Rodrigo Melo Franco

Advogado, jornalista e escritor brasileiro
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Rodrigo Melo Franco

Rodrigo Melo Franco (1898-1969) foi advogado, jornalista e escritor brasileiro. Foi diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, durante 31 anos.

Rodrigo Melo Franco (1898-1969) nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, no dia 17 de agosto de 1898. Filho de Rodrigo Bretas de Andrade e Dália Melo Franco de Andrade. Iniciou seus estudos no Ginásio Mineiro. Morou em Paris, na casa de seu tio o diplomata Afonso Arinos. Fez o curso secundário no Lycée de Sailly.

De volta ao Brasil, estudou direito na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Depois de formado trabalhou como bancário e depois como oficial de gabinete da Inspetoria de Obras Contra a Seca. Em 1921 iniciou sua atividade jornalística, colaborando no jornal O Dia.

Em 1922 aliou-se a luta pelos artistas revolucionários do movimento modernista. Colaborou para vários jornais e revistas, entre eles, o Estado de Minas, A Manhã, Diário da Noite, O Estado de São Paulo, O Cruzeiro e Diário Carioca. Entre 1928 e 1930, foi diretor presidente de O Jornal, de Assis Chateaubriand. Trabalhou no escritório de advocacia de seus tios, Afrânio e João de Melo Franco. Foi casado com Graciema Melo Franco de Andrade.

Em 1936, por indicação de Manuel Bandeira e Mário de Andrade, foi convidado pelo governo Capanema, para dirigir, na época o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), hoje Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN). Deixou em segundo plano suas atividades na literatura, jornalismo e advocacia, para se dedicar a organização do órgão, onde passou 31 anos.

Sua única obra ficcionista "Velórios", é uma coletânea de sete contos, editada em 1936. A obra fugiu do regionalismo, é uma obra pós-moderna, com apenas algumas ressonâncias machadianas. Como pesquisador, publicou os livros "Brasil, Monumentos Históricos e Arqueológicos" (1952), "Rio Branco e Gastão" (1953) e "Artistas Coloniais" (1958).

Em 1987, foi criado o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, pelo IPHAN, em reconhecimento a ações de valorização, preservação e divulgação do patrimônio cultural brasileiro.

Rodrigo Melo Franco de Andrade faleceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de maio de 1969.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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