Pôncio Pilatos
Biografia de Pôncio Pilatos
Pôncio Pilatos foi um governador romano da província da Judeia, que condenou Jesus à morte por insistência dos sacerdotes judeus. Governou a Judeia entre os anos 26 e 36 da era cristã.
Pôncio Pilatos viveu na Judeia, província romana do Oriente Médio, quando a região estava sob o domínio romano. Na época de Pilatos, a Judeia era a região montanhosa do sul de Israel, entre o mar Mediterrâneo e a margem oeste do Mar Morto. No século I a.C., Roma era senhora absoluta do mar Mediterrâneo.
Otávio Augusto foi imperador romano entre 27 a.C. até o ano 14 da era cristã, tendo feito uma profunda reorganização do sistema governamental e administrativo tanto de Roma como de suas províncias. É possível que Pilatos tenha sido nomeado pelo imperador Tibério, que sucedeu Augusto e, que ficou no poder entre os anos 14 e 37 da era cristã.
O governo de Pilatos
Pilatos governou a Judeia entre os anos 26 e 36 da era cristã. Era o representante de Roma na região. Resolvia questões administrativas, financeiras, militares e judiciais. Era responsável por manter a ordem e a paz entre a população local, formada na maior parte por judeus, com forte identidade religiosa.
Durante seu governo, Pilatos se envolveu em vários conflitos com os judeus, que eram oprimidos e tinham suas leis e seus costumes sagrados, violados pelo governador.
Conta-se que Pilatos mandava instalar estandartes com a imagem do imperador romano em Jerusalém, a capital religiosa dos judeus. Vários protestos foram realizados, levando Pilatos a ceder às pressões e remover os estandartes.
Pilatos foi também acusado de desviar o dinheiro sagrado do Templo de Jerusalém, o centro do culto judaico, para construir um aqueduto que levaria água para Cesareia. Violentas manifestações levaram à morte de muitos judeus.
O caso mais famoso ocorrido no governo de Pilatos foi o julgamento de Jesus Cristo, que preso pelos líderes religiosos dos judeus, foi julgado e acusado de blasfêmia e de incitar o povo contra Roma. Jesus foi levado para Pilatos, que tinha autoridade para condená-lo ou libertá-lo.
Jesus Cristo era judeu e nasceu em Belém, cidade da Judeia. Foi considerado o Messias, que de acordo com as profecias judaicas, Deus o enviou à Terra para pacificar a humanidade e reconstruir o reino de Israel.
Por volta de 30 anos, Jesus começou a pregar a obediência a um Deus justo e misericordioso, que amparava os pobres e oprimidos. Essas ideias foram consideradas pelas autoridades romanas e hebraicas uma afronta às tradições do judaísmo e às leis do Império.
Pôncio Pilatos e o julgamento de Jesus
A passagem de Pilatos na vida de Jesus Cristo é relatada nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Os originais dos Evangelhos deveriam estar em hebraico, porém os fragmentos mais antigos que sobreviveram estão todos em grego e datam de muito tempo depois de Cristo.
O mais antigo desses fragmentos que se conhece é de mais ou menos do ano 125 e contém apenas um pequeno trecho do Evangelho de João, supostamente escrito por seus seguidores, entre os anos 70 e 90. Trata-se do Papiro Rylands, encontrado no Egito no início do século 20.
Os quatro Evangelhos relatam que depois que Jesus foi traído por Judas Iscariotes, foi preso e levado para julgamento. Jesus saiu e, como de costume, foi para o monte da Oliveiras. Os discípulos o acompanharam. Enquanto Jesus ainda falava, chegou uma multidão. Na frente vinha o chamado Judas, um dos Doze Ele se aproximou de Jesus, e o saudou com um beijo. (Lc 22,39;47)
O Evangelho Segundo São Marcos relata que aqueles que prenderam Jesus o levaram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os doutores da lei e os anciões estavam reunidos. Então o sumo sacerdote levantou-se e no meio de todos, interrogou a Jesus: Nada tens a responder aos que testemunham contra ti? Mas Jesus continuou calado, e nada respondeu. (Mc 14,60-61)
O interrogatório continuou para saberem quem era Jesus: Ao amanhecer, os anciãos do povo, os chefes dos sacerdotes e os doutores da Lei se reuniram em conselho, e levaram Jesus para o Sinédrio. E começaram: Se tu és o Messias, nos diga! Jesus respondeu: Se eu disser, vocês não acreditarão, e se eu lhe fizer perguntas, não me responderão. (Lc 22,66-69)
Jesus continuou falando: Mas de agora em diante, o Filho do Homem estará sentado à direita do Deus Todo Poderoso. Então todos perguntaram: Tu és, portanto, o Filho de Deus? Jesus respondeu: Vocês estão dizendo que eu sou. Eles disseram: Que necessidade temos ainda de testemunho? Nós mesmos ouvimos de sua própria boca! (Lc 22,69-71)
Em seguida, toda a assembleia se levantou, e levaram Jesus a Pilatos. Começaram a acusação, dizendo: Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar tributo ao imperador e afirmando ser ele mesmo o Messias, o Rei. (Lc 23,1-2)
Pilatos interrogou a Jesus: Tu és o rei dos Judeus? Jesus respondeu, declarando: É você quem está dizendo isso! Então Pilatos disse aos chefes dos sacerdotes e à multidão: Não encontro nesse homem nenhum motivo de condenação. Eles, porém, insistiram: Ele está provocando revolta entre o povo, com seu ensinamento. Começou na Galileia, passou por toda a Judeia, e agora chegou aqui (Lc 23,3-5)
Quando ouviu isso, Pilatos perguntou se Jesus era galileu. Ao saber que Jesus estava sob a jurisdição de Herodes, Pilatos o mandou a este, pois também Herodes estava em Jerusalém nesses dias. Herodes Antipas o interrogou com muitas perguntas. Jesus, porém, não respondeu nada. (Lc 23,6-9)
Entretanto, os chefes dos sacerdotes e os doutores da Lei estavam presentes, e faziam violentas acusações contra Jesus. Herodes e os soldados trataram Jesus com desprezo e caçoaram dele, e o mandaram de volta a Pilatos. (Lc 23,10-11)
Então Pilatos convocou os chefes dos sacerdotes e o povo, e lhes disse: Vocês trouxeram este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Eu já o interroguei diante de vocês, e não encontrei nele nenhum crime de que vocês o estão acusando. Herodes também não encontrou, pois mandou Jesus de volta para nós. Como pode ver, ele não fez nada para merecer a morte. Portanto, vou castigá-lo, e depois o soltarei. (Lc 23,13-16)
Em cada festa de Páscoa, Pilatos devia soltar um prisioneiro. Toda a multidão começou a gritar: Mate esse homem! Soltem Barrabás! Pilatos tentou por três vezes libertar Jesus, mas todos gritavam: Crucifica! (Lucas, 23,17-21).
Pilatos viu que nada conseguiria, e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: Eu não sou responsável pelo sangue desse homem. É um problema de vocês. Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e o entregou para ser crucificado. (Mt 27, 24-26)
Depois da crucificação de Jesus, Pilatos deu ordem para que o corpo fosse entregue ao discípulo José de Arimatéia, que o levou para o túmulo.
No dia seguinte, os chefes dos sacerdotes e os fariseus foram ter com Pilatos, e disseram: Senhor, nós lembramos que aquele impostor, quando ainda estava vivo, falou: Depois de três dias eu ressuscitarei. Portanto, mande guardar o sepulcro até o terceiro dia. (Mt 27,62-64)
Pôncio Pilatos mandou os soldados vigiarem o túmulo de Jesus, mas os Evangelhos contam que Jesus ressuscitou, como havia dito!
Pilatos após a ressurreição de Jesus
Não há nenhuma comprovação histórica sobre o destino de Pilatos depois que Jesus ressuscitou. O historiador judeu Flávio Josefo afirma que Pilatos foi destituído do cargo de governador da Judeia, por causa de conflitos com os samaritanos, povo que vivia na região da Samaria, e tinham uma religião próxima ao judaísmo.
Segundo uma velha tradição cristã, Pôncio Pilatos teria se exilado na Gália, e se convertido ao cristianismo por São Paulo. Segundo a Igreja Etíope, Pilatos foi martirizado, passando a ser venerado como santo.
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