Matheus Nachtergaele

Ator brasileiro
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Matheus Nachtergaele

Matheus Nachtergaele (1969) é um ator brasileiro. Participou de importantes filmes, entre eles, "O Auto da Compadecida", "Cidade de Deus" e "Serra Pelada".

Matheus Nachtergaele nasceu em São Paulo, no dia 3 de janeiro de 1969. Filho do engenheiro e músico Jean Pierre Henri Leon François Nachtergaele e da poetisa Maria Cecília, quando estava com três meses foi entregue aos cuidados dos avós.

Com 16 anos, seu pai lhe revelou que sua mãe havia tirado a própria vida com apenas 22 anos de idade e lhe mostrou uma pasta com diversos poemas escritos por ela.

Com 17 anos Matheus ingressou na Faculdade de Artes Plásticas, porém abandonou o curso quando estava no terceiro ano.

Início da carreira artística

Com 20 anos iniciou a carreira artística ao ser convidado por uma amiga para fazer um teste na Companhia Teatral Antunes Filho.

Durante um longo período de ensaios como integrante do elenco da peça “Paraíso Zona Norte”, Matheus foi afastado do elenco a dez dias da estreia.

Em 1991, ingressou na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo. Nesse mesmo ano, fez sua estreia em “Woyzeck”, uma adaptação da peça do dramaturgo alemão Georg Büchner (1813-1837), dirigida por Cibele Forjaz.

Em 1992, Matheus Nachtergaele passou a integrar o grupo “Teatro da Vertigem”, quando representou satanás na peça “Paraíso Perdido”, uma adaptação de Sérgio de Carvalho, livremente inspirada no poema de John Milton, dirigida por Antônio Araújo, e apresentada na Igreja Santa Ifigênia, em São Paulo.

Em 1995, atuou na peça “O Livro de Jó”, uma adaptação de Luís Alberto de Abreu, do episódio bíblico do mesmo nome. A peça, dirigida por Antônio Araújo, foi encenada no ambiente desativado do Hospital Humberto Primo.

Por sua elogiada atuação, como “Jó”, recebeu os prêmios: Shell, Mambembe e da Associação Paulista de Críticos de Arte, de Melhor Ator daquele ano.

Cinema, minisséries e novelas

O sucesso da peça chamou a atenção da mídia e Matheus Nachtergaele foi convidado para atuar no cinema, no papel de Jonas, no filme de Bruno Barreto, “O Que é Isso Companheiro? (1997), ao lado de Cláudia Abreu, Fernanda Montenegro, Pedro Cardoso e Luiz Fernando Guimarães.

Ainda em 1997, foi levado para a TV, quando atuou na série “Comédia da Vida Privada”, no episódio “Anchietanos”, no papel de Andrew.

Em 1998, o ator destacou-se mais uma vez no filme “Central do Brasil”, do diretor Walter Sales, no papel de Isaías, ao lado de Fernanda Montenegro e Marília Pêra.

Ainda em 1998 atuou na peça “Da Gaivota”, ao lado de Fernanda Montenegro e Fernanda Torres.

Nesse mesmo ano, atua na minissérie “Hilda Furacão”, no papel do travesti “Cintura Fina”, que lhe valeu o Prêmio da APCA de Ator Revelação na TV.

Em 2000, conquista a crítica e o público com o personagem “João Grilo” em “O Auto da Compadecida” baseado na obra de Ariano Suassuna, dirigida por Guel Arraes.

O Auto da Compadecida foi apresentada inicialmente como minissérie na TV e posteriormente foi levado às telas do cinema. Pelo destacado desempenho ele recebeu o “Grande Prêmio do Cinema Nacional de Melhor Ator”.

Em 2000, atuou na minissérie “A Marulha” na TV Globo, quando interpretou o padre Miguel que duvidava dos dogmas da igreja e se apaixona por uma índia.

Em 2001, Matheus atuou na minissérie “Os Maias”, uma adaptação de Maria Adelaide Amaral da obra homônima do escritor português Eça de Queiroz.  quando interpretou o boêmio Teodorico Raposo.

Em 2004, Matheus Nachtergaele estreou nas telenovelas no papel de “Pai Helinho” em “Da Cor do Pecado.

Atuou também em “América” (2005) interpretando Carreirinha, “Queridos Amigos” (2008), “Cordel Encantado” (2011), “Saramandaia” (2013) no papel de “Seu Encolheu” e “Todas as Mulheres do Mundo (2020).

Paralelamente à sua atuação na TV, Matheus Nachtergaele traçou um longo caminho no cinema, participando de mais de trinta filmes, entre eles:

  • Bicho de Sete Cabeças (2001)
  • Auto da Compadecida (2000)
  • Cidade de Deus (2002)
  • Amarelo Manga (2003)
  • Tapete Vermelho (2006)
  • O Bem Amado (2010)
  • Serra Pelada (2013)
  • Sangue Azul (2015)
  • Mãe Só Há Uma (2016)

Matheus Nachtergaele estreou como diretor no premiado longa, “A Festa da Menina Morta” (2008) que ganhou dois prêmios APCA, um na categoria “Melhor Filme de Ficção” e outro pela “Melhor Diretor de Fotografia” de Lula Carvalho.

O filme além de arrebatar prêmios em diversos festivais internacionais, rendeu ao protagonista, Daniel de Oliveira, o Prêmio de Melhor Ator.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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