Plínio o Jovem

Escritor romano
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Plínio o Jovem

Plínio o Jovem (62-114) foi um escritor romano, orador, jurista, político e governador imperial da Bitínia. Suas cartas nos legaram um testemunho da vida quotidiana na Roma Imperial.

Caio Plínio Cecílio Segundo nasceu em Como, na Itália, no ano 62 da era cristã. De origem aristocrática, ficou órfão aos oito anos de idade sendo adotado por seu tio Plínio o Velho.

Cedo foi para Roma onde ele foi aluno e discípulo de Quintiliano. Aos 18 anos iniciou a carreira de advogado, distinguindo-se como orador e no direito civil.

Adquiriu fama pelos julgamentos imparciais de funcionários e militares acusados de delitos políticos. Exerceu uma brilhante carreira pública: foi pretor, cônsul, chefe dos erários militar e senatorial.

Amigo de imperadores, e em particular de Trajano, obteve o governo imperial da Bitínia por volta do ano 111. Em agradecimento, escreveu o “Panegírico de Trajano”, única peça oratória que se conservou dele.

Embora orador profissional e dedicado à amizades, Plínio retirou-se para uma de suas vilas à beira do lago Como e entregou-se à leitura e à meditação.

Plínio foi um representante típico de uma tendência em voga ao seu tempo: o diletantismo poético e literário. Passava com facilidade de um gênero a outro.

Obras de Plínio o Jovem

Entre os anos 97 e 109, Plínio o Jovem escreveu nove dos dez livros epistolares. São 247 cartas dirigidas a amigos sobre os mais variados temas: confidências, conselhos,, comentários literários, frivolidades,, pedidos de favores, descrições paisagísticas, informações sobre as províncias orientais etc.

Sua obra constituiu os últimos modelos do estilo latino e um importante roteiro para o conhecimento da época em que viveu o autor.

O décimo livro data de sua estada na Bitínia e compreende 122 cartas que enfocam consultas feitas a Trajano sobre questões administrativas.

Numa das cartas, Plínio refere-se ao tratamento dispensado aos cristãos na Bitínia, uma das primeiras referências históricas ao cristianismo, a que se mostrou simpático.

Plínio o Jovem faleceu em Bitínia, no ano 114 da era cristã.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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