Diocleciano
Biografia de Diocleciano
Diocleciano (244-313) foi um imperador romano, governou entre 284 e 305. Realizou a mais sangrenta perseguição aos cristãos durante o Império Romano.
Diocleciano (Caio Aurélio Valério Diocleciano) nasceu perto de Saloma (atual split), na costa da Dalmácia, no ano de 244.
Descendente de uma família ilíria (povo indo-europeu que habitava a parte sul da Itália no início da Era-Cristã), seguiu a carreira militar chegando a ser o comandante da guarda imperial.
Mais tarde, Diocleciano tornou-se Consul, durante o império de Numeriano (Marcus Aurelius Numerianus), imperador entre 283-284.
Depois do assassinato do imperador Numeriano, em 284, Diocleciano matou o suposto assassino Árrio Áper, e foi proclamado sucessor pelo exército da Ásia Menor em 20 de novembro de 284.
Imperador romano
Somente em 285, após o desaparecimento de Carino, o coimperador e irmão de Numeriano, o Senado reconheceu Diocleciano como Imperador Romano.
Com uma personalidade dominadora e contraditória seu objetivo era se defender dos bárbaros e dos frequentes golpes militares que pretendiam desmembrar o império.
Na primeira fase de seu reinado, Diocleciano dividiu o poder com "Maximiano", seu homem de confiança, a quem entregou a "parte ocidental do império", enquanto ele ficou com a "parte oriental", que estava vinculada a Júpiter, a principal divindade romana, o que lhe conferia um poder superior ao de Maximiano.
A divisão do império deu bons resultados, Maximiano reprimiu os movimentos revoltosos surgidos na Gália, e Diocleciano recuperou parte da Mesopotâmia e estabeleceu o protetorado sobre a Armênia.
Reformas
Como os conflitos políticos e sociais estavam sempre aumentando no império, em maio de 293, Diocleciano realizou reformas políticas, militares, jurídicas e econômicas.
A segunda fase, de 293 a 305, foi marcada pela criação da Tetrarquia (governo de quatro), com a escolha de dois césares para governarem juntamente com ele e Maximiano.
O "governo do Ocidente" ficou, assim, dividido entre Maximiano, a quem coube a Itália e a África, e Constâncio Cloro, que recebeu a Bretanha, a Gália e a Espanha.
No Oriente, a maior parte, inclusive o Egito, ficava com o próprio Diocleciano, e as regiões do Danúbio e da Ilíria foram confiadas a Galério.
Com a criação desses colaboradores de hierarquia inferior, Diocleciano pretendia assegurar a unidade territorial e solucionar os problemas de cada região.
Contudo, exerceu total predomínio sobre a tetrarquia, adotando medidas que levaram a uma progressiva centralização do poder em suas mãos.
Limitou os poderes do Senado, com a criação uma burocracia que se encarregava das principais funções administrativas do império. Agrupou as províncias em 12 grandes divisões ou dioceses.
Diocleciano ampliou e fortaleceu o exército imperial e realizou reformas legislativas e tributárias.
No campo judiciário, Diocleciano determinou que se fizessem duas compilações de leis imperiais, os códigos: Gregoriano e Hermogeniano.
Perseguição aos cristãos
No campo religioso, apesar de ser tolerante com os cristãos durante vinte anos, resolveu tornar obrigatório o culto a Júpiter, com quem se identificava.
Decidido a eliminar o perigoso cristianismo, que acreditava ser a causa da ruína do Império Romano, o imperador empreendeu a décima e a mais implacável de todas as perseguições contra os cristãos.
O período de violências se estendeu na Itália, na África e no Oriente. Em uma cidade da Frígias, na Ásia Menor, todos os 700 habitantes foram trancados numa igreja, à qual os romanos atearam fogo.
Em outras cidades, de diferentes domínios romanos, populações inteiras também foram dizimadas. Todos devem fazer sacrifícios aos deuses e quem se recusar será punido com a morte, era a imposição que o imperador fazia a seus súditos.
Os cristãos que se negavam a adorá-lo, bem como aos três componentes da tetrarquia, que então constituía o governo, Maximiano, Galeno e Constâncio, sofriam toda sorte de atrocidades.
Em 305, após grave doença, Diocleciano abdicou no dia 1 de maio, obrigando a Maximiano a fazer o mesmo, e retirou-se para seu palácio na costa da Dalmácia, na Croácia.
Diocleciano faleceu em seu magnífico palácio na costa da Dalmácia, na Croácia, por volta do ano 313.
Sucessão
Diocleciano foi sucedido pelos dois outros césares: Constâncio Cloro e Galério, que escolheram dois novos césares: Valério Severo e Constantino.
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