Sêneca
Biografia de Sêneca
Sêneca (4 a. C. - 65) foi um filósofo, escritor e político romano. Mestre da retórica foi o principal representante do Estoicismo durante o Império Romano.
Lucius Annaeus Sêneca, conhecido como Sêneca o Jovem, nasceu em Córdoba, Espanha, por volta do ano 04 a. C., durante o Império Romano. Filho do célebre orador Lucius Annaeus Séneca (o Velho), ainda criança, foi enviado a Roma para estudar oratória e filosofia.
Em Roma, Sêneca recebeu ensinamentos de vários mestres que o iniciaram no Estoicismo. Mais tarde, passou uma temporada no Egito, para tratamento da saúde.
Senador Romano
Quando retornou a Roma, por volta de 31 da era cristã, Sêneca iniciou sua carreira de orador e advogado e logo foi nomeado questor e em seguida Senador.
Ao discursar no foro criticando a instituição da escravidão e as desigualdades sociais do governo de Calígula e, destacando a fraternidade e o amor como fundamento das relações entre os homens, provocou a ira de Calígula que se sentiu ofendido e decidiu mata-lo, porém Sêneca foi salvo por uma das amantes do imperador.
Trabalhos Filosóficos
Em 41, com o assassinato de Calígula, sobe ao poder o imperador Cláudio. Nesse mesmo ano, Sêneca é acusado de adultério com a princesa Julia Livilla, sobrinha do imperador. É então exilado na ilha de Córsega, onde viveu oito anos.
Nessa época, Sêneca dedicou-se aos estudos e redigiu seus principais tratados filosóficos, entre eles, "Ad Marciam de Consolationes", Ad Helviam e Ad Polybium em que expõe os ideais estoicos clássicos de renúncia aos bens materiais e a busca da tranquilidade da alma mediante o conhecimento e a contemplação.
Volta à Roma
Com a intervenção de Agripina, esposa do imperador Cláudio, Sêneca volta para Roma em 49, e torna-se preceptor de Nero. Nessa época, casa-se com Pompeia Paulina e constitui um poderoso grupo de amigos. Logo após o assassinato de Cláudio, em 54, Sêneca vingou-se escrevendo sua obra-prima: Transformação em Abóbora do Divino Cláudio, uma sátira, onde critica o autoritarismo do imperador e narra como ele é recusado pelos deuses.
Conselheiro de Nero
Quando Nero foi nomeado imperador, Sêneca se tornou um de seus principais conselheiros e tentou orienta-lo para uma política justa e humanitária. Durante algum tempo, exerceu influência sobre o imperador, mas em 59, decepcionado com os maus instintos de Nero, Sêneca resolve se retirar da vida pública.
Últimos Textos
Em 62, Sêneca passa a se dedicar a escrever e defender sua filosofia. Entre seus últimos textos estão um trabalho científico intitulado Problemas Naturais, os tratados: Sobre a Brevidade da Vida e Sobre o Ócio e, sua obra mais profunda, as Epistolai Morales ad Lucilium, em que reúne conselhos estoicos e elementos epicuristas na pregação de uma fraternidade universal, mais tarde adotadas pela igreja cristã.
Sêneca deixou também nove peças dramáticas inspiradas nos modelos clássicos e que são de fato estudos das tensões emocionais a que se vêm submetidos os personagens. Entre elas: Medeia, Fedra, Édipo, Hércules e Agamenon .
Suicídio
No ano de 65, Sêneca foi acusado de participar da conspiração de Caio Piso, que teria planejado o assassinato do imperador Nero. Recebeu de Nero a ordem de suicidar-se, que executou cortando os pulsos na presença dos amigos, sendo seguido por sua esposa que também se suicidou. Seu corpo foi incinerado sem qualquer pompa.
Sêneca morreu em Roma, Itália, no dia 12 de abril de 65.
Frases de Sêneca
"Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida."
"É preciso dizer a verdade apenas a quem está disposto a ouvi-la."
"Trabalha como se vivesses para sempre. Ama como se fosses morrer hoje."
"A religião é vista pelas pessoas comuns como verdadeira, pelos inteligentes como falsa e pelos governantes como útil."
"Não é porque certas coisas são difíceis que nós não ousamos, é justamente porque não ousamos que tais coisas são difíceis."
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