Osman Lins
Biografia de Osman Lins
Osman Lins (1924-1978) foi um escritor brasileiro. É o autor da peça Lisbela e o Prisioneiro, uma comédia romântica que foi adaptada para o cinema pelo diretor Gell Arraes.
Osman Lins (1924-1978) nasceu em Vitória de Santo Antão, Pernambuco, no dia 5 de julho de 1924. Em 1941, após terminar os estudos secundários, mudou-se para o Recife, onde começou a publicar seus primeiros trabalhos literários. Em 1944 ingressa na Faculdade de Ciências Econômicas do Recife, e suspende por longo tempo sua colaboração na imprensa. Conclui o curso em 1946.
Em 1955 estreia com o romance O Visitante, onde realiza uma obra de grande aprofundamento psicológico e um admirável desenvolvimento narrativo, que lhe confere três prêmios: o Fábio Prado, de São Paulo, o Prêmio Especial da Academia Pernambucana de Letras e o Prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras.
Em 1957, Osman Lins publica o conto Os Gestos, que foi laureado com o Prêmio Monteiro Lobato, de São Paulo. Em 1961 fez sua estreia no gênero teatral com Lisbela e o Prisioneiro, uma comédia romântica, que recebeu o 1º Prêmio no 2º Concurso Nacional de Peças Brasileiras. Em 1961 é levada ao Rio de Janeiro pela (Cia. Tônia-Céli-Autran) e em 1962 é apresentada no Teatro Municipal de São Paulo. Em 1964 a peça é publicada em livro. Em 2003, sua peça foi adaptada para o cinema por Guell Arraes e conquistou sucesso de bilheteria.
Ainda em 1961, publicou o romance O Fiel e a Pedra, que obteve, no Recife, o Prêmio Mário Sete, instituído pela UBE. Nesse mesmo ano foi pra a França, como bolsista da Aliance Française. Em 1962 transfere-se para São Paulo, passando a colaborar com a imprensa, com peças de ficção e artigos de crítica literária. Nessa época foi nomeado professor titular de Literatura Brasileira na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da cidade de Marília.
Em 1963 publica Marinheiro de Primeira Viagem. Em 1963 escreve a peça A Idade dos Homens, que é apresentada no Teatro Bela Vista. Em 1965, apresenta os contos Nove Novena, onde realiza novas experiências de técnica e forma.
Nos anos seguintes escreveu as peças Capa Verde e o Natal (1967) e Guerra do Cansa-Cavalo (1967), essa recebeu o Prêmio José de Anchieta, de São Paulo. Escreveu também dois volumes de ensaios Um Mundo Estagnado (1966) e Guerra Sem Testemunhas o Escritor, Sua Condição e a Realidade Social (1969).
Embora a presença de sua terra natal seja intensa em sua obra, com apresentação de tipos e ambientes da região, sua linguagem e seus temas são universais. O que o preocupa é o homem, apresentado num contesto através do qual analisa o seu temperamento e o seu feitio moral.
Osman Lins faleceu em São Paulo, São Paulo, no dia 8 de julho de 1978.
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