António Botto
Biografia de António Botto
António Botto (1897-1959) foi um poeta, contista e dramaturgo português.Fez parte da Segunda Geração Modernista de Portugal.
António Tomás Botto (1897-1959) nasceu em Concavada, no concelho de Abrantes, Portugal, no dia 17 de agosto de 1897. Filho de Francisco Tomás Botto e de Maria Pires Agudo, em 1902 mudou-se com a família para o bairro de Alfama, em Lisboa. A vida simples no bairro de Alfama é muitas vezes tema de suas poesias.
Desde cedo começou a trabalhar como ajudante de uma livraria onde entrou em contato com as obras de importantes personagens literárias. Estreou na literatura com as coletâneas poéticas: Trovas (1917), Cantigas da Saudade (1918) e Cantares (1919). Em 1921 publicou a primeira edição do livro de poesias Canções, que se tornou sua obra mais conhecida e polêmica, onde cultiva a beleza física masculina.
A segunda edição do livro "Canções", publicada em 1922, foi apreendida por causar grande agitação nos meios religiosos e conservadores da época. Nesse mesmo ano, Fernando Pessoa, de quem foi amigo, publica na revista Contemporânea o ensaio António Botto e o Ideal Estético em Portugal. Nos anos seguintes, Botto publicou: Motivos de Beleza (1923) e Curiosidades Estéticas (1924).
Ainda em 1924, António Botto partiu para a África como funcionário público e se estabeleceu como escriturário em Angola. Mais tarde foi transferido para Luanda. Em 1925 regressa para Lisboa e nesse mesmo ano publica Pequenas Esculturas, em seguida lança Olimpíadas (1927) e Dandismo (1928). Em 1930, Fernando Pessoa traduz para o inglês a obra polêmica Canções.
No domínio poético, António Botto cultiva o lirismo delicado e puro, oscilando sempre entre duas extremidades. Enquanto uns versos exprimem valores eróticos e sensuais, outros deixam transparecer o caráter social e realista da modesta sociedade lisboeta. Nos contos, acrescenta um caráter moralizante. Dedica-se à prosa de ficção, escrevendo narrativas para adultos e crianças.
António Botto colaborou com várias revistas e jornais, como Athena, A Águia, a Contemporânea, a Presença, entre outras. Em 1933 escreveu a peça de teatro, em três atos, Alfama. Publicou ainda: Ciúme (1934), Sonetos (1938) e Ódio e Amor (1947). Nesse mesmo ano, depois de levar uma vida desregrada e boêmia, frequentando a região das docas marítima, onde buscava a companhia de marinheiros, partiu para o Brasil.
António Botto faleceu no Rio de Janeiro, no dia 16 de março de 1959.
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