Nilo Coelho

Nilo Coelho (1920-1983) foi um político pernambucano. Foi deputado estadual, deputado federal, governador de Pernambuco e senador. Desenvolveu uma política de eletrificação rural, Implantou o LAFEPE, a FIAM e ampliou a rede rodoviária estadual.

Nilo Coelho nasceu em Petrolina, Pernambuco, no dia 2 de novembro de 1920. Era filho do coronel Clementino se Souza Coelho e Josefa Coelho. Seu pai era grande proprietário de terras, comerciante, industrial e na época o maior acionista da Companhia Hidro-Elétrica do São Francisco.

Na década de 30, Petrolina se ligava mais facilmente a Salvador do que ao Recife, por essa razão, os filhos do coronel foram estudar me Salvador. Nilo foi aluno do Colégio da Bahia. Ingressou na Faculdade de Medicina de Salvador.

Em 1947, já formado, voltou para Petrolina. Foi eleito deputado estadual pelo Partido Social Democrático, para o mandato de 1947 a 1950. Em 1951 foi eleito deputado federal. Em 1954 foi secretário da Fazenda no governo de Etelvino Lins. Nesse mesmo ano casou-se com Maria Tereza Coimbra de Almeida Brennand. Juntos tiveram seis filhos.

Foi reeleito deputado federal em 1958 e 1963. Estava na Câmara quando ocorreu o movimento militar de 1964. Na Câmara participou e apoiou as medidas tomadas pelo governo do Marechal Castelo Branco, de quem era amigo pessoal dede a época em que o Marechal comandou o IV Exército no Recife.

Participou do Bloco Parlamentar Revolucionário, que deu origem à ARENA, após a promulgação do Ato Institucional nº11, em 27 de outubro de 1965.

Em 1966 foi escolhido para o governo de Pernambuco, sucedendo Paulo Guerra. Durante seu governo ampliou a rede rodoviária e ligou sua cidade natal, situada no extremo Oeste do Estado, ao Recife. Intensificou a política de irrigação, sobretudo na área banhada pelo rio São Francisco, diversificando a produção irrigada, que se baseava no cultivo da cebola, para outros produtos como: alho, algodão, uva, frutas e verduras.

Durante seu governo, Nilo Coelho implantou uma política de modernização na Secretaria da Fazenda, tornando mais eficiente o sistema de arrecadação de impostos. Tentou, através do CONDEPE - Instituto de Desenvolvimento de Pernambuco - realizar estudos que dessem oportunidade de dividir o território pernambucano em regiões administrativas. Apesar do esforço feito e do estudo ter sido concluído, a divisão não foi efetivada.

Desenvolveu uma política de eletrificação rural. Levou energia a mais de 200 distritos da zona da Mata, Agreste e Sertão. Implantou o Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (LAFEPE), a Fundação de Desenvolvimento Municipal de Pernambuco (FIAM), a Comissão Estadual de Controle e Poluição das Águas, o Instituto de Pesos e Medidas e o Departamento de Trânsito de Pernambuco.

Durante seu governo, foi criado pelo Governo Federal, um grupo de trabalho, o GERA, que deveria apresentar soluções para a dinamização do processo de reforma agrária, tendo em cada Estado um grupo para desenvolver esse trabalho. O grupo do Estado de Pernambuco, nomeado pelo governador, produziu um documento em que indicava os problemas fundiários mais graves e sugeria medidas a serem tomadas. Porém, com a publicação do ato AI-5, a reforma agrária deixou de ser preocupação governamental.

Concluído seu mandato em 1971, passou o governo a José Francisco Moura Cavalcanti. Foi eleito senador em 1979. No Senado, portou-se como um liberal, tendo problemas com o governo ao defender a necessidade de investigar a fundo o caso da explosão da bomba no Rio Centro, quando grupos de terroristas procuraram promover um atentado de grandes proporções e o governo não permitiu que se investigasse o caso. 

Nilo de Souza Coelho morreu em Petrolina, Pernambuco, no dia 9 de novembro de 1983, antes de terminar o mandato.