Pancho Villa

Revolucionário mexicano
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Pancho Villa

Pancho Villa (1878-1923) foi um revolucionário mexicano, um dos mais destacados líderes da Revolução Mexicana de 1910. Lutou em defesa dos camponeses e da reforma agrária.

Pancho Villa, pseudônimo de José Doroteo Arango, nasceu em San Juan del Rio, na província de Durango, no México, no dia 5 de junho de 1878. Após a morte de seu pai, se viu responsável pela mãe e os quatro irmãos. Nunca frequentou uma escola e desde pequeno teve que trabalhar. Com 16 anos, acusado de assassinar um fazendeiro que abusou de sua irmã teve que fugir para as montanhas onde foi acolhido por um bando de assaltantes e rapidamente se converteu em um bandido generoso. Quando estava ameaçado de morte viu a necessidade de trocar de nome e adotou o pseudônimo de Pancho Villa.

Pancho Villa se transformou em um defensor da classe trabalhadora que era explorada pelos ricos fazendeiros. Ficou conhecido por toda parte como “O amigo dos pobres”. Nas eleições de 1910, Pancho Villa apoiou o candidato Francisco Madero, que desafiou o presidente ditador Porfirio Díaz, com um programa democrático e de reformas sociais. Com eleições fraudadas, mais uma vez Díaz foi reeleito.

Pancho Villa une-se à Madero e cria seu próprio exército no Norte do México, formado em sua maioria por indígenas e lideranças militares surgidas entre a massa camponesa. No dia 20 de novembro de 1910, com o apoio do exército  revolucionários de Emílio Zapata, líder da rebelião do Sul, Días e deposto. Em novembro de 1911, Madero finalmente foi eleito presidente do México, mas pressionado pelo exército não cumpriu a tão esperada reforma agrária.

No ano seguinte, o general Victoriano Huerta depõe Madero e começa a perseguir aqueles que o haviam apoiado. Pancho Villa é condenado à morte, tem que fugir e se esconde nos Estados Unidos, com o apoio do Madero. Em 1913, quando Madero foi morto iniciou-se uma nova ditadura no México. Com as esperadas reformas cada vez mais distantes, Pancho Villa apoia o novo opositor Venustiano Carranza, líder do movimento constitucionalista.

Uma aliança se formou contra o ditador Huerta: Álvaro Obregón, Venustiano Carranza, Pancho Villa e seu melhor amigo Emiliano Zapata. O México estava oficialmente em estado de guerra civil. Reunindo uma força de mais de 40 mil soldados, esses aliados derrubam a ditadura de Huerta, e Carranza assume como novo líder mexicano, mas por causa de intrigas políticas, Pancho Villa não apoia o novo presidente e retoma sua luta armada, agora contra seu antigo aliado.

Novamente dividido, o poder estava sendo disputado de modo acirrado. Pancho Villa toma conta da região Norte do país e o governo de Carranza recebeu o apoio de uma força militar dos Estados Unidos, que esmagam o exército de Pancho, que consegue se refugiar na cidade de Chihuahua. Em retaliação, em 1916, Pancho Villa ataca o povoado americano de Columbus, situado no limite dos Estados Unidos e o México. Após o ataque, o presidente americano Woodrow Wilson enviou numerosa tropa sob o comando de John Pershing para prender Villa.

Durante quatro anos, Pancho Villa escondido no alto da Sierra Madre, tentava escapar das forças dos Estados Unidos e das do México. Por fim, os Estados Unidos retira suas tropas do México. Em 1920, Pancho Villa resolve fazer as pazes com o novo presidente eleito, Adolfo de la Huerta e se retira para a fazenda Canutilho, em Durango. No entanto, seus antigos inimigos fazendeiros organizam um plano para matá-lo.

Pancho Villa é assassinado em seu carro, quando transitava na cidade de Hidalgo Parral, no Norte do México, no dia 20 de julho de 1923.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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