Mario Prata

Escritor brasileiro
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Mario Prata

Mario Prata (1946) é um escritor, dramaturgo e novelista brasileiro. Recebeu diversos prêmios, entre eles, dois Kikitos no Festival de Gramado com os filmes “Besame Mucho” (1987) e com “O Testamento do Sr. Napumoceno” (1997).

Mario Alberto Campos de Morais Prata, conhecido como Mario Prata, nasceu em Uberaba, em Minas Gerais, no dia 11 de fevereiro de 1946. Mudou-se com a família para a cidade de Lins, no interior de São Paulo, onde passou grande parte de sua juventude.

Com grande interesse pela leitura e pela escrita, redigia o jornalzinho da escola. Com 14 anos, com o pseudônimo de Franco Abbiazzi, começou a escrever para a coluna social do jornal Gazeta de Lins e logo estava escrevendo artigos e reportagens. Escreveu também para o jornal Última Hora.

Carreira de Escritor

Na década de 60, Mario Prata ingressou na Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo. Trabalhou como gerente de banco e durante esse período lançou seu primeiro livro, “O Morto que Morreu de Rir” (1969), publicado pelo Centro Acadêmico da Faculdade.

Em 1970, Mario Prata escreveu sua primeira peça teatral, “Cordão Umbilical”. Com o sucesso das obras resolveu abandonar o emprego e se voltar exclusivamente para a carreira de escritor.

Ainda nos anos 70, Mario Prata escreveu o livro infantil, “Chapeuzinho Vermelho de Raiva” (1970), e a peça “E se a Gente Ganhar a Guerra?” (1971). Entre 1972 e 1973 foi colaborador do jornal “O Pasquim”.

Primeiras Novelas

Em 1976 estreou com a novela “Estúpido Cupido” para a TV Globo. Em 1977 assinou sua segunda novela “Sem Lenço, Sem Documento”.

Em 1978, depois de deixar a TV Globo, adaptou para a televisão alemã a minissérie “Chico Rei”, baseada na obra de Cecília Meireles, e exibida pela TV ARD, emissora da antiga Alemanha Ocidental.

Em 1979 escreveu a peça “Fábrica de Chocolate” e assinou “Dinheiro Vivo”, uma das últimas novelas produzidas pela extinta TV Tupi.

Década de 80

Em 1981, Mario Prata adaptou três obras literárias para pequenas novelas, apresentadas na TV Cultura: “O Resto é Silêncio” e “Música ao Longe” de Érico Veríssimo e “O Vento do Mar Aberto” de Geraldo Santos.

Em 1982, Mario Prata retornou para a TV Globo e fez a adaptação de dois episódios para o programa “Caso Verdade”, baseados em histórias reais enviadas pelos telespectadores: “O Homem do Disco Voador” (1982) e “Devolvam Meu Filho” (1982).

Em seguida, Mario Prata participou do grupo de autores que escreveram as minisséries “Avenida Paulista” (1983) e “A Máfia no Brasil” (1984). Em 1985 colaborou com Daniel Más e Lauro César Muniz com a novela “Um Sonho a Mais”.

Na TV Manchete, para onde se transferiu em 1987, junto com outros autores escreveu a novela “Helena” adaptada da obra de Machado de Assis.

Década de 90

Entre 1992 e 1993, Mario Prata morou em Portugal e assinou sete episódios do seriado “Giras e Pirosas” exibido pela emissora SIC. Lá, escreveu “Schifaizfavoire” – um dicionário do português falado em Portugal.

Em 1997, Mario Prata estreou na TV Bandeirantes, onde apresentou a novela “O Campeão”.

Anos 2000

Em 2004, Mario Prata foi um dos autores da novela “Metamorphoses”, exibida na TV Record. Em 2005 retornou para a TV Globo e escreveu os primeiros capítulos da novela “Bang Bang”. Com problemas de saúde deixou a TV.

Durante 11 anos, Mario Prata assinou uma coluna semanal no jornal O Estado de São Paulo. Escreveu para as revistas Isto É e Época, e também para o jornal A Folha de São Paulo.

Outras obras de Mario Prata

Teatro:

  • Salto Alto (1983)
  • Comédia Divina (1984)
  • Eu Faço o Que Elas Querem Ouvir (2001)

Cinema:

  • O Jogo da Vida e da Morte (1971)
  • O Casamento de Romeu e Julieta (2003).

Livros:

  • Filho é Bom, Mas Dura Muito (1995)
  • 100 Crônicas (1997)
  • O Diário de Um Mago: a Volta ao SPA (1997)
  • Minhas Mulheres e Meus Homens (1999)
  • Os Amigos de Badaró: Comédia Policial (2000)
  • Cem Melhores Crônicas (2007)
  • Sete Paus (2009)
  • Os Viúvos (2010)
  • Minhas Vidas Passadas (2011)
  • Purgatório (2015)
Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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