Emiliano Zapata

Líder da Revolução Mexicana
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Emiliano Zapata

Emiliano Zapata (1879-1919) foi um dos líderes da Revolução Mexicana de 1910 que lutou contra ricos latifundiários que haviam se apossado de terras dos camponeses. Foi considerado um dos heróis nacionais do México.

Emílio Zapata Salazar nasceu na aldeia de Anenecuilco, no estado de Morelos, no México, no dia 8 de agosto de 1879. Filho dos camponeses, Gabriel Zapata e de Cleofás Salazar, descendentes de indígenas e de ancestrais espanhóis, era o nono de dez irmãos, dos quais somente quatro sobreviveram. Com 13 anos ficou órfão e herdou uma parte das terras e de algumas cabeças de gado de sua família.

Desde jovem Zapata lutava contra os ricos proprietários de terras que haviam se apossado das terras dos pequenos camponeses. Com 17 anos teve seu primeiro enfrentamento com as autoridades o que lhe obrigou a abandonar o estado de Morelos e viver durante alguns anos escondido em um rancho de um amigo.

Nessa época, o México vivia sob a ditadura de Perfirio Díaz que nada fazia em favor dos camponeses. Em 1902, Zapata ajudou as pessoas de Moretos que tinham problemas com um fazendeiro, acompanhando-as à Cidade do México exigindo justiça.

Em 1906, Zapata organizou uma reunião com os camponeses da aldeia de Cuautia para discutir uma forma de defender suas terras dos desmandos do governo a favor dos grandes fazendeiros.

Em 1908, como punição, foi forçado a ingressar no novo regimento do exército mexicano, onde permaneceu durante seis meses. Em setembro de 1909, reuniu clandestinamente por volta de 400 habitantes de sua aldeia para elaborar um plano em defesa de suas terras. Foi então eleito presidente da Junta das Terras de Anenecuilco.

A Revolução Mexicana de 1910

Com o objetivo de se perpetuar no poder a qualquer custo, Díaz convocou eleições presidenciais. Francisco Madero candidato adversário de Díaz foi perseguido e obrigado a se exilar em Plan de San Luis, de onde convocou o povo mexicano a se armar contra o ditador.

No dia 20 de novembro de 1910 Emiliano Zapata reuniu o exército formado na maioria por indígenas de Morelos, e com o grito de guerra “Terra e Liberdade” se uniu à Revolução Mexicana de Modero.  

Em seis meses o exército do ditador foi derrotado. Em maio de 1911, Diaz partiu para o exílio depois de passar o poder para Francisco León de La Barra que assumiu interinamente a presidência.

Durante a presidência interina surgiram desavenças entre Zapata, que exigiu a imediata devolução das terras aos camponeses, e Francisco Madero que exigia o desarmamento dos guerrilheiros. Em julho de 1911, os “zapatistas” haviam entregado grande parte de suas armas na esperança que Madero fosse eleito nas próximas eleições.

Em novembro de 1911, Madero finalmente foi eleito presidente do México. Zapata esperava que o novo governo assumisse o compromisso com os camponeses, mas pressionado pelo exército Madero não apoiou os revolucionários.

Diante do fracasso, Zapata elaborou o “Plano de Ayala”, em que declarava Madero incapaz de cumprir as promessas da revolução e anunciava a expropriação de um terço das terras dos fazendeiros. Pascual Orozco foi eleito como chefe da revolução e exigiam a renúncia do presidente.

Em 1913, Madero foi vítima da traição do general Victoriano Huerta que tomou o poder e mandou executa-lo, instalando uma nova ditadura no país.

Durante o governo de Huerta e do presidente constitucionalista Venustiano Carranza, Zapata continuou seu movimento contra o governo, estendendo seu poder para todo o Sul do México. Depois de vários conflitos, em julho de 1914, Huerta foi derrotado.

Emiliano Zapata uniu então suas forças com Pancho Villa, o líder revolucionário que atuava no Norte do México, e entraram na Cidade do México, a capital do país, onde enfrentaram as tropas constitucionalistas de Carranza. Nessa época, Zapata criou as primeiras Associações Agrárias, estabeleceu o Crédito Agrícola e inaugurou a Casa Rural de Empréstimo de Morelos.

Os conflitos continuavam e em 1917 as forças de Carranza derrotaram Pancho Villa e em 1919, depois de cair em uma emboscada, Zapata foi fuzilado em uma fazenda em Morelos. Seu corpo foi exposto e fotografado para que não se duvidasse de sua morte.

Emiliano Zapata faleceu em Chimameca, Morelos, no dia 10 de abril de 1919.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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