Luís XV
Biografia de Luís XV
Luís XV (1710-1774) foi rei da França entre 1715 e 1774. Durante a sua menor idade, a França foi governada por seu tio Filipe, duque de Orléans. Foi coroado em Reims em outubro de 1722 e declarado maior aos 13 anos, em fevereiro de 1723.
Luís XV nasceu em Versalhes, no dia 15 de fevereiro de 1710. Era filho do duque Luís de Borgonha e de Marie-Adelaide de Savóia, e bisneto de Luís XIV. Ascendeu ao trono com cinco anos de idade, após a morte de seu bisavô, pois seu pai e seu irmão mais velho também tinham morrido.
A regência do duque de Orléans
Após a morte do rei Luís XIV, os opositores ao regime, principalmente a nobreza cansada do papel secundário que desempenhara durante aquele reinado, reagiu contra a organização governamental.
O testamento do rei conferia o governo a um conselho de regência composto de representantes da antiga corte, dos ministros e secretários de Estado.
Conferiu o governo também aos seus dois filhos bastardos, por ele legitimados, Luís Augusto de Bourbon, duque de Maine e Luís Alexandre de Bourbon, conde de Toulouse.
O duque de Orléans, Filipe (1674-1723), tio do pequeno rei Luís XV, deveria presidir o conselho, cujas decisões seriam tomadas por maioria de votos.
O Parlamento de Paris, sob a influência da nobreza, anulou o testamento e entregou a regência ao duque de Orléans, que substituiu os ministros por um conselho formado por nobres.
Cada nobre era responsável por um setor do governo e seriam subordinados a outro conselho executivo, nomeado e presidido pelo regente.
Depois de três anos de experiência, o duque de Orléans reinstaurou o absolutismo, confiando a política exterior a seu antigo preceptor, o abade Guillaume Dubois, e a solução dos problemas financeiros ao banqueiro escocês John Law.
Temendo pela vida do rei e receoso da intenção de Filipe V da Espanha, que pleiteava a coroa da França, como neto de Luís XIV, o regente assinou com a Inglaterra e com as Províncias Unidas, a Tríplice Aliança de Haia, em 11 de janeiro de 1717.
O objetivo da aliança era receber apoio militar das grandes potências marítimas, em troca de vantagens comerciais e da ajuda dos franceses ao rei da Inglaterra, Jorge I, caso Jaime III pretendesse reclamar o trono inglês.
Uma reaproximação com a Espanha, em 1721, foi realizada através de um duplo contrato de casamento, no qual Luís XV deveria casar-se com uma infanta espanhola, filha de Filipe V e de Isabel Farnese, e D. Luís, herdeiro do trono da Espanha, com a filha do duque de Orléans.
Coroação e maior idade
Em outubro de 1722, o rei Luís XV foi coroado em Reims e declarado maior de idade aos 13 anos, em fevereiro de 1723.
Nesse mesmo ano, morre o duque de Orléans, sendo então escolhido Luís Henrique, duque de Bourbon e depois príncipe de Condé, para chefiar o governo.
O novo ministro retomou os rumos de uma política anti-espanhola e anulou o contrato matrimonial de Luís XV, para casá-lo, aos 15 anos, com Maria Leszczynska, de 22 anos, filha de Stanislas Leszczynski, rei destronado da Polônia.
A Espanha revidou, assinando uma aliança com a Áustria, em 1725, ao mesmo tempo em que a França procurava uma consolidação das relações com a Inglaterra.
Cardeal Fleury o primeiro ministro
O duque de Bourbon foi substituído pelo cardeal André Fleury, antigo tutor do rei. O plano de Fleury era preservar a paz na Europa, aliando-se aos Bourbons da Espanha e reconciliando-se com a casa de Habsburgo
A França comprometeu-se em guerras de pouco interesse para o país, como a sucessão da Polônia de 1733 a 1738 e a sucessão da Áustria (1740-1748).
Depois da morte de Fleury, em 1744, o rei anunciou que pretendia governar pessoalmente, porém, sua indolência e a falta de confiança o fizeram tomar para si algumas decisões alheias.
A corte de Luís XV era dominada por facções opostas de nobres e ministros, e o governo nunca adotou uma política coerente nem organizada. Além disso, a diplomacia secreta que o rei praticava introduziu o caos na política externa.
A Guerra dos Sete Anos
Durante a Guerra dos Sete Anos, de 1756 a 1763, contra a Grã-Bretanha e a Prússia, a França, aliada à Áustria, perdeu a maior parte de suas colônias americanas e asiáticas.
Essa política atirou a burguesia contra o trono e tornou ousada a nobreza que, sentindo-se fortalecida, tentou contra o rei uma rebelião, em 1766, movida pelos parlamentos aristocráticos das cidades de Paris e Rennes.
Os últimos anos do reinado de Luís XV foram marcados pela crescente presença da Rússia na Europa, pela consolidação da aliança com a Áustria, através do casamento do futuro rei Luís XVI, neto do rei, com Maria Antonieta, arquiduquesa da Áustria, e pela partilha da Polônia, em 1772.
A vida amorosa de Luís XV
Durante quase todo o seu reinado, Luís XV manteve amantes que exerceram grande influência no governo, como a marquesa de Vintimille e a mais famosa Jeanne-Antoinette Poisson, marquesa de Pompadour.
Jeanne Bécu, condessa Du Barry, foi a última das amantes e que exercia pouca ou nenhuma influência no campo da política, limitando seu papel ao de companheira do rei.
Luís XV faleceu em Versalhes, França, no dia 10 de maio de 1774. Foi sucedido por seu neto Luís XVI.
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