Igor Stravinski

Compositor e maestro russo
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Igor Stravinski

Igor Stravinski (1882-1971) foi um compositor, maestro e pianista russo, autor de “Pássaro de Fogo”, balé que o tornou célebre. Tornou-se um dos mais importantes compositores do Século XX.

Infância e Formação

Igor Feodorovitch Stravinski nasceu em Oraniembaum, subúrbio de São Petersburgo, Rússia, no dia 17 de junho de 1882. Filho de Fyodor Stravinski cantor de ópera imperial de São Petesburgo, foi criado no excelente meio artístico e cultural do século XIX. Ainda garoto começou a estudar piano, teoria musical e composição.

Apesar de precoce vocação musical, em 1901. Stravinski ingressou no curso de Direito. Em 1905, com o massacre que ficou conhecido como Domingo Sangrendo, a universidade foi fechada e Stravinski foi impedido de fazer seus exames finais de conclusão do curso. Nesse mesmo ano, começou a estudar com o músico Rimsk-Korsakoff. Suas aulas foram interrompidas com a morte de Rimski em 1908.

Casamento e Filhos

Em 1906, apesar da oposição da Igreja Ortodoxa que não aprovava o casamento entre primos de primeiro grau, no dia 26 de janeiro, Stravinski casa-se com sua prima Katya. O casal teve dois filhos, Fiodor e Ludmila, nascidos em 1907 e 1908 respectivamente.

Primeira Fase das Composições de Stravinsky

Em 1909, duas composições orquestradas por Stravinsky, “Scherzo Fantastique” e “Feu d’artifice”, foram apresentadas em um concerto em São Petersburgo e ouvidas pelo empresário russo e fundador do balé Russo, Serguei Diaghilev que o convidou para colaborar com sua companhia de balé.

Stravinski realizou algumas orquestrações para o balé russo e depois compôs a primeira partitura de balé, “L ‘Oiseau de Feu” (1910, O Pássaro de Fogo), cuja apresentação em Paris, lhe abriu o caminho da celebridade. Em 1911, apresentou novo sucesso com “Petruchka”. Em 1913, causou escândalo com “A Sagração da Primavera”, com coreografia de Nijinski, uma aparente violação de toda sintaxe musical. Nas obras seguintes, apresentou curtas peças instrumentais e vocais baseados no folclore e também no ragtime e outras formas musicais populares e danças do Ocidente.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Stravinski mudou-se com a família para a Suíça. Em 1914 compôs a ópera alegórica “O Rouxinol”, quando satiriza a mecanização da vida moderna. A Revolução Russa de 1917 acabou com a esperança de Stravinski voltar a viver na Rússia. Em 1918, compôs “A História do Soldado”, que reúne tango, ragtime, mímica, dança e recitação.

Segunda Fase das Composições de Stravinski

Em 1920, Igor Stravinski radicou-se na França, época em que sua música entra na segunda fase e os temas russos dão lugar a um estilo neoclássico, norteado pela revalorização da música europeia do Século XVIII. Tendo perdido suas propriedades na Rússia, passou a ganhar a vida como intérprete, ao piano ou como regente, e com esse fim escreveu a maior parte das peças compostas entre 1920 e 1930. São dessa época, o balé “Pulcinella” (1920), uma adaptação da música de Pergolesi e “Octeto” (1923) para instrumentos de sopro, uma composição de câmara. Mas é a partir do modelo de Handel que Stravinski realiza seu “Oedipus Rex” (1927) (Édipo Rei), um oratório de grande beleza trágica, com texto de Cocteau. Baseado em textos bíblicos compõe ainda a cantata “Symphonie des Psaumes” (1930) (Sinfonia dos Salmos).

Em 1934, Stravinski adquire a nacionalidade francesa. Em 1938, morre sua filha mais velha, e em 1939 morre sua esposa e sua mãe. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, Stravinsk muda-se para os Estados Unidos. Em 1945 torna-se cidadão americano.

Terceira Fase das Composições de Stravinski

Aos poucos, Stravinsi vai se afastando de suas tendências neoclássicas e passa por uma profunda crise criativa que foi superada pela adesão ao Serialismo da Escola de Viena, Mostra dessa fase são as composições: “Movimentos” (1959) para piano e orquestra, “Variações” (1960) para orquestra, e o “Requiem” (1966).

Igor Stravinski faleceu em Nova Iorque, no dia 6 de abril de 1971.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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