Inezita Barroso

Ignez Magdalena Aranha de Lima, conhecida pelo grande público apenas como Inezita Barroso, foi uma importante cantora, atriz, apresentadora de rádio e televisão e pesquisadora brasileira.

Inezita nasceu em São Paulo capital no dia 4 de março de 1925.

Carreira: folclorista, atriz e cantora

Inezita deu os primeiros passos na carreira ao ler obras folclóricas de Mário de Andrade. Também interpretou algumas canções  do mesmo estilo na Rádio Clube do Recife. 

No princípio dos anos 50 trabalhou na rádio Bandeirante e na Record (ela foi a primeira cantora contratada da emissora).

A jovem fez uma série de recitais e gravou algumas músicas que a consagraram como Moda da pinga (1953), Ronda (1954), Estatutos da gafieira (1954), Viola Quebrada (1955) e Azulão (1958).

Como atriz trabalhou nos seguintes longa-metragens: 

• Ângela (1950)
• O craque (1953)
• Destino em apuros (1953)
• Mulher de Verdade (1953)
• É proibido beijar (1954)
• Carnaval em lá maior (1955)

Formação de Inezita Barroso

Inezita se formou em biblioteconomia pela USP em 1947.

As viagens pelo Brasil

Durante os anos 70, Inezita realizou uma série de excursões pelo Brasil onde gravou recitais e bebeu da cultura local apresentando o nosso país a nós próprios e ao mundo. Seus programas foram exibidos especialmente nos Estados Unidos, na União Soviética e na Amélica Latina.

Já muitos anos mais tarde, Inezita voltou a fazer outra grande excursão pelo Brasil com o Projeto Pixinguinha, da Funarte. 

Programa de televisão Viola, Minha Viola

A partir de 25 de maio de 1980, Inezita começa a apresentar o programa Viola, Minha Viola, na TV Cultura, ao lado de Moraes Sarmento. Inezita comandou a atração até 2015.

A partir de então Adriana Farias se tornou a apresentadora oficial e até 2019 a produção esteve no ar com programas inéditos. Foram 39 anos de transmissão - Viola, Minha Viola foi o programa mais longevo do canal. Relembre um dos episódios:

Prêmios concedidos

Como atriz Inezita recebeu o prêmio Saci pelo trabalho no filme Mulher de Verdade em 1953.

No ano a seguir foi laureada com o troféu Roquette-Pinto como melhor cantora da música popular brasileira. 

Em 1997 recebeu o Prêmio Sharp de Melhor Cantora Regional.

Inezita professora

Além de interpretar, pesquisar e cantar, Inezita lecionou a disciplina de Folclore na Universidade de Mogi das Cruzes e também fez parte do corpo docente do curso de Turismo da Faculdade Capital.

Vida pessoal

Inezita se casou com Adolfo Cabral Barroso em 1947 e com ele permaneceu até o final da vida. O casal teve uma filha chamada Marta Barroso.

Documentário Inezita

O documentário Inezita, dirigido por por Hélio Goldsztejn, foi lançado em 2018 e traz vários aspectos da vida pessoal e profissional da artista pouco conhecidos pelo grande público.

Confira o trailer:

Morte

Inezita faleceu vítima de insuficiência respiratória no dia 8 de março de 2015 em São Paulo.

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