Sérgio Reis

Sérgio Reis (1940) é um cantor e compositor brasileiro. Iniciou sua carreira nos anos 60 e fez grande sucesso com as músicas Coração de Papel, Menino da Porteira, Panela Velha, Pinga ni Min, entre outras.

Sérgio Reis, nome artístico de Sérgio Bavini, nasceu no bairro de Santana, em São Paulo, no dia 23 de junho de 1940. Filho de Erico Bavini e Clara Reis Bavini, é neto de imigrantes italianos e portugueses.

Desde menino, gostava de cantar e ouvir música. Ganhou do pai uma viloa na qual tocava como se fosse um violão.

Carreira musical

Criado na cidade, iniciou sua carreira musical na década de 60 se apresentando ao lado de Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, na época da “Jovem Guarda”. Se apresentava cantando músicas românticas e com influência do rock’n’roll.

Em 1967, Sérgio lançou seu primeiro disco: Coração de Papel, com músicas românticas. O disco tem composições de Sérgio e de outros compositores, além de Amor Nada Mais, (uma versão da música dos Beatles – Here, There and Everywhere). A música que dá título ao disco fez grande sucesso e até hoje faz parte do repertório dos shows do cantor. Em 1969 lançou Anjo Triste.

Em 1973, Sérgio Reis gravou seu primeiro disco de música sertaneja com o título Sérgio Reis, o disco fez grande sucesso com as músicas Menino da Gaita e O Menino da Porteira, que se tornou um clássico na voz de Sérgio.

Em seguida, o cantor gravou: João de Barro (1974) e Saudade da Minha Terra (1975), no qual canta a música Chalana, composta por Mário Zan e Arlindo Pinto, que posteriormente foi gravada por Almir Sater e fez parte da trilha sonora da novela Pantanal, da rede Manchete.  

Em 1976 lançou o disco Retrato do Meu Sertão, quando se destacou a música Assum Preto, de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, já gravada por Gonzaga.

Em 1977, o disco O Menino da Porteira fez grande sucesso com a música título e com a música O Menino da Gaita. O disco O Melhor de Sérgio Reis, lançado em 1981, vendeu mais de 1 milhão de cópias. Com o disco Sérgio Reis 1987, o grande destaque foi a música Pinga Ni Mim.

No ano 2001, Sérgio Reis gravou o CD Nossas Canções, quando prestou uma homenagem a Roberto Carlos interpretando músicas gravadas pelo cantor. Em 2003 gravou seu primeiro DVD, intitulado Sérgio Reis e Filhos – Violas e Violeiros.

Em 2010, para comemorar os mais de 40 anos de parceria com Renato Teixeira, Sérgio lançou Amizade Sincera, em CD e DVD ao vivo, que reuniu clássicos da música sertaneja.

Em 3 de março de 2012, durante uma apresentação na cidade de Três Marias, Minas Gerais, o cantor caiu do palco de mais de dois metros de altura, e foi internado para realizar os exames necessários.

O álbum Música Sertaneja (2014) recebeu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja de 2014. No ano seguinte, recebeu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja pelo CD e DVD Amizade Sincera II, feito em parceria com Renato Teixeira.

Carreira de ator

Sérgio Reis estreou na televisão ao atuar na novela Paraíso, interpretando Diogo, em 1982, na Globo. Em 1990 atuou na novela Pantanal da Manchete, quando interpretou Tibério Cavalcante. Nesse mesmo ano fez parte do elenco de A História de Ana Raio de Zé Trovão, quando interpretou ele mesmo. Em 1996 foi a vez de Rei do Gado, quando atuou com Zé Bento.      

Sérgio Reis só retornou às novelas em 2006 quando atuou em Bicho do Mato, na Record, interpretando Geraldo da Silva. Em 2009 atuou como Diogão no remake da novela Paraíso, na Globo. Em 2022 foi convidado para o casamento de Zé Leôncio e Filó, no remake da novela Pantanal.

Sérgio fez algumas participações no cinema, com trabalhos que mesclavam a atuação e a música: O Menino da Porteira (1976), Mágoa de Boiadeiro (1978) e Filho Adotivo (1983).

Carreira política

Sérgio Reis foi eleito deputado federal pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB), pelo estado de São Paulo, em 2014. Na Câmara dos Deputados, Sérgio deu prioridade aos projetos voltados para a área da saúde e da previdência social, em especial para demandas da terceira idade e dos aposentados.

Apoiador do Hospital do Câncer de Barretos, em São Paulo, Sérgio declarou que investiu 42 milhões de sua verba parlamentar no hospital.

Em 17 de abril de 2016, Sérgio Reis votou pelo processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Com problemas de saúde, não disputou a reeleição em 2018.

Após a eleição de Jair Bolsonaro à presidência da República, Sérgio se tornou um de seus apoiadores. Em 15 de agosto de 2021, durante a insatisfação de grande parte da população, Sérgio lançou uma mobilização para “parar o Brasil”, convocando uma greve geral de caminhoneiros para o dia 7 de setembro, exigindo o voto impresso e o impeachment dos ministros do STJ Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

Além disso, foi vazado um áudio que Sérgio Reis ameaça invadir o STF caso os ministros não renunciem. Passou então a ser investigado pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal por ordem do Alexandre de Moraes. Sérgio e outros envolvidos com o protesto de 7 de setembro sofreram mandatos de busca e apreensão e foram proibidos de chegar a 1 Km da Praça dos Três Poderes.

Após todos os transtornos, Sérgio apresentou um quadro de glicemia elevada, mas continuou defendendo os protestos e disse que não tinha medo de ser preso. No dia 25 de agosto ele prestou um depoimento na Polícia Federal e no mesmo dia foi internado.

Vida Pessoal

Sérgio Reis foi casado com Ruth Bavini e com ela teve dois filhos, Marcos Sérgio e Paulo Augusto.

Desde 2008 vive com Ângela Marcia Firmo Bavini, cantora que trabalhou como backing vocal de diversos cantores, entre eles Sérgio Reis.

Neto de imigrantes, com 78 anos, Sérgio esteve em Portugal e na Itália e pela primeira vez foi visitar as cidades de seus avós.

Nos últimos anos, Sérgio passou por várias internações, fez duas cirurgias e teve um AVC em agosto de 2023, mas se recuperou plenamente.