Celso Furtado

Economista brasileiro
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Celso Furtado

Celso Furtado (1920-2004) foi um economista brasileiro. Foi Ministro do Planejamento no governo João Gulart e Ministro da Cultura no Governo José Sarney. Foi superintendente da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), criada no governo de Juscelino Kubitschek.

Celso Furtado (1920-2004) nasceu em Pombal, na Paraíba, em 26 de julho. Aos sete anos, mudou-se com a família para a capital do estado, João Pessoa. Estudou no Liceu Paraibano. Completou os estudos no Ginásio Pernambucano no Recife. Em 1939 foi para o Rio de Janeiro, estudou Direito na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, concluindo o curso em 1944.

Logo após a formatura, foi convocado para integrar a FEB (Força Expedicionária Brasileira) e servir na Itália, durante a II Guerra Mundial. Ingressou no curso de doutorado em Economia na Universidade de Sorbonne, em Paris, no ano de 1946. Defendeu a tese "A Economia Brasileira no Período Colonial". De volta ao Brasil trabalhou na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Casou-se com a química argentina Lúcia Tosi, com quem teve dois filhos, Mário e André.

Em 1949 passou a fazer parte da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). Foi nomeado Diretor de Desenvolvimento e viajou por vários países. Participou do convênio entre o CEPAL e o BNDE, cujo Grupo Misto elaborou um trabalho que serviria de base para o Plano de Metas, estabelecido pelo governo de Juscelino Kubitschek.

Celso Furtado foi nomeado, em 1960, superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), órgão criado no Governo de Juscelino Kubitschek. Em 1962 assumiu o Ministério do Planejamento, no governo de João Gulart.

Com o golpe de 1964, é exilado e perde os direitos políticos por dez anos. Foi para o Chile onde permanece até setembro, indo em seguida para os Estados Unidos, como pesquisador graduado do Centro de Estudos do Desenvolvimento da Universidade de Yale.

Em 1965 foi para Paris, onde assumiu a cátedra de professor na Sorbonne, onde permaneceu durante vinte anos. Realizou viagens por diversos países, como professor visitante em universidades. Participou de seminários e integrou o Conselho Acadêmico da Universidade das Nações Unidas, em Tóquio, em 1978.

Depois da anistia, Celso Furtado voltou várias vezes ao Brasil. Casou-se com Rosa Freire. Em 1986, foi nomeado Ministro da Cultura no governo Sarney, criando a primeira legislação de incentivo à cultura. Em 1999, seu livro "O Capitalismo Global" ganhou o Prêmio Jabuti, na Categoria Ensaio.

Em 2000, em comemoração de seus 80 anos, a Academia Brasileira
de Letras do Rio de Janeiro realizou a exposição "Celso Furtado: Vocação Brasil".

Celso Furtado faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de novembro de 2004.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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