Mario Sergio Cortella

Professor, filósofo e escritor brasileiro
Por Rebeca Fuks
Doutora em Estudos da Cultura

Biografia de Mario Sergio Cortella

Professor, escritor, e filósofo - Mario Sergio Cortella é um importante pensador brasileiro que há algumas décadas contribui não só no meio acadêmico como também procura popularizar as questões que estuda se comunicando com o grande público através do rádio, de programas de televisão, dos livros e do seu canal no youtube. 

Mario Sergio Cortella nasceu no dia 5 de março de 1954 em Londrina.

O professor é formado em Filosofia com especialização em Educação

Em 1973 Mario Sergio ingressou no curso de Filosofia nas Faculdades Anchieta tendo se formado em 1975 em licenciatura. Durante a graduação foi monitor de Introdução à Filosofia e Introdução à Sociologia.

Em 1989 concluiu o mestrado em Educação pela PUC-SP. O doutorado em Educação na PUC-SP foi finalizado em 1997 com a orientação de Paulo Freire. 

A carreira de Mario Sergio Cortella

No início da carreira, Cortella deu aulas na disciplina de Ética Social para o curso de Ciências Sociais e, em 1976, foi chamado para ser professor-assistente de Metodologia Científica do Ciclo Básico da Medianeira. Após três anos de trabalho, virou professor titular da cadeira e deu aulas.

Em 1977 foi para o Departamento de Teologia da PUC-SP lecionar, tendo permanecido na instituição durante 11 anos. No ano a seguir também deu aulas de filosofia para os últimos anos do ensino médio, essa foi a sua única experiência em escolas. 

Além da vida de sala de aula, o professor fez consultoria e assessoria nas áreas de Saúde e Educação. Foi contratado como Especialista em Educação para a Fundação Cenafor do MEC além de ter trabalhado para a Fundap.  

Em 1997 virou professor-convidado da Fundação Dom Cabral (Minas Gerais) e no mesmo ano foi aprovado no concurso para a PUC-SP. Nos anos a seguir atuou também atuou como professor-convidado na FGV.

Entre 2008 e 2011 fez parte do Conselho Técnico Científico de Educação Básica da CAPES.

Como político foi secretário Municipal de Educação de São Paulo

O pensador desde muito cedo foi um militante político, tendo levado mais a sério essa vocação no ano de 1983, quando se tornou diretor da Associação de Professores da PUC-SP. 

Alguns anos mais tarde virou representante docente do Conselho de Administração e Finanças (1986/1988).

Na sua breve passagem pela carreira política, atuou como chefe de gabinete (secretário-adjunto) na gestão de Luiza Erundina, em São Paulo, e substituiu Paulo Freire no cargo de secretário Municipal de Educação entre 1991 e 1992.

A presença na mídia é frequente desde os anos 90

Em 1991 Cortella virou comentarista semanal de um programa na Rádio Globo de São Paulo. No ano a seguir se tornou comentarista semanal do jornal Record em Notícias, onde esteve dois anos no ar. 

Em 1995 começou a apresentar o programa mensal Diálogos Impertinentes, que foi exibido até 2006. 

Entre 1997 e 1999 atuou como entrevistador do programa Terceiro Milênio, na Rede Vida (depois o programa foi para a Rede Mulher). Nesse mesmo ano mediou o programa semanal Modernidade, da Tv Senac SP, onde se manteve como mediador até 2004.

Em paralelo seguiu como comentarista de Educação no programa Primeiras Notícias da Rádio CBN.

Entre 2000 e 2004 colaborou com uma coluna presente no caderno Equilíbrio, da Folha de São Paulo. No mesmo ano passou a escrever a coluna Panorâmica, da revista Educação.  

Em 2011 foi a vez de se tornar comentarista semanal no Jornal da Cultura (TV Cultura). No ano a seguir, virou colunista do Academia CBN e comentarista do programa Escola da Vida, na mesma rádio. 

Outra importante conquista para a sua visibilidade aconteceu em 2018, quando passou a ter o quadro No meio do caminho, às quartas-feiras, no Jornal da CBN Primeira Edição.

Cortella fundou no youtube em agosto de 2015 o Canal do Cortella, onde regularmente divulga palestras e conteúdo autoral. 

Livros publicados

  • Descartes, a paixão pela razão (1988)
  • A situação atual da Educação no Brasil (1990)
  • A escola e o conhecimento (1998)
  • Nos labirintos da moral (em parceria com Yves de La Taille) (2005)
  • Não espere pelo epitáfio (2005)
  • Não nascemos prontos! (2006)
  • Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética (2007)
  • Sobre a esperança: diálogo (2007)
  • O que é a pergunta? (em parceria com Silmara Rascalha Casadei) (2008)
  • Liderança em foco (em parceria com Eugenio Mussak) (2009)
  • Filosofia e ensino médio: certos porquês, alguns senões e uma proposta (2009)
  • Filosofia e ensino médio: livro do aluno (2009)
  • O que a vida me ensinou: viver em paz para morrer em paz (2009)
  • Política: para não ser idiota (em parceria com Renato Janine Ribeiro) (2010)
  • Vida e carreira: um equilíbrio possível? (em parceria com Pedro Mandelli) (2011)
  • Educação e esperança: sete reflexões breves para recusar o biocídio) (2011)
  • Escola e preconceito: docência, discência e decência (em parceria com Janete Leão Ferraz) (2012)
  • Vivemos mais! Vivemos bem? Por uma vida plena (em parceria com Terezinha Azerêdo Rios) (2013)
  • Pensar bem nos faz bem! (2013)
  • Ética e vergonha na cara! (em parceria com Clóvis de Barros Filho) (2014)
  • Educação, escola e docência: novos tempos, novas atitudes (2014)
  • Pensatas pedagógicas. Nós e a escola: agonias e alegrias (2014)
  • Educação, convivência e ética: audácia e esperança! (2015)
  • Por que fazemos o que fazemos? Aflições vitais sobre trabalho, carreira e realização (2016)
  • Verdades e mentiras: ética e democracia no Brasil (com outros autores) (2016)
  • A era da curadoria: o que importa é saber o que importa! (em parceria com Dimenstein) (2016)
  • Basta de cidadania obscena! (com Marcelo Tas) (2017)
  • Felicidade foi-se embora? (com Frei Betto e Leonardo Boff) (2017)
  • Viver em paz para morrer em paz: se você não existisse, que falta faria? (2017)
  • Família: urgências e turbulências (2017)
  • Vamos pensar um pouco? Lições ilustradas com a Turma da Mônica (com Maurício de Sousa) (2017)

As frases mais famosas de Cortella

 “O conhecimento serve para encantar pessoas, não para humilhá-las.”

“Os verdadeiros amigos vêem seus erros e te advertem. Os falsos amigos vêem do mesmo modo os teus erros e os apontam aos outros.”

“Emprego é fonte de renda, enquanto trabalho é fonte de vida.”

“Reconhecimento é a melhor forma de estimular alguém.”

“O fracasso não acontece quando se erra, mas quando se desiste face ao erro.”

Vida familiar

Mario Sergio é o primeiro filho do casal composto por um bancário (Antonio) e uma professora (Emilia Cortella). Em 1967 a família saiu de Londrina porque Antonio foi transferido para São Paulo. Os filhos foram educados, portanto, em São Paulo. 

Em 1970, ainda jovem, Mario Sergio passou a frequentar a Ordem Carmelitana Descalça, colaborando nas missas da Igreja de Santa Terezinha. 

Dois anos mais tarde, devido à sua vocação religiosa, entrou para o convento de Carmelitas Descalças. 

Depois de ter se formado, em 1975, abandonou a vida religiosa que levava até então. Em 1977 nasceu o primeiro filho do educador, que recebeu o nome de André Sergio.

Dois anos mais tarde, nasceu a primeira filha, Ana Carolina. Em 1983 veio ao mundo o último filho de Cortella, Pedro Gabriel. 

Mario Sergio Cortella foi avô pela primeira vez em 2013, com o nascimento da neta Anna Luisa. Dois anos mais tarde foi avô novamente, e em dose dupla, com a chegada dos netos Antonio e Rafael.

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Rebeca Fuks
Formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2010), mestre em Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013) e doutora em Estudos de Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa (2018).
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