Pôncio Pilatos

Governador romano
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Pôncio Pilatos

Pôncio Pilatos foi um governador romano, da província da Judeia, que condenou Jesus à morte por insistência dos sacerdotes judeus.

Pôncio Pilatos viveu na Judeia, província romana do Oriente Médio, quando a região estava sob o domínio romano. No século I a. C. Roma era senhora absoluta do mar Mediterrâneo.

Otávio Augusto foi imperador romano entre 27 a. C. até o ano 14 da era cristã, tendo feito uma profunda reorganização do sistema governamental e administrativo, tanto de Roma como de suas províncias.

Seu sucessor foi o imperador Tibério, que governou entre os anos 14 e 37 da era cristã.

Pôncio Pilatos governou a província da Judeia entre os anos 26 e 36 da era cristã, tendo sido pro-cônsul sob o governo do imperador Tibério.

Entre as várias religiões estrangeiras que se desenvolveram durante o Império Romano, destacou-se o Cristianismo – doutrina religiosa fundamentada nos ensinamentos de Jesus Cristo, que nasceu durante o governo do Imperador Otávio Augusto.

Jesus Cristo era judeu e nasceu em Belém, cidade da Judeia e, foi considerado o Messias que, de acordo com as profecias judaicas, Deus o enviaria a Terra para pacificar a humanidade e reconstruir o reino de Israel.

Por volta de 30 anos, Jesus começou a pregar a obediência a um Deus justo e misericordioso, que amparava os pobres e oprimidos. Essas ideias foram consideradas pelas autoridades romanas e hebraicas uma afronta às tradições do judaísmo e às leis do Império.

Pôncio Pilatos e o julgamento de Jesus

Jesus foi levado ao palácio do governador Pôncio Pilatos pelos guardas das autoridades dos judeus. Então Pilatos disse: “Que acusação vocês apresentam contra esse homem?” (João 18,29).

“Eu não encontro nele nenhum motivo de condenação” (João 18,38). “Quando ficou sabendo que Jesus era galileu e que estava sob a jurisdição de Herodes, Pilatos o mandou a este que estava em Jerusalém naquele dia”. “Herodes o interrogou com muitas perguntas, porém Jesus não respondeu nada” (Lucas 23, 7-8-9). Herodes mandou Jesus de volta a Pilatos.

Pôncio Pilatos querendo libertar Jesus convocou os sacerdotes judeus e o povo e disse: “Portanto, vou castigá-lo e depois o soltarei”.

Em cada festa de Páscoa, Pilatos deveria soltar um prisioneiro. Toda a multidão começou a gritar: “Mate esse homem!” “Soltem Barrabás.” Pilatos tentou por três vezes libertar Jesus, mas todos gritavam: “Seja crucificado” (Lucas, 16-17-18-23).

Pilatos viu que nada conseguiria e que poderia haver uma revolta. Então, no ato de condená-lo, pediu uma bacia com água e, lavado as mãos diante da multidão exclamou:

“Estou inocente pelo sangue deste justo! É um problema de vocês.” Pilatos mandou soltar Barrabás, mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado". (Mateus, 24-26).

Segundo o Evangelho de Mateus, enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, julgando Jesus, sua mulher mandou dizer a ele “Não se envolva com esse justo porque esta noite, em sonhos, sofri muito por cauda dele”. (Mateus 27,19).

Segundo uma velha tradição, Pilatos e sua mulher Cláudia foram convertidos ao cristianismo por São Paulo. Posteriormente, as Igrejas Ortodoxa Orientais e Ortodoxa da Etiópia consideraram Cláudia uma santa por sua intervenção em favor de Jesus, sendo 27 de outubro seu dia festivo.

Segundo uma velha tradição, Pôncio Pilatos teria morrido na Espanha, convertido ao cristianismo por São Paulo.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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