Robert Oppenheimer

Físico estadunidense
Por Laura Aidar
Formada em Comunicação

Biografia de Robert Oppenheimer

Julius Robert Oppenheimer foi um físico estadunidense que ficou conhecido como o pai da bomba atômica. Diretor do Projeto Manhattan, coordenou uma grande equipe de cientistas que trabalhou para a criação da terrível arma militar, usada durante a Segunda Guerra Mundial pelos EUA.

Após ver o enorme estrago que sua invenção produziu, Oppenheimer se arrependeu de ter contribuído para a morte de milhares de pessoas.

Juventude e formação

Nascido em 22 de abril de 1904 em Nova Iorque, Robert veio de uma família judia com posses. Seu pai, um alemão que vivia nos EUA, fez fortuna ao vender materiais têxteis.

Com uma educação refinada, Robert Oppenheimer estudou matemática, ciências, literatura grega e francesa. Se formou em 1925 na Universidade de Harvad com a maior das honras. Dois anos depois já era doutor pela Universidade de Göttingen, na Alemanha, com apenas 22 anos. Foi nessa instituição que estudou e contribuiu para avanços na física quântica.

De volta aos EUA, continuou seus estudos e deu aulas na Universidade de Berkeley. Se tornou uma referência em física teórica e ajudou a desenvolver pesquisas em diversos campos da ciência.

Projeto Manhattan e a criação da bomba atômica

No início dos anos 40 Oppenheimer foi convidado pelos EUA a trabalhar no Projeto Manhattan, que desenvolveria a bomba atômica.

A busca pela criação dessa arma de destruição em massa foi impulsionada após os físicos Albert Einstein e Leo Szilard advertirem o governo norte-americano sobre a possibilidade da Alemanha nazista criar armas nucleares, já que estudiosos alemães haviam descoberto a fissão nuclear.

Assim, em 1942, Robert assume a direção do projeto, se tornando o grande líder da empreitada, responsável pela coordenação de uma grande equipe de cientistas.

Ele determinou a construção de centros de pesquisa no deserto de Los Alamos, no Novo México. Dessa forma, após muito trabalho, em 16 de julho de 1945 foi realizada a primeira explosão de uma bomba atômica em caráter experimental. O feito aconteceu no deserto de Los Alamos e a bomba foi chamada de Trinity.

bomba atômica
Nuvem de cogumelo formada pela bomba detonada em Nagasaki, no Japão

Um mês depois do teste, em 6 e 9 de agosto de 1945, duas bombas foram jogadas por aviões norte-americanos sobre as cidades japonesas Hiroshima e Nagasaki. A primeira foi apelidada de Little Boy e a segunda de Fat Man.

A detonação dos artefatos nucleares causou o genocídio de mais 300 mil pessoas nas duas cidades. As mortes foram tanto instantâneas quanto a longo prazo, provocadas por efeitos radioativos.

O arrependimento de Oppenheimer

Depois da destruição das cidades japonesas, o físico decidiu se desligar do Projeto Manhattan e passou a presidir o Comitê Consultivo da Comissão de Energia Atômica, entre 1947 e 1952.

O cientista tomou um posicionamento contrário ao uso das bombas nucleares, sobretudo da bomba de hidrogênio, e lutou pelo fim da corrida armamentista entre EUA e União Soviética.

Seus esforços foram em vão e por conta de suas declarações, o cientista foi proibido de ter acesso a documentos e perdeu parte de sua influência.

Ele foi ainda acusado de ter ligação com o comunismo, sendo caçado pelo macartismo, apontado como traidor do governo norte-americano.

O físico se arrependeu profundamente de ter contribuído para o desenvolvimento de uma arma tão letal e lamentou a morte de milhares de pessoas.

A frase de Oppenheimer

Após perceber as consequências da utilização da bomba atômica, Robert Oppenheimer disse em uma entrevista que após a detonação do artefato ele se lembrou de uma frase presente no livro sagrado hindu Baghavad-Gita:

Agora eu me tornei a morte, a destruidora de mundos.

Morte de Oppenheimer

Robert Oppeneimer faleceu em 18 de fevereiro de 1967, vítima de câncer na garganta devido ao hábito de fumar.

A doença foi descoberta em 1965 e ele chegou a fazer uma cirurgia e tratamentos com quimioterapia e radioterapia, mas sem sucesso, morreu aos 62 anos.

Laura Aidar
Formada em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e em Fotografia pela Escola Panamericana de Arte e Design.
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