeição e imortalidade.

Os deuses estavam expostos a sofrimentos físicos e morais, padeciam de angústias, sentiam alegrias, amavam e odiavam, comiam e bebiam, tocavam lira e faziam festas.

O nascimento de Apolo

Na mitologia grega, o deus Apolo era filho de Zeus, o rei mais poderoso do panteão grego, e de Leto (deusa do anoitecer), filha dos titãs Céos (titã das visões) e Febe (titânide da lua).

Segundo a lenda, ao saber que Leto iria ter um filho com Zeus, sua esposa, a deusa Hera, castigou Leto com a ajuda de Gaia (a mãe terra) proibindo que seu filho nascesse em terra firme.

Leto teve que fugir constantemente, mas com a ajuda de Posseidon (deus dos mares e oceanos), refugiou-se na ilha flutuante de Delos, onde era perseguida pela serpente Píton, que pretendia matá-la.

 Apolo e sua irmã gêmea Ártemis (deusa da caça) nasceram na ilha de Delos. Ao completar um ano, Apolo tomou o “néctar dos deuses” e comeu “ambrosia”, tornando-se imediatamente um homem adulto e, armado de arco e flechas perseguiu a serpente Píton para vingar-se.

Apolo encontrou a serpente próximo ao Monte Parnaso e a matou com três flechadas: uma no olho, outra no peito e outra na boca.

Templos de Apolo

Acredita-se que o “Santuário de Delos” foi construído em homenagem ao deus Apolo no início do século VIII a.C.

Apolo
Ruínas do Santuário de Apolo, em Delos, Grécia

O poder de Apolo se estendeu por todos os âmbitos da natura e do homem. Apolo era o deus do sol, da agricultura, da poesia, da música, do canto, da lira, do arco e flecha e da juventude.

Apolo tinha poderes sobre a morte, tanto para enviá-la como para afastá-la. Em seu templo construído em Delfos, as pessoas iam venerá-lo e obter previsões, uma vez que ele era o deus dos oráculos.

Apolo
Templo de Apolo em Delfos, Grécia

Apolo era também chamado de Febo (brilhante) por sua identificação com o sol. O ciclo das estações do ano constituía sua mais importante caracterização.

Diz a lenda que durante o inverno, Apolo vivia com os hiperbóreos, mítico povo do norte, e regressava a Delos e Delfos a cada primavera, para presidir as festas que, durante o verão eram celebradas em sua honra.

A população romana adotou vários deuses originários da Grécia Antiga. O único deus que permaneceu com o mesmo nome foi Apolo, muito cultuado como o deus Sol.

Apolo teve vários filhos, fruto de seus relacionamentos com deusas, ninfas e mortais, entre eles Asclépio (Esculápio para os romanos), o deus da medicina.

Apolo e Zeus

O relacionamento de Apolo com seu pai Zeus foi marcado por várias desavenças. Certa vez, seu filho Asclépio conseguiu trazer um indivíduo de volta à vida, o que enfureceu Hades, o deus do mundo dos mortos.

A situação foi mediada por Zeus que decidiu punir Asclépio, matando-o com um raio. Apolo resolveu se vingar da morte do filho e mandou matar os três ciclopes que produziram o raio.

Zeus ficou enfurecido com a vingança e resolveu punir Apolo condenando-o a viver como mortal durante um ano na região da Tessália.

Apolo e Dafne

Apolo também foi considerado o condutor das musas e foi personagem fascinante de mil histórias de amor, muitas frustradas.

A história mais conhecida é a que envolve a ninfa Dafne. Com base na narrativa de Ovídio, em Metamorfoses, tudo começou quando Apolo zombou das habilidades de Eros, o deus do amor, quando este manejava um arco e flecha.

Eros vingou-se de Apolo fazendo com que ele se apaixonasse por uma mulher que não o queria. Para isso, lançou uma flecha de ouro que fez Apolo se apaixonar por Dafne.

Em seguida, Eros lançou uma flecha de chumbo em Dafne, o que fez ela ter aversão a todos os que se apaixonassem por ela. Quanto mais Apolo manifestava suas intenções mais Dafne o desprezava.

A história terminou quando Apolo decidiu perseguir Dafne através de um bosque. Aterrorizada, Dafne pediu a seu pai que a transformasse em um loureiro. Desde então, a árvore passou a ser sagrada para Apolo.

Depois do ocorrido entre Apolo e Dafne, ele decidiu dar coroas de louro para todos os que realizassem atos heroicos. A coroa de louros passou a ser um dos principais símbolos de glória para gregos e romanos.

Os deuses gregos dependiam da devoção humana para sustentar sua imortalidade. Com a diminuição de sua adoração, sua força e poder também diminuiam, eventualmente lavando-o à morte.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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