Joaquim Osório Duque Estrada
Biografia de Joaquim Osório Duque Estrada
Joaquim Osório Duque-Estrada (1870-1927) foi um poeta brasileiro. Autor da Letra do "Hino Nacional Brasileiro". Foi eleito para a cadeira n.º 17 da Academia Brasileira de Letras. Foi também professor, crítico literário, ensaísta e diplomata..
Joaquim Osório Duque-Estrada nasceu em Pati do Alferes, então município de Vassouras, Rio de Janeiro, no dia 29 de abril de 1870. Era filho do tenente-coronel Luís de Azeredo Coutinho Duque-Estrada e de Mariana Delfim Duque-Estrada. Era afilhado do general Osório o Marquês do Herval.
Estudou na cidade do Rio de Janeiro, nos colégios Almeida Martins, Aquino e Meneses Vieira. Matriculou-se em, 1882, no Colégio Pedro II.
Escritor e poeta
Em 1886, publicou o primeiro livro de versos, "Alvéolos". Começou a colaborar na imprensa, em 1887, escrevendo os primeiros ensaios como um dos auxiliares de José do Patrocínio na campanha da abolição.
Em 1888 alistou-se nas fileiras republicanas ao lado de Silva Jardim, entrando para o Centro Lopes Trovão e o Clube Tiradentes, onde foi o 2.º secretário. Nesse mesmo ano, em dezembro, conclui o bacharelado em Letras.
Em 1889, foi para São Paulo, onde se matriculou na Faculdade de Direito. Ainda em 1889, entrou para a redação do Diário Mercantil.
Diplomata
Em 1891, Joaquim Osório abandonou o curso de Direito para se dedicar à diplomacia, sendo nomeado o 2.º secretário de legação no Paraguai.
Joaquim Osório permaneceu um ano no Paraguai, em seguida, regressou ao Brasil abandonando a carreira diplomática.
Professor
Entre os anos de 1893 e 1896, morou em Minas Gerais, onde escreveu "Eco de Cataguases".
De volta ao Estado do Rio de Janeiro, trabalhou como inspetor geral do ensino, bibliotecário e professor de francês do Ginásio de Petrópolis.
Letra do Hino Nacional
Em 1901, participou de um concurso para escolha da letra do Hino Nacional. Sua letra, julgada pelo Congresso, foi vitoriosa, mas só foi oficializada no dia 6 de setembro de 1922.
Em 1902 é nomeado professor interino da cadeira de História Geral e do Brasil, no Colégio Pedro II.
No mesmo ano, publicou o livro "Flora de Maio", com prefácio do poeta Alberto de Oliveira, onde reúne todas as suas poesias.
Crítico literário
Em 1905, deixou o magistério, voltando a colaborar na imprensa, em quase todos os jornais do Rio de Janeiro. Entrou para a redação do Correio da Manhã, em 1910, onde assumiu a direção, durante a ausência de Edmundo Bittencourt e Leão Veloso.
Em 1914 criou a seção de crítica, "Registro Literário", onde escreveu no Correio da Manhã até 1917.
Em 1915, foi eleito para a cadeira n.º 17 da Academia Brasileira de Letras.
Entre os anos de 1915 e 1917, escreveu a seção no jornal Imparcial, e de 1921 a 1924, no Jornal do Brasil.
Em 1918, publicou o esboço histórico, "Abolição", com o prefácio de Rui Barbosa. Em 1924 publicou o livro "Critica e Polêmica", onde reuniu os trabalhos publicados nos diversos jornais.
Joaquim Osório Duque Estrada faleceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de fevereiro de 1927.
Obras de Joaquim Osório Duque Estrada
- Alvéolos, poesia, 1886
- A Aristocracia do Espírito, 1899
- Flora de Maio, poesia, 1902
- O Norte, impressões de viagem, 1909
- Anita Garibaldi, ópera-baile, 1911
- A Arte de Fazer Versos, 1912
- Dicionário de Rimas Ricas, 1915
- A Abolição, esboço histórico, 1918
- Crítica e Polêmica, 1924
- Noções Elementares de Gramática Portuguesa
- Questões de Português
- Guerra do Paraguai
- História Universal
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