Robert Merton

Sociólogo norte-americano
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Robert Merton

Robert Merton (1910-2003) foi um sociólogo norte-americano, considerado o pioneiro na sociologia da ciência explorando o modo como os cientistas se comportam e o que os motiva, recompensa e intimida. Foi importante teórico da burocracia e da comunicação de massa.

Robert King Merton (1910-2003) nasceu na Filadélfia, nos Estados Unidos, no dia 4 de julho de 1910. Filho de imigrantes de origem judaica, nascido Meyer R. Schkoinick, com 14 anos mudou seu nome para Robert Merlin e com 19 para Robert King Merton. Estudou na South Philadélphia High School. Era frequentador assíduo da Andrew Camegie Library, da Bibloteca Central e do Museu de Artes.

Em 1927, com uma bolsa de estudos, ingressou na Temple University, sendo tutorado pelo sociólogo George E. Simpson Em 1931 concorreu a uma bolsa de estudos em Harvard para trabalhar como aluno assistente do sociólogo Pitirim Sorokin, fundador do recém-criado departamento de sociologia. Em 1936, após a conclusão de sua dissertação “Science, Technologgy and Society in the Seventeenth-century Englad”, lecionou em Harvard até 1939. Em seguida passou a lecionar e chefiar o departamento de sociologia da Universidade de Tulane. Em 1941 ingressou na Columbia University, como professor de sociologia. Em 1957 foi eleito Presidente da Associação Americana de Sociólogos.

A carreira acadêmica de Robert Merton acompanhou a evolução e aceitação da sociologia como disciplina acadêmica. O sociólogo desenvolveu diversas teorias, entre elas a “Teoria Geral da Anomia”, que foi transformado em sua obra clássica “Teoria e Estrutura Social”. O conceito de anomia foi estabelecido por Émile Durkheim em suas obras: Da Divisão do Trabalho Social e O Suicídio, quando empregava o termo para mostrar que algo na sociedade não funciona de forma harmônica. Para Robert Merton anomia é um estado de falta de objetivos e de perda da identidade. A teoria da anomia insere-se dentro das teorias designadas funcionalistas, que considera a sociedade como um todo orgânico.

Ao estudar as consequências provenientes da burocracia - como forma de associação humana, baseada na racionalidade (na adequação dos meios ao fim), buscando a máxima, notou a presença de consequências indesejáveis às quais chamou de disfunções da burocracia, que levam à ineficiência e às imperfeições. Entre suas obras destacam-se: “Sociologia: Teoria e Estrutura”, “The Sociology of Science” e “On Social Structure and Science”.

Robert Merton faleceu em Nova York, Estados Unidos, no dia 23 de fevereiro de 2003.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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