Jorge Luís Borges

Jorge Luís Borges (1899-1986) foi um poeta, contista e ensaísta argentino, considerado uma das maiores expressões literárias de seu país.

Jorge Francisco Isidoro Luís Borges nasceu em Buenos Aires, Argentina, no dia 24 de agosto de 1899. Por influência de sua avó materna, que era de origem inglesa, aprendeu inglês antes do espanhol. Com 7 anos de idade já mostrava que seria um escritor. Com 9 anos escreveu seu primeiro conto, “La Visera Fatal”, inspirado em um episódio da obra Dom Quixote.

Com 13 anos mudou-se com a família para a Europa, instalando-se na Suíça, onde graduou-se pelo Collège de Genève. Em 1919, transferiu-se para Madrid, onde fez contato com os poetas criacionistas.

Carreira literária

Em 1921 voltou para Buenos Aires, começou a publicar poemas de inspiração surrealista. Publicou seu primeiro livro de poemas, “Fervor de Buenos Aires” (1923).

Jorge Luís Borges começou sua carreira literária como poeta, mas foram seus contos que o tornaram um dos escritores mais célebres da literatura hispano-americana. Sua revelação como contista foi só em 1935, com a publicação de História Universal de La Infâmia.

Em 1937 foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional e professor de literatura inglesa na Universidade de Buenos Aires.

Em 1943, publicou uma das suas mais importantes obras: “O Aleph”, considerado pelo crítico Harold Bloom, como uma das maiores obras literárias do ocidente. Na obra, Borges sugere imagens e espelhos onde o real confunde-se com a realidade.

Por essas circunstâncias temáticas, Borges é citado na literatura fantástica do século XX. Como autor fantástico, recebeu influência de autores, entre eles, Edgar Allan Poe.

A singularidade de Borges consiste em ter criado uma literatura em que o texto predomina sobre as fábulas, denominadas ironicamente de ficções. Esses textos confundem o real e o fictício, em um labirinto de citações, verdadeiras e falsas, que confundem o leitor sobre a erudição do autor, autêntica e fictícia e um só tempo.

Na sua obra de prosador, como ensaísta e como ficcionista, ou as duas coisas ao mesmo tempo, esses temas adquirem uma nova dimensão. Na prosa, declarou Borges ter encontrado em maior escala as possibilidades da arte combinatória, que “Lidam com o infinito”.

Com a chegada de Juan Domingo Perón, à presidência da Argentina, Luís Borges foi demitido da Biblioteca Nacional em 1946, sendo obrigado a sustentar-se com ajuda de amigos, que o indicavam para conferências e palestras.

Prêmios

Como reconhecimento por seu trabalho, Borges recebeu inúmeros prêmios, entre eles, o Prêmio Interamericano de Literatura, conferido pelo Governo do Estado de São Paulo, além de prêmios do governo da Itália, da França, da Inglaterra e da Espanha.

Últimos anos

Acometido com problemas nos olhos, foi aos poucos perdendo a visão. Quando estava totalmente cego contou com a ajuda de sua mãe para escrever seus livros. A doença fez com que vivesse em reclusão durante boa parte do fim de sua vida.

Luís Borges casou-se com sua secretária, a escritora Maria Kodama, para quem Borges legou os seus direitos autorais em um testamento elaborado em 1979.

Jorge Luís Borges faleceu em Genebra, Suíça, no dia 14 de junho de 1986.

Obras de Jorge Luís Borges

• Fervor de Buenos Aires (1923)
• Luna de Enfrente (1925)
• Inquisições (1925)
• El Idioma dos Argentinos (1928)
• Historia de la Eternidad (1936)
• El Jardín de Senderos Que se Bifurcan (1941)
• El Aleph (1949)
• El Hacedor (1960)
• Para Las Seis Cuerdas (1967)
• Elogio de la Sombra (1969)
• La Rosa Profunda (1975)
• El Libro da Arena (1975)
• História de la Noche (1976)
• Los Conjurados (1985)