Nero
Biografia de Nero
Nero (37 68) foi imperador romano entre os anos de 54 e 68 da era cristã. Foi o quinto representante da dinastia Júlio Claudiana formada pelos imperadores, Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio e Nero. Tornou-se um dos mais cruéis imperadores da história de Roma.
Lúcio Domício Enobarbo, conhecido como "Nero Cláudio César Augusto Germânico", nasceu em Anzio, Itália, no dia 15 de dezembro de 37, durante o reinado do imperador Calígula.
Filho de Cineu Domício Enobarbo e de Agripina a Jovem, bisneta de Augusto, quando tinha 3 anos, ficou órfão de pai. No ano seguinte, Calígula foi assassinado e Cláudio subiu ao trono.
Cláudio, o novo imperador, casa-se com Agripina, adota Nero e o declara seu sucessor, enquanto Britânico, filho de Cláudio foi preterido da política.
Com 14 anos, Nero tornou-se pró-cônsul e foi induzido a casar-se com Otávia, filha do imperador Cláudio.
Imperador Romano
Quando Cláudio morreu, no dia 13 de outubro de 54, segundo alguns historiadores, assassinado por Agripina, Nero foi aclamado o novo imperador romano com apenas 17 anos.
No início do reinado, Nero exerceu um governo equilibrado e as decisões políticas, militares e econômicas receberam influências de sua mãe Agripina e de seu preceptor o filósofo Sêneca.
Após Agripina tentar usurpar o poder do filho, Nero entregou-se a uma verdadeira subversão moral. Em 55 mandou matar Britânico, no dia de sua emancipação.
Tentou forjar a morte da mãe em um acidente de barco, mas fracassou. Em 59, mandou matar a mãe e faz parecer que foi suicídio. Em 62 mandou matar Otávia e tomou Popeia como amante, com quem se casou após eliminar-lhe o marido.
Resolveu afasta Sêneca e em seguida, entregou-se à libertinagem. Participava de corridas no circo, recitava versos nos teatros, dançava e tocava flauta.
Sob o governo de Nero, Roma teria conhecido o clímax do desregramento moral e político.
Incêndio de Roma
Em 18 de julho de 64 Roma sofreu um grande incêndio e depois de seis dias de chamas dois terços da cidade ficaram em escombros.
Logo se divulgou o boato de que Nero teria mandado atear fogo para apreciar o espantoso espetáculo e depois escrever um poema baseado na realidade.
Para afastar de si as suspeitas, Nero tratou de atribuir a culpa aos cristãos. Com Nero, teve início as grandes perseguições aos seguidores do cristianismo. Homens mulheres e crianças foram presos e condenados aos piores suplícios.
Paulo, discípulo de Jesus, foi decapitado e Pedro teve a morte na cruz. Muitos cristãos foram atirados às feras no Circo Máximo em um espetáculo que visava aplacar a ira popular.
Após o incêndio, o imperador Nero iniciou imediatamente um grande projeto de reconstrução da cidade.
Nero confiscou bens para construção de seu palácio, a "Domus Aurea" (Casa Dourada), que ocupava, com seus jardins, extensa área urbana.
A extravagante construção está localizada no "monte Esquilino", e era revestida de mármore e decorada com ouro, pedras semipreciosas, marfim e inúmeros "afrescos".
Conspiração Para Matar Nero
Em 65 o descontentamento era geral quando o senador Pisão organizou uma conspiração para derrubar o imperador, mas o ato foi reprimido e vários presos foram executados ou forçados a cometer suicídio.
Sêneca, que participou da conspiração, recebeu de Nero a ordem de suicidar-se, que executou cortando os pulsos na presença de amigos.
Lucano, grande poeta e sobrinho de Sêneca, admirado por Nero, movido pela oposição, escreveu violentos epigramas contra o imperador e transformou-se em um dos principais artífices da conspiração.
Depois de descoberto, Lucano foi obrigado a escolher seu próprio fim e suicidou-se cortando os pulsos.
Suicídio de Nero
Os desmandos de Nero provocaram uma revolta no Exército e no Senado. Foi declarado um inimigo do estado e um fora da lei.
Teve que enfrentar revoltas na Bretanha e em outras regiões. Em 68, Sérvio Sulpício Galba, governador da Espanha, marchou contra Roma.
Depois que o Senado reconheceu Galba como novo imperador, Nero foi obrigado a se suicidar para não ser preso pela Guarda Pretoriana.
Nero morreu em Roma, no dia 6 de junho de 68, pondo fim a dinastia Júlio Claudiana. Nero foi sepultado onde hoje fica o parque Villa Borghese, em Roma.
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