Boris Johnson

Político britânico
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Boris Johnson

Boris Johnson (1964) é um político britânico. Foi Primeiro-ministro do Reino Unido entre 2019 e 2022, foi líder do partido Conservador, foi prefeito de Londres e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros. É também escritor e jornalista.

Alexander Boris de Pfeffel Johnson nasceu em Manhattan, Nova Iorque, Estados Unidos, no dia 19 de junho de 1964, época em que seu pai estudava economia na Universidade Columbia, nos Estados Unidos.

Juventude e formação

Boris viveu com sua família em Nova Iorque, depois mudou-se para Londres e Bruxelas. Iniciou seus estudos na Primrose Hill Primary School. Em seguida, ingressou no Eton College e mais tarde se formou em Estudos Clássicos no Balliol College, em Oxford, onde presidiu a Oxford Union.

Após trabalhar como consultor de gestão, iniciou a carreira de jornalista como repórter do The Times em 1987. Em seguida, trabalhou no Daily Telegraph. Tornou-se colunista político do The Spectator em 1994. Em 1999, foi nomeado diretor da revista, permanecendo no cargo até 2005.

Carreira Política
Eleição para o Parlamento

Boris Johnson candidatou-se para a Câmara dos Comuns, pelo Partido Conservador, mas perdeu as eleições. Nos anos seguintes, tornou-se presença constante dos Talk shows britânicos por seu comportamento desajeitado e por seus comentários irreverentes.

Em 2001, candidatou-se novamente para o Parlamento vencendo para representar o distrito eleitoral de Henley-on-Thames. Em 2004, foi eleito vice-presidente do Partido Conservador. No ano seguinte, apesar de suas declarações polêmicas, Johnson foi reeleito para seu assento no Parlamento.

Prefeito de Londres

Boris Johnson comunicou sua candidatura para a Prefeitura de Londres em 16 de julho de 2007. No dia 1 de maio de 2008 obteve uma vitória apertada. Em 2012, ele foi reeleito, superando Livingstone mais uma vez. Deixou a prefeitura de Londres, em 2016, com bons índices de aprovação.

Retorno ao Parlamento

Mesmo mantendo seu cargo como Prefeito de Londres, Boris Johnson retornou ao Parlamento em 2015, ao conquistar a sede de Uxbridge e South Ruislip, no oeste de Londres, diante de uma eleição que viu o Partido Conservador conquistar a maioria dos votos desde a década de 1990.

Secretário de Relações Exteriores

Após Theresa May conquistar a liderança do Partido Conservador e o cargo de Primeira Ministra, ela nomeou Boris Johnson para "Secretário de Estado para Assuntos Externos e da Commonwealth" em 13 de julho de 2016.

A nomeação de Boris Johnson foi criticada por setores da imprensa e líderes estrangeiros por seu histórico de comentários polêmicos sobre outros povos e culturas.

Em abril de 2018, Boris Johnson defendeu a decisão de Teresa May de se unir aos Estados Unidos e à França nos ataques aéreos que foram realizados contra o regime de Bashar al-Assad, presidente da Síria, em respostas às evidências do uso de armas químicas contra seu próprio povo.

Em julho de 2018, diante de uma crise do governo nas negociações da saída do Reino Unido da União Europeia (o Brexit), Boris Johnson apresentou sua renúncia do cargo de Secretário das Relações Exteriores e reassumiu sua cadeira no Parlamento.

Boris Johnson passou a fazer críticas da gestão de Teresa May, principalmente a forma como ela negociava o processo do Brexit. Segundo Boris, ela cedia demais à União Europeia e declarou que defenderia o Brexit a todo custo.

Primeiro Ministro

Em 24 de maio de 2019, após os impasses nas discussões dos termos da saída do Reino Unido da União Europeia, Theresa May anunciou sua renúncia ao cargo de Primeira-ministra. O Partido Conservador começou então uma disputa interna pelo cargo.

No dia 23 de julho de 2019, Boris Johnson foi anunciado como o novo líder do Partido Conservador e designado Primeiro-Ministro do Reino Unido. Em seu primeiro discurso, em 24 de julho, ele reiterou sua prioridade pela saída do Reino Unido da União Europeia, apesar da oposição de parte importante de seu partido.

No dia 31 de janeiro de 2020, quando o Reino Unido se retirou formalmente da União Europeia, iniciando o período de transição e abrindo as negociações comerciais com a União Europeia, Boris Johnson declarou: “Este é o momento em que amanhece e sobe a cortina para um novo ato em nosso grande drama nacional.”

No dia 15 de maio de 2020, enquanto o mundo enfrentava a pandemia do Coronavírus e o distanciamento social havia sido decretado, Boris Johnson furou as regras e participou de várias festas, uma delas nos jardins da residência oficial em Downing Street. Diante dos fatos, Johnson pediu desculpas, mas sua popularidade foi abalada e gerou vários pedidos de renúncia.

Renúncia

No dia 7 de julho de 2022, diante das pressões e da rejeição do próprio Partido Conservador, o primeiro-ministro Boris Johnson renunciou a liderança do partido e permanecerá no o cargo de Primeiro-ministro até o novo premiê ser escolhido.

Mais de 60 integrantes do governo, entre ministros, secretários e assessores haviam pedido para deixar o cargo, após Boris ter indicado um deputado a um cargo importante mesmo sabendo que havia denúncias de assédio sexual contra o parlamentar.

No dia 6 de setembro de 2022, Boris Johnson fez seu discurso de despedida do cargo de Primeiro-Ministro do Reino Unido. A nova líder Liz Truss, que recebeu a maioria dos votos do partido, assumiu o cargo de primeira-ministra.

O Primeiro-ministro inglês e a Guerra da Rússia

No final de 2021, desde que a Rússia deslocou suas tropas para a fronteira da Ucrânia e no dia 21 de fevereiro de 2022 reconheceu independência das duas regiões separatistas, Donetsk e Luhansk, o presidente ucraniano tem protestado e pedido apoio da OTAN e dos países da União Europeia.

O Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson prometeu até 220 milhões de libras em ajuda humanitária e de emergência para a Ucrânia e, que a Grã-Bretanha tem 1,000 soldados de prontidão para ajudar os países vizinhos, incluindo a Polônia.

Boris Johnson
Boris Johnson e Volodymyr Zelensky em Kiev em 9 de abril de 2022

Boris Johnson declarou que: “A liderança e coragem demonstradas pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, inspirou e mobilizou o mundo.”

Johnson disse: “Putin subestimou o desejo apaixonado do povo ucraniano de defender e proteger seu próprio país.” Disse também: “Estou convencido de que Putin falhará e que teremos sucesso em proteger e preservar uma Ucrânia soberana, independente e democrática.”

Vida pessoal

Boris Johnson foi casado com Allegra Mostyn-Owen entre 1987 e 1993. Doze dias depois do divórcio casou-se com Marina Wheeler e cinco semanas depois foi pai de seu primeiro filho. O casal teve o total de quatro filhos, dois meninos e duas meninas.

Em 2004, teve um caso extra conjugal com Petronella Wyatt. Boris viveu com Marina até maio de 2020, quando o casal se divorciou. De uma relação com a consultora de arte Helen Macintyre, ele teve mais uma filha fora do casamento.

Desde 2019, ele mantém uma relação com Carrie Seymonds. Em março de 2020, anunciaram que iam se casar e estavam à espera de um bebê. Boris e Symonds foi o primeiro casal a viver na residência oficial do ministro sem serem casados.

O filho do casal nasceu em 29 de abril de 2020 e no dia 29 de maio de 2021 casaram-se, em uma cerimônia privada, na Catedral de Westminster. No dia 9 de dezembro de 2021 nasceu o segundo filho do casal, uma menina.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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