Jean-Paul Marat
Biografia de Jean-Paul Marat
Jean-Paul Marat (1743-1793) foi um líder da Revolução Francesa, médico e pesquisador, que ficou conhecido como o Amigo do Povo.
Jean-Paul Marat nasceu em Boudry, principado de Neuchâtel, Suíça, propriedade do rei da Prússia, no dia 24 de maio de 1743. Filho de um ex-monge de classe média, estudou no colégio de Neuchâtel, mas tinha grandes aspirações.
Formação
Com 16 anos foi para a França e estudou em Bordeaux. Com 19 anos mudou-se para Paris, onde estudava nas bibliotecas das grandes mansões, entrando pela porta dos fundos, munido de um bilhete de recomendação.
Com 22 anos, Jean-Paul foi para Londres onde estuda Medicina e aventurou-se a dar as primeiras consultas para se sustentar. Teve vários amigos médicos e frequentava hospitais e prisões.
Primeiras publicações
Em 1773 publicou Ensaios Sobre a Alma Humana, que foi criticado por Voltaire que o considerou extremamente materialista. Em 1774 redige panfletos a favor da reforma eleitoral e edita anonimamente, Cadeias da Escravidão.
Em 1775 formou-se em Medicina pela Universidade de Saint Andrew, em Edimburgo. Ingressou na maçonaria e começou a exercer a medicina. Publicou Ensaios Filosóficos Sobre o Homem (1773).
No dia 10 de abril de 1776 retornou a Paris, onde conseguiu grande clientela. Entre 1777 e 1783 trabalhou como médico da guarda pessoal Conde dArtois, irmão de Luís XVI e futuro Carlos X.
Apesar de bom ordenado e alojamento, continuava sendo um irredutível inimigo de seus empregadores, pois não esquecia o que vira nas ruas, hospícios e prisões.
Em 1780 publica Plano de Legislação Criminal, inspirado nas ideias revolucionárias de Montesquieu e Rousseau, onde propõe a reforma penal e judiciária.
Entre 1781 e 1787, Marat dedicou-se à pesquisa científica no campo da luz, eletricidade e medicina. Traduziu Newton e publicou uma dezena de volumes especializados.
Seu ingresso na Academia de Ciências lhe foi negado o que acirrou ainda mais sua hostilidade contra o Antigo Regime. Em 1789 publicou o panfleto Oferta à Pátria, ou Discurso do Terceiro Estado à França.
A obra era um documento cauteloso onde elogiava o rei e o ministro por terem dado ouvidos ao clamor do povo, mas defendia ao mesmo tempo o direito dos pobres ao voto.
Atividades revolucionárias
Com a invasão da Bastilha e o início da Revolução, sua vontade de participar dos acontecimentos o levou, em 16 de setembro de 1789, a editar o jornal O Amigo do Povo, que se tornou o jornal mais popular e radical da Revolução Francesa.
Com uma linguagem cada vez mais virulenta logo enfrentou dissabores. No dia 8 de outubro recebeu ordem de prisão por incitação ao motim.
Em dezembro foi preso, mas ao ser identificado como amigo do povo, por Lafayette, um dos membros da junta policial, seu leitor assíduo, no mesmo dia foi solto.
Em fevereiro de 1790, Jean-Paul Marat fugiu para Londres, de onde continuou a campanha. Em maio está de volta a Paris.
Em 30 de junho publicou Súplica de 18 Milhões de Infelizes à Assembleia Nacional, onde pede que não deixem passar a lei da democracia censitária.
No dia 17 de julho de 1791 ocorre o massacre no Campo de Marte dos que pediam a deposição do rei. Acreditando que a Revolução foi esmagada, Marat voltou para a Inglaterra.
Em meados de 1792 as atividades revolucionárias de Marat se intensificam. Participa da formação da comuna de Paris e apoia as execuções de nobres e religiosos contra-revolucionários.
Os girondinos (grupo político moderado formado pela alta burguesia) defendem a guerra contra o Sacro Império, apoiados pelo rei, mas Marat é contra a guerra, com o apoio de Robespierre.
O fim da monarquia na França
Em maio de 1792 a Assembleia decreta a prisão de Marat. Em julho são descobertas as intenções da coroa, os girondinos se desmoralizam. No dia 10 de agosto eclode a insurreição popular e o rei é preso.
No dia 3 de setembro Marat torna-se membro da Prefeitura Revolucionária de Paris, em seguida é eleito deputado para a Assembleia Constituinte.
Em 1793, a Gironda propõe plebiscito para referendar a Assembleia. Marat e Robespierre se opõem. No dia 21 de janeiro, Luís XVI é guilhotinado.
No dia 12 de abril a Gironda consegue nova ordem de prisão contra Marat, que comparece ao Tribunal Revolucionário para ser triunfalmente absolvido pelo povo.
No dia 31 de maio ocorre um levante popular e o cerco da Convenção. Ele crê que agora o perigo não reside mais nos girondinos, mas nos Enregés (Furiosos). No dia 12 de julho escreve seu último artigo Acordemos, é Hora!.
Morte
Jean-Paul Marat foi assassinado em sua casa em Paris, França, por uma jovem girondina Charlotte Corday, no dia 13 de julho de 1793.
O povo prestou-lhe culto como mártir da revolução e foi sepultado no Panteão. Durante a época do Diretório, porém, a figura de Marat tornou-se símbolo dos excessos revolucionários e, em 1795, seus restos mortais foram retirados do Panteão.
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