Martins Fontes
Biografia de Martins Fontes
Martins Fontes (1884-1937) foi um poeta e médico brasileiro. Foi considerado um dos mais importantes poetas de seu tempo. Deixou uma extensa obra e exaltou as coisas de sua terra.
José Martins Fontes conhecido como Martins Fontes, nasceu em Santos, São Paulo, no dia 23 de junho de 1884. Filho do médico Silverio Fontes, que foi inspetor de saúde pública do Porto de Santos e um dos colaboradores da Santa Casa de Misericórdia, e de Isabel Martins Fontes.
Infância e juventude
Com quatro anos, Martins Fontes declamou um belo discurso escrito pelo pai, sobre a Abolição da Escravatura, do peitoril da janela de sua casa. Logo que aprendeu a ler e escrever, começou a compor versos. Em 1896 lançou seu pequeno jornal manuscrito chamado A Metralha, onde publicava suas poesias.
Foi aluno interno do Colégio Nogueira da Gama em Jacareí, São Paulo, depois retornou para Santos onde completou seus estudos. Em 1900, na comemoração do quarto centenário do descobrimento do Brasil, o poeta leu uma ode de sua autoria.
Medicina e poesia
Em 1901, Martins Fontes foi para o Rio de Janeiro, para estudar Medicina, como desejava seu pai. Na então capital do Brasil, na Confeitaria Colombo, conheceu Olavo Bilac e Coelho Neto. Passou a conviver com vários escritores. Ingressando na Faculdade de Medicina, logo se destacou e foi chamado para trabalhar em diversos setores, inclusive ao lado do sanitarista Oswaldo Cruz, na profilaxia suburbana.
Enquanto estudante produzia belos textos e colaborava com os jornais Gazeta de Notícias e O País e com as revistas, Careta e Kosmos. Foi ainda diretor da Revista do Hospital Nacional, com o apoio de Bilac.
Martins Fontes concluiu o curso em 1908 e defendeu com grande sucesso sua tese de doutorado, com o título Da Imitação em Síntese. Começou a trabalhar no Hospital dos Alienados e em logo foi convidado pelo engenheiro Bueno de Andrade para integrar a Comissão de Obras do Alto Acre, onde permaneceu durante dois anos, mas não parou de escrever seus poemas.
Em 1910, foi nomeado chefe da Assistência Escolar da Prefeitura. Trabalhou ao lado de Oswaldo Cruz, na campanha de saneamento do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, retornou para Santos e começou a trabalhar na Santa Casa de Misericórdia, como diretor da Enfermaria de Tuberculose.
Passou a frequentar o Clube XV, e junto com outros intelectuais fundou o jornal A Luva. Durante algum tempo, participou da Agência Americana, empresa fundada por Olavo Bilac. Em 1913 passou a fazer parte da equipe médica do Hospital do Isolamento.
Em 1914, Martins Fontes viajou para a Europa, como médico particular de um casal de pacientes. Casou-se com a filha do casal. Em 2015 retornou para Santos e logo foi nomeado diretor do Serviço Sanitário. Em 1916, viajou para Europa e nessa época, pediu a separação da mulher. Nesse mesmo ano casou-se com Rosa Marquez de Morais, filha de espanhóis, ela com 14 anos e ele com 32.
Em 1917, Martins Fontes publicou seu primeiro livro, Verão. Em 1922, quando surgiu o Movimento Modernista, ele foi totalmente contra, pois não admitia uma poesia com verso livre. Em 1924, foi correspondente da Academia de Ciências de Lisboa.
Após a morte de seu pai, em 1928, ele fez a doação da biblioteca dele para a Sociedade Humanitária dos Empregados do Comércio de Santos. Foi nomeado Patrono da cadeira n.º 26 da Academia Paulista de Letras.
Martins Fontes faleceu em Santos, São Paulo, no dia 25 de junho de 1937.
Obras de Martins Fontes
- Verão (1917)
- A Dança (1919)
- A Alegria (1921)
- Marabá (1922)
- Arlequinada (1922)
- As Cidades Eternas (1926)
- Volúpia (1925)
- Rosicler (1926)
- O Colar Partido (1927)
- Escarlate (1928)
- O Mar, A Terra e o Céu (1929)
- A Flauta Encantada (1931)
- Paulistania (1934)
- Sol das Almas (1936)
- Canções do Meu Vergel (1937).
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