Buster Keaton

Ator norte-americano
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Buster Keaton

Buster Keaton (1895-1966) foi um ator e diretor norte-americano, considerado um dos principais nomes do cinema mudo ao lado de Charlie Chaplin.  Entre suas comédia destacam-se: "O Enrascado", "Marinheiro Por Descuido", "Sherlock Jr." e "A General".

Buster Keaton, nome artístico de Joseph Frank Keaton, nasceu em Piqua, Kansas, Estados Unidos, no dia 4 de outubro de 1895. Filho de Joe Keaton e de Mayra Keaton, comediantes de vaudeville (mistura de teatro e circo), com quatro anos começou a atuar ao lado dos pais, quando fazia acrobacias elaboradas e perigosas. Depois de vários anos se apresentando no circuito de vaudeville com os “The Three Keatons”, com 21 anos, Buster tornou-se um veterano nessa arte.

Em 1816, Buster Keaton foi para Nova Iorque procurar trabalho no cinema. Convidado pelo comediante e diretor Roscoe “Fatty Arbuckle”, estreou no curta “The Butcher Boy” (1917). Em 1920, depois de trabalharem juntos em diversos curtas, Keaton adquiriu um estúdio e começou a produzir seus próprios filmes. A amizade dos dois atores durou até a morte súbita de Arbuckle em 1933.

Em 1921, Keaton se casou com Natalie Talmaday e juntos tiveram dois filhos. Depois, atuou em uma série de curtas, entre elas, “One Week” (1920), “The Boat” (1921) e “Cops” (1923), Keaton produziu o longa “Three Ages” (1923), que deu início a uma nova era do cinema mudo. Uma das características do ator era manter seus personagens impassíveis, sérios e com a mesma expressão facial em todos os filmes. Com esse comportamento, Keaton recebeu o apelido de “o grande cara de pedra” ou “o homem que nunca ri”.

No auge de sua carreira, Keaton chegou a fazer dois filmes por ano, como “Nossa Hospitalidade” (1923), “O Aeronauta” (1923), “Marinheiro por Descuido” (1924), “Sherlock Jr.” (1924), “A General” (1926) e “Box por Amor” (1926).  A mais renomada comédia de Keaton foi “Sherlock Jr.”, quando o diretor fez uso de efeitos especiais de ponta.

Depois de mais alguns filmes mudos de sucesso, como “College” (1927) (Amores de Estudante) e “Steamboat Bill, Jr.” (1928) (Marinheiro de Encomenda), Keaton foi informado que seu contrato havia sido vendido para a MGM. Sua primeira produção na MGM foi “The Cameraman” (1928) considerado uma de suas melhores comédias. Em 1929, a MGM lançou “Spite Marriage” (O Noivo Cara Dura), a última direção de Keaton, antes da chegada do filme sonoro.

A primeira aparição de Keaton em um filme sonoro da MGM foi em “The Hollywood Revue of 1929” (1929), quando atuou ao lado de grandes atores. Apesar da popularidade dos filmes mudos do ator, a MGM não permitiu que Keaton continuasse produzindo seus filmes, tendo que aceitar os termos impostos polo estúdio. Em 1932, Keaton separou-se de Natalie, perdendo, na justiça, a sua casa, boa parte de seus bens e o contato com os seus filhos. Além de dependente de álcool, deprimido e sem dinheiro, foi demitido da MGM em 1933.

Depois de se internar para tratamento do alcoolismo, ele conheceu aquela que seria sua segunda esposa, a enfermeira Mae Scrivens. O casamento durou até 1935. Depois de fazer vários filmes de baixo orçamento, Keaton produziu o curta “Grand Slam Opera” (1936), que foi elogiado por seus fãs. Em 1940, Buster Keaton se casou com a terceira esposa, Eleanor Norris, que permaneceu sua parceira até seus últimos dias. Em 1949, dirigiu, junto com Robert Z. Leonard, e fez um pequeno papel no filme “In the Goog Old Summertimr” (A Noiva Desconhecida).

Buster Keaton e Charlie Chaplin

Buster Keaton e Charlie Chaplin foram dois grandes comediantes do cinema mudo, enquanto Charlie Chaplin fazia um papel de vagabundo atrapalhado e malandro, que expressava seus sentimentos através das mímicas e não se importava de rir de si mesmo, Buster apelava par para as “gags” – saltos, corridas e quedas arriscadas, e interpretava o herói impassível, que mesmo quando fracassava mantinha a mesma expressão séria, causando humor em seus filmes, o que gerou o apelido de “o homem que nunca ri”.

Em 1952, depois de sobreviver por décadas com comédias baratas, Keaton voltou à evidência ao participar do filme “Luzes da Ribalta” de Charlie Chaplin. Depois de mais algumas aparições em filmes e na televisão, em 1960 escreveu a autobiografia “My Wanderful World of Slapstick”. Sua última aparição no cinema foi em “A Funny Thing Happened on The Way To The Forum” (1966), que estreou seis meses após sua morte.

Buster Keaton faleceu em Woodland Hills, Los Angeles, no dia 1 de fevereiro de 1966.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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