Duarte da Costa

Segundo Governador Geral do Brasil
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Duarte da Costa

Duarte da Costa (1505-1560) foi um nobre, fidalgo e administrador português do século XVI.  Foi o segundo Governador Geral do Brasil colônia. Sucedeu a Tomé de Sousa em 1553 e governou até 1558.

Acompanhando o novo governador vieram alguns jesuítas entre eles o padre José de Anchieta que junto com o padre Manuel da Nóbrega e outros missionários fundam o Colégio dos Jesuítas na vila de São Paulo, em 1555.

Duarte da Costa nasceu em Portugal no ano de 1505. De descendência nobre, ocupou diversos cargos no Reino: foi embaixador na corte de Carlos I da Espanha, foi armeiro-mor e presidente do Senado da Câmara de Lisboa.

Segundo governador geral (1553-1558)

Duarte da Costa foi designado para substituir o primeiro Governador Geral do Brasil, Tomé de Sousa, e chegou à Salvador, então capital da colônia, no dia 13 de julho de 1553. Veio em companhia de seu filho Álvaro da Costa.

O novo governador trazia 260 pessoas em sua comitiva, entre eles o noviço José de Anchieta, com apenas 19 anos. Trazia dezenas de jovens órfãs para servirem de esposa aos colonos que aqui se queixavam de falta de mulheres. No mesmo navio que chegou Duarte da Costa, o velho governador Tomé de Souza retornou para Portugal.

A administração de Duarte da Costa teve logo de início um grave problema: um desentendimento entre seu filho Álvaro da Costa e o bispo Dom Pero Fernandes Sardinha, que trouxe consequências trágicas para o bispo.

O bispo teria criticado publicamente a agressividade e os maus costumes de Álvaro da Costa que logo tentou escravizar os indígenas, principalmente os catequizados. Em consequência, a população de Salvador se dividiu em duas facções, uma favorável a D. Álvaro e o governador e outra favorável ao bispo.

Entre os partidários de Dom Álvaro havia alguns clérigos que o bispo mandou prender por desobediência à autoridade eclesiástica. O governador, porém, determinou que o carcereiro não prendesse nenhum clérigo.

Diante das desavenças internas, os índios atacaram a cidade, e como resposta D. Álvaro atacou e arrasou a aldeia indígena. Em seguida, com dezenas de homens, D. Álvaro partiu em socorro de Antônio Cardoso de Barros, donatário da capitania do Ceará, que estava cercado em seu engenho. O grupo destruiu mais três aldeias indígenas e libertou D. Antônio.

Pouco depois da vitória contra os indígenas, o bispo Dom Pero Fernandes Sardinha foi chamado por D. João III, para dar explicações sobre os acontecimentos. Nas proximidades de Alagoas, a nau N. S. da Ajuda encalhou na costa e naufragou, mas a tripulação e os passageiros conseguiram atingir a praia porém, foram mortos e devorados pelos índios caetés.

O governador organizou uma expedição para se dirigir ao sertão, com o objetivo de procurar as faladas riquezas minerais procedentes das colônias espanholas.

Além da luta contra os índios em diversas partes da colônia, em 1555 a capitania onde seria o Rio de Janeiro foi invadida pelos franceses que pretendiam estabelecer uma colônia naquele local. Como não tinha recursos suficientes para expulsá-los, o governador nada pode fazer.

Em 1557, Duarte da Costa foi substituído por Mem de Sá e retornou para Portugal, falecendo por volta de 1560.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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