Mauro Mota
Biografia de Mauro Mota
Mauro Mota (1911-1984) foi um poeta, jornalista, cronista e professor brasileiro. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a Cadeira nº 26.
Mauro Ramos da Mota e Albuquerque nasceu no Engenho Buraré, Pernambuco, no dia 16 de agosto de 1911. Era filho do promotor público José Feliciano da Mota Albuquerque e de Aline Ramos da Mota Albuquerque. Fez seus estudos primários em Nazaré da Mata e no Recife. Ingressou no colégio Salesiano, época em que escreveu seus primeiros versos, no jornal O Colegial, dirigido pelo padre Nestor de Alencar.
Mauro Mota casou-se muito jovem, com Hermantine Cortez, com quem teve dois filhos. Formou-se em Direito, em 1937, pela Faculdade de Direito do Recife. A morte de sua esposa, o inspirou a escrever inúmeras poesias.
Dedicou-se ao ensino, à literatura e ao jornalismo. Foi professor de história e geografia em vários colégios pernambucanos, entre elas a Escola Normal, na qual conquistou a cátedra com a tese O Cajueiro Nordestino.
Como jornalista foi secretário e redator-chefe do Diário da Manhã. Com o Estado Novo, passou para o Diário de Pernambuco, chegando a diretor, em 1956. No Diário de Pernambuco dedicou-se ao suplemento literário, abrindo caminho para as novas gerações.
Sua contribuição literária foi das mais importantes tanto para a prosa como em verso. Publicou "A Tecelã", "Os Epitáfios" e "O Galo e o Catavento". Em prosa destacam-se "Geografia Literária" e "Paisagem das Secas".
Mauro Mota foi superintendente do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, entre 1956 e 1970. Foi diretor do Departamento de Documentação e Cultura da Cidade do Recife e do Arquivo Público Estadual de Pernambuco, de 1972 a 1984.
Foi casado pela segunda vez, com a pintora e cronista Marly Mota, com quem teve quatro filhos. Foi membro da Academia Pernambucana de Letras, sendo seu presidente por mais de dez anos. No dia 5 de janeiro de 1970, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
Recebeu o Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras, o Prêmio da Academia Pernambucana de Letras por seu poema Elegias, o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro e o Prêmio Pen Clube do Brasil pelo livro Itinerário.
Mauro Mota faleceu no Recife, no dia 22 de novembro de 1984.
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