Ernesto Neto

Artista plástico brasileiro
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Ernesto Neto

Ernesto Neto (1964) é um artista plástico brasileiro. Escultor e cenógrafo, representante da arte contemporânea, se destaca por suas esculturas/instalações com o uso de diversos materiais, entre eles a lycra, o algodão e a poliamida.

Ernesto Saboia de Albuquerque Neto (1964) nasceu no Rio de Janeiro, no ano de 1964. Nos anos 80 estudou escultura na Escola de Artes Visuais do Parque Laje, com Jaime Sampaio e João Carlos Golberg. Estudou intervenção urbana e escultura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, com Cléber Machado e escultura com Roberto Moriconi.

Em 1985, Ernesto Neto participou de sua primeira coletiva, “Instituições de Arte do Rio de Janeiro e Seus Destaques de 85”, no Espaço Petrobras. Em 1986 participou do “10º Salão Carioca de Artes Plásticas”, no Rio de Janeiro. Em 1987 o artista produziu a obra “A-B-A” (chapa-corda-chapa), onde explora a tensão estabelecida entre chapas retangulares de ferro, unidas por uma corda de nylon. Nesse mesmo ano participou das coletivas: “Nova Escultura, na Petit Galerie” e do “5º Salão Paulista de Arte Contemporânea”, na Pinacoteca do Estado.

Em 1989 produziu a escultura “Copulônia”, quando inseriu pequenas esferas de chumbo em meias de poliamida, que foram presas no teto ou dispostas no chão. Ainda no final da década de 80, o artista produziu a série dos “sacos de meia de seda”, recheados de esferas de chumbo. Em 1988 realizou sua primeira exposição individual, na Petit Galerie, no Rio de Janeiro.

A obra de Ernesto Neto situa-se entre a escultura e a instalação. Produzindo uma arte abstrata, a partir de 1990, passou a utilizar elementos elaborados em tecidos de lycra, algodão e poliamida, recheados com bolinhas de chumbo, polipropileno, especiarias, miçangas, espuma, algodão, ervas etc. Muitas vezes sua obra cria grandes redes que o artista chamou de “colônias”. Com o uso de tensão, resistência e equilíbrio o trabalho é pendurado no teto, em formato de gotas e enormes cogumelos, criando labirintos que permite o visitante senti-la através de pequenas aberturas na superfície.

Ernesto Neto participou de diversas mostras e exposições nacionais e internacionais, entre elas, a Arco, Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madrid, Espanha (2000), Bienal de Veneza, Itália (2001), Art Basel, Suíça (2008), “Acontece no Fim de Tarde”, Galeria Camargo Vilaça, São Paulo, (2000), MoMA, Nova York (2000), “O Casamento de Lili, Neto, Lito e os loucos”, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2001), “Citoplasma e Organóides”, Projeto Respiração, Fundação Eva Klabin, Rio de Janeiro (2004), “Agora Bolas” Galeria Fortes Vilaça, São Paulo (2005), “Léviathan Thot”, Panthéon, Paris, (2006), “A Sculture can be Anything that can Stand Upright”, Galeria Elba Benitez, Madrid (2008) e “Quando Agente Para, o Mundo Roda”, Galeria Laura Alvim, Rio de Janeiro (2010/2011).

Em 2003, Ernesto Neto, Laura Lima e Márcio Botner, criaram a Galeria de Artes A Gentil Carioca, no Rio de Janeiro. Ernesto Neto conquistou o Prêmio Brasília de Artes Plásticas, Museu de Arte Brasileira do Distrito Federal (1990) e o Prêmio Aspen Art Museum (2014), nos Estados Unidos, por sua contribuição a arte contemporânea internacional.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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