Thomas Edison

Inventor norte-americano
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Thomas Edison

Thomas Edison (1847-1931) foi um dos maiores inventores da humanidade. Sua maior invenção foi a lâmpada elétrica. Chegou a registrar um total de 1.033 patentes. É de sua autoria a frase “Um gênio se faz com um por cento de inspiração e noventa e nove de esforço”.

Infância e primeiras invenções

Thomas Alva Edison nasceu em Milan, no estado de Ohio, no meio oeste americano, no dia 11 de fevereiro de 1847. Filho de um marceneiro e de uma professora, quando tinha sete anos de idade, sua família mudou-se para Port Huron, em Michigan, na região dos Grandes-Lagos.

Durante três meses apenas, Edison frequentou a escola pública de Port Huron, mas era muito impertinente, o que não agradou o professor. Completou sua educação primária com sua mãe, que fez com que ele estudasse o que realmente gostava: as ciências.

Com onze anos, Edison instalou um laboratório no porão de casa. Com 12 anos aprendeu o alfabeto Morse e começou a construir telégrafos rudimentares.

Conseguiu um emprego de vendedor de doces e jornais no trem que fazia a linha Port Huron-Detroit. Com o apoio do seu chefe instalou um laboratório químico no vagão postal onde, nas horas vagas, estudava e fazia experimentos.

Em 1861, durante a guerra civil nos Estados Unidos, Edison preparou uma velha prensa (comprada por 12 dólares) e alguns rolos de papel e instalou no seu vagão postal a redação e a tipografia do Grande Arauto Ferroviário, jornal com 400 exemplares de tiragem. Ele era o “repórter, o redator e o tipógrafo”. As notícias eram fresquinhas, obtidas junto aos telégrafos das estações por onde o trem passava.

Com 14 anos de idade, Thomas Edison sofreu um acidente ao descer do trem em movimento que, com o tempo, foi lhe tirando a audição.

Em 1862 aprendeu telegrafia e logo se tornou um ótimo profissional. Construiu dois aparelhos telegráficos e se empregou como telegrafista na estação de Strattford, próximo de Port Huron.

Por dormir nas horas de menor movimento telegráfico, Tomas Edison foi demitido. Vagou pelas cidades atrás de emprego. Sem um tostão, quase surdo e imerso em suas reflexões sobre seus experimentos.

Thomas Edison sempre foi um inventor nato
Thomas Edison sempre foi um inventor nato

Primeiras patentes de Thomas Edison

Em 1868, Thomas Edison obteve sua primeira patente, por um registrador elétrico de diversas aplicações. No ano seguinte arranjou trabalho na agência telegráfica da Bolsa de Valores, em Nova Iorque, onde dormia no porão.

Trabalhando vinte horas por dia e economizando, conseguiu em parceria com um amigo, montar uma firma de engenharia eletrotécnica. Com pouco tempo inventou um telégrafo que permitia enviar diversas mensagens ao mesmo tempo.

Em 1870 construiu um telégrafo adequado para transmissão de notícias das cotações da Bolsa. Foi oferecê-lo ao presidente de uma poderosa companhia esperando ganhar 3 mil dólares. Ao invés disso, conseguiu 40 mil dólares.

Passadas as dificuldades financeiras, Edison montou, em 1873, um grande laboratório em West Orange, Nova Jersey. Patenteou a máquina de escrever – mais tarde aproveitada pela Remington, uma  registradora – futuro mimeógrafo, aperfeiçoou o microfone, o que ajudou a por em prática o telefone inventado por Alexander Graham Bell.

Em 1877, Edison inventou o fonógrafo, aparelho que reproduzia o som e que evoluiu para o toca discos.

Lâmpada elétrica

Em 1879, depois de realizar 1.200 experiências, Thomas Edison inventou a lâmpada elétrica. Antes dele, vários cientistas tentaram o mesmo invento, mas o problema todo estava em encontrar um filamento que chegasse a brilhar mas não queimasse com a passagem da eletricidade.

Thomas Edison usou um filamento de carvão posto dentro de um bulbo de vidro do qual se havia extraído o ar. Em outubro de 1897, a grande vitória de Edison: a primeira lâmpada elétrica se manteve acesa durante 40 horas seguidas. Nos anos seguintes o inventor aperfeiçoou sua lâmpada. Com o êxito, Edison registrou o seu produto e iniciou a comercialização.

Outras invenções

Coube a Thomas Edison a invenção de diversos equipamentos. Foram aproximadamente 1.033 patentes, entre elas: o fonógrafo (depois aperfeiçoado por Graham Bell e Charles Tainter), um regulador de corrente para máquinas elétricas, um distribuidor subterrâneo de energia, uma válvula, que foi a precursora das válvulas de rádio, um acumulador de energia (bateria), um sistema de transmissão telegráfica de trens ou navios em movimento, o cinescópio, um dos aparelhos que permitiria o nascimento do cinema etc.

Em 1890, Thomas Edison fundou a Edison General Eletric Company, que se tornaria um dos maiores fabricantes multinacionais de lâmpadas e equipamentos elétricos leves e pesados.

Dedicou os últimos anos de sua vida a administrar suas empresas e a comercializar numerosos inventos. Durante a Primeira Guerra Mundial, trabalhou para o governo, introduzindo diversos melhoramentos em navios e embarcações pequenas.

Em 1927 foi eleito membro da Academia Nacional de Ciências.

Thomas Edison faleceu em West Orange, no estado de New Jersey, Estados Unidos, em 18 de outubro de 1931.

Seus restos mortais estão sepultados no Edison National Historic Site, no condado de Essex, em New Jersey.

Expulso da escola

invenções e fatos da história de Thomas Edison
Thomas Edison ainda adolescente.

Seu professor o achava muito disperso, confuso e com dificuldade de aprendizado. O que foi encarado pela escola formal como um problema, foi tomado pela mãe como uma qualidade do filho, que sempre foi muito curioso. 

A mãe de Thomas Edison era professora e acabou por assumir a educação do filho, inclusive apoiando as suas criações. Aos doze anos de idade, o menino já tinha um pequeno laboratório de experiência em casa, onde rascunhava suas primeiras invenções. 

    Citações famosas de Thomas Edison

    "O gênio é aquele que tem uma grande paciência."

    "Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez."

    "Tudo alcança aquele que trabalha duro enquanto espera."

    "Eu aprendi muito mais com os meus erros do que com meus acertos."

    "A surdez foi de grande valia para mim. Poupou-me o trabalho de ficar ouvindo grande quantidade de conversas inúteis e me ensinaram a ouvir a voz interior."

    "Um gênio se faz com 1% de inspiração e 99% de esforço."

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    Dilva Frazão
    É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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