Vladimir Putin
Biografia de Vladimir Putin
Vladimir Putin (1952) é o presidente da Rússia desde 2012, cargo que já havia exercido em dois mandatos anteriores (2000-2004 e 2004-2008).
Vladimir Vladimirovich Putin nasceu em São Petersburgo, antiga Leningrado, na Rússia, no dia 7 de outubro de 1952. Estudou Direito na Universidade Estadual de Leningrado, concluindo o curso em 1975.
Nesse mesmo ano, entrou para o treinamento na KGB - o serviço secreto russo, e começou sua vida profissional na direção do Serviço de Espionagem Russo, na antiga URSS. Primeiro servia em sua cidade natal, em seguida foi designado como agente em Dresden, na Alemanha Oriental.
Vladimir Putin permaneceu na Alemanha até o desmoronamento da URSS e a queda do muro de Berlim, em 1989, uma vez que a reunificação da Alemanha desmantelou os serviços da KGB naquele país.
Carreira Política
Ao regressar para Leningrado, Putin foi convidou para ocupar o cargo de vice-diretor adjunto de relações internacionais da Universidade local.
Passou também a se dedicar à política municipal de Leningrado. Em 1990 foi nomeado assessor do Presidente do Conselho Municipal de Leningrado, Anatoll Sobtchak, que conhecera nos tempos da universidade.
Em 1991, após o golpe de estado contra o então presidente Mikhail Gorbatchov, Putin deixou a KGB com a patente de coronel, mas continuou a fazer parte do Partido Comunista.
Em 1994, Vladimir Putin passou a exercer a função de vice-prefeito de São Petersburgo, antes Leningrado, sendo responsável pela área de investimentos, parceria com empresas estrangeiras e instituições de empresa mista.
Em 1996, depois da derrota de Sobchak, nas eleições, Putin se mudou para Moscou onde ocupou cargos próximos ao presidente Boris Yeltsin. Em poucos meses foi nomeado vice-diretor do Serviço Administrativo e Técnico do Presidente da Rússia, cargo que ocupou durante 1996 e 1997.
Em julho de 1998 foi nomeado diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB), a mais importante dos quatro ramos em que se dividiu a KGB e herdara as funções de polícia política. A partir de março de 1999, Putin acumulou o cargo de Secretário do Conselho de Segurança.
De Primeiro Ministro à Presidente
Em 9 de agosto de 1999, Boris Yeltsin, presidente da Rússia desde sua fundação em 1991, nomeou Putin para Primeiro Ministro em substituição a Serguei Stephasin, que estava no cargo apenas por 3 meses.
No dia 31 de dezembro de 1999, debilitado, Boris Yeltsin apresentou sua demissão durante um discurso de fim de ano, e nomeou Putin como seu favorito para a sucessão ao Kremlin. Putin tornou-se presidente interino da Rússia.
No dia 20 de março de 2000, pelo Partido Rússia Unida, Vladimir Putin venceu as eleições para presidente, com mais da metade dos votos. Em 2004 foi reeleito para o segundo mandato.
No final de 2007, não podendo se reeleger, indicou como sucessor seu primeiro-ministro Demitri Medvedev, que iniciou seu mandato em 2008, e nomeou Putin para primeiro-ministro.
Em setembro de 2011, Vladimir Putin foi novamente eleito para presidente, iniciando seu mandato em 2012. A partir deste ano, a duração do mandato foi alterada e passou a ser de seis anos, portanto ele ficou no cargo até 2018.
Em 2018 Putin foi reeleito com 76% dos votos. A Constituição russa não permitia que Putin concorresse à próxima eleição em 2024, mas em fevereiro de 2021, a Câmara dos Deputados russa aprovou uma norma pela qual o presidente poderá se candidatar a dois novos pleitos e governar até 2036.
Política econômica
Graças à abundância de petróleo e gás, na primeira década do governo Putin, a economia da Rússia foi marcada pela recuperação do nível de vida dos russos e do Estado enfraquecido após a queda da URSS.
Com doses em grande parte contraditórias em defesa da democracia e das liberdades, autoritarismo evidente, apoio à economia de mercado e à economia dirigida e exaltação dos valores nacionalistas e militares, o presidente russo tem procurado manter sua popularidade entre grande parte da população ao longo de seus sucessivos mandatos.
Política externa
No início, como primeiro-ministro, Vladimir Putin se mostrou relativamente tolerante e disposto a manter boas relações com o Ocidente, mas já apresentava uma imagem severa e deu início a segunda guerra da Chechênia.
Em 2004, com a Revolução Laranja, que levou à presidência da Ucrânia um político pró-Ocidente, o Kremlin considerou o episódio uma interferência Ocidental em seu quintal.
Em 2008, a Rússia invadiu a Geórgia, quando esse país tentou se aproximar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Em 2011, com o início da Guerra Civil na Líbia, Putin condenou as intervenções militares do país, considerando a resolução da ONU como defeituosa e falha.
Durante toda a Revolução Síria, Putin apoiou o regime de Bashar Assas e continuou a vender armas para esse país. Putin se opôs contra qualquer intervenção estrangeira.
A Rússia e a Guerra com a Ucrânia
O território que hoje é a Ucrânia já fez parte da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, mas em 1991 o bloco se desmembrou em vários países e um deles é hoje a Ucrânia.
Antes da guerra, Putin escreveu um longo artigo que negava a existência da Ucrânia como Estado soberano, e que russos e ucranianos eram um só povo.
Em 24 de fevereiro de 2014, as Forças Especiais Russas desembarcaram na península da Crimeia, no sul da Ucrânia, e tomaram o controle da região, anexando a Crimeia à Federação Russa.
Vários países condenaram a Rússia, acusando-a de violar o direito internacional e a soberania da Ucrânia, provocando a pior crise diplomática entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria.
A Ucrânia vem tentando caminhar em direção às instituições europeias e entrar para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que é liderada pelos EUA e constitui em um sistema de defesa coletiva através do qual os seus Estados membros concordam com a defesa mútua em resposta a um ataque por qualquer entidade externa à organização.
Em janeiro de 2022 a crescente tensão entre a Rússia e a Ucrânia se agravou, uma vez que Putin vem tentando, a qualquer custo, barrar o ingresso da Ucrânia na Otan, pois a Ucrânia faz fronteira tanto com a União Europeia como com a Rússia e para ele, isso representa uma ameaça para a sua segurança.
Tropas russas foram enviadas para a fronteira da Ucrânia e mobilizadas para uma invasão caso os interesses de Putin fossem negados.
No dia 21 de fevereiro de 2022, depois das invasões, Vladimir Putin anunciou que reconhecia oficialmente a independência de duas regiões separatistas na Ucrânia: Donetsk e Luhansk, em apoio aos rebeldes que lutam nessas áreas contra forças militares ucranianas, porém recebeu ameaças de sanções de vários países.
A guerra na Ucrânia completou dois anos em fevereiro de 2024 e cerca de 18% do território ucraniano já se encontra sob ocupação russa.
Em junho de 2023, as autoridades ucranianas contabilizaram mais de 10 mil civis mortos, mas acredita-se que o número mais provável é cinco vezes superior.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky já recebeu apoio financeiro e militar para se defender contra os ataques da Rússia e, continua buscando mais assistência das nações parceiras.
Em dezembro de 2023, Putin declarou que seus objetivos para o que chama de operação militar especial permaneciam inalterados.
Fortuna
Putin está no poder por quatro mandato e nesse período acumulou uma fortuna estimada pelos opositores em 46 bilhões de dólares.
Esta soma extraordinária é baseada em alegações de que Putin possui ações em três empresas de petróleo e gás. É também um dos principais acionistas de uma empresa que não pode ser nomeada por razões legais, e que nega qualquer relação com Putin.
Segundo o vive-primeiro ministro, Boris Nemtsov, o presidente Putin possui vários palácios, mansões e residências, aviões, helicópteros e iates.
Religião na Rússia
Com a intenção de unificar as diferentes religiões sob a autoridade do Estado, na Rússia, as religiões tradicionais são permitidas, entre elas, o Budismo, o Cristianismo Ortodoxo, o Islamismo e o Judaísmo.
Putin frequenta os eventos mais importantes da Igreja Ortodoxa Russa. Como presidente, participou ativamente da promoção do Ato de Comunhão Canônica com o Patriarcado de Moscou, assinado em 17 de maio de 2007, que restabeleceu as relações com a Igreja Ortodoxa Russa do Exterior, após o Cisma de 80 anos.
Vida pessoal
Vladmir Putin foi casado com Lyudmila Shkrebneva entre os anos de 1983 e 2013, dessa união nasceram suas duas filhas, Maria Poutina e Katerina Poutina.
Putin que tem só 1,67 m de altura, se projetou na mídia com a imagem de esportista pela prática de judô e também por suas caçadas.
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