Flávia Saraiva

Flávia Saraiva (1999) é uma ginasta brasileira. Com apenas 1,42m de altura, é considerada o novo fenômeno da ginástica artística. Em 2024, nos Jogos Olímpicos de Paris, conquistou o bronze – a primeira medalha olímpica por equipe já conquistada pela seleção feminina de ginástica.

Flávia Lopes Saraiva nasceu no Rio de Janeiro, no dia 30 de setembro de 1999. O sonho de ser ginasta começou ainda menina quando assistia as apresentações de Daniele Hipólito e Daiane dos Santos. Treinando em um projeto social para alunos de escolas públicas, foi descoberta aos oito anos de idade.

Com 11 anos de idade, mesmo com o receio da mãe, resolveu deixar a zona norte carioca e ir morar em Três Rios, no sul do Estado, com o técnico e outros atletas, no projeto criado pela técnica Georgette Vidor.

Carreira e medalhas

Para ser competitiva a atleta começou a treinar durante seis ou sete horas por dia e logo se destacou nas competições. Em setembro de 2013 conquistou o ouro, no solo e trave, nos Jogos Sul-Americanos da Juventude, em Lima, no Peru.

Em 2014, foi campeã (individual geral) no Pan-Americano Juvenil realizado em Aracaju, que lhe valeu a vaga para os Jogos Olímpicos da Juventude, na China. Nesse mesmo ano, teve sua primeira competição como adulta. Conquistou três medalhas, ouro no solo, prata no individual geral e prata na trave, nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China.

Em 2015, Flávia Saraiva conquistou a medalha de ouro no solo e a de prata na trave, no Mundial de Ginástica Artística, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Nesse mesmo ano, conquistou o bronze no individual geral e ajudou a equipe a conquistar o bronze, nos Pan-Americano de Toronto, no Canadá.

Em abril de 2016, depois de uma temporada machucada, Flávia Saraiva brilhou na Arena Olímpica do Rio de Janeiro, no evento-teste da ginástica artística para os jogos Olímpicos de 2016, com uma apresentação impecável conquistou a medalha de ouro no solo.

Em junho de 2016, na última grande competição antes dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Flávia Saraiva conquistou o ouro na trave, com (14,950) e ouro no solo, com (14,150), na Copa do Mundo de Anadia, em Portugal.

Nos Jogos Olímpicos de 2016, realizados no Rio de Janeiro, Brasil, entre os dias 5 e 21 de agosto, Flavia Saraiva fez sua estreia em Jogos Olímpicos. Conquistou o 5.º lugar na trave olímpica e o 8.º lugar na competição por equipes. Nesse mesmo ano, Flávia assinou contrato com o Clube de Regatas Flamengo.

Em 2017, na Copa do Mundo de Ginástica Artística, na Eslovênia, Flávia ficou com o quarto lugar na trave. Nas barras assimétricas conquistou o bronze. Em seguida, conquistou duas finais, porém, sofreu uma queda no solo o que causou uma torção no tornozelo, ficando em oitavo lugar.

Em 2019, nos Jogos Pan-Americanos realizados em Lima, Peru, a equipe formada por Carolyne Pedro, Lorrane Oliveira, Thaís Fidélis e Jade Barbosa, conquistou o bronze. No individual geral e no solo, Flavia conquistou a medalha de bronze.

Em outubro de 2019, no Campeonato Mundial de Ginástica Artística, realizado em Stuttgart, na Alemanha, o Brasil terminou em 14.º lugar por equipe, não avançando para a final, para os Jogos Olímpicos de Tóquio. No entanto, Flávia terminou em 10.º lugar, na individual, se classificando para as Olímpiadas.

 Em 2020, a pandemia de COVI-19 interrompeu a disputa dos Jogos Olímpicos de Verão, que foi adiada para 2021. Em dezembro de 2020, Flávia testou positivo para COVID, o que resultou em seu afastamento dos treinos do solo.

Em 2021, nos Jogos Olímpicos, a atleta sofreu uma lesão no tornozelo na última etapa da classificação do solo. Mesmo lesionada, competiu na trave e no solo, conseguindo se classificar em sétimo lugar na trave.

Na Copa do Mundo de Ginástica Artística de 2023, realizada em Paris, Flávia conquistou a medalha de bronze na trave. Nas barras assimétricas terminou na sexta colocação. No solo, foi a sexta colocada.

No Campeonato Mundial de Ginástica Artística de 2023, realizada na Antuérpia, Bélgica, conquistou a primeira medalha por equipes na história dos campeonatos mundiais. Conquistou também sua primeira medalha individual em campeonatos mundiais, a medalha de bronze no solo.

Em 2023, nos Jogos Pan-Americanos, realizados em Santiago no Chile, conquistou a medalha de prata, por equipe, com as atletas: Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Carolyne Pedro e Júlia Soares. Flavia conquistou medalha de prata no individual geral, na trave e no solo. Conquistou também medalha de bronze nas barras assimétricas. Com cinco medalhas conquistadas, tornou-se a maior vencedora em Jogos Pan-Americanos.

Em 2024, nos Jogos Olímpicos de Verão, em Paris, Flávia conquistou a medalha de bronze por equipe, junto com Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares. Na categoria Individual Geral, a atleta foi a nona colocada.