Antônio Gonçalves de Cruz Cabugá

Revolucionário brasileiro
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Antônio Gonçalves de Cruz Cabugá

Antônio Gonçalves de Cruz Cabugá foi revolucionário Brasileiro. Foi presidente do Erário do governo revolucionário de Pernambuco. Foi nomeado Cônsul Geral do Brasil na Bolívia, no período regencial.

Antônio Gonçalves de Cruz Cabugá nasceu no Recife, Pernambuco, na segunda metade do século XVIII. Estabelecido com um comércio, mantinha um grande círculo de amizades, tanto na cidade onde morava, como em um sítio que possuía na localidade de Manguinhos. Eram frequentes as festas realizadas em sua residência, para aliciar adeptos para a Maçonaria.

Em 1817, eclodiu a Revolução pernambucana, deflagrada contra a opressão da corte portuguesa, com a cobrança de elevados impostos. Depois de controlar a cidade, trataram os revolucionário de consolidar e organizar a república. Os oficiais desfizeram-se das insígnas portuguesas e ocuparam a praça do Erário, onde estavam depositados seiscentos contos de reis. Para presidir o Erário, foi nomeado o comerciante Antônio Gonçalves de Cruz Cabugá.

O governador de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, foi deposto e foi convocada uma eleição para a constituição do novo governo, que depois de formado, passou a se comunicar com o interior, com as capitais vizinhas e com o exterior. Assim, buscando o reconhecimento do governo da república, seguiu para os Estados Unidos o comerciante Cruz Cabugá.

Sua missão nos Estados Unidos, seria, além do reconhecimento, adquirir armas e munições para combater as tropas do rei Dom João VI e também contratar oficiais franceses do antigo exército napoleônico que estivessem na América do Norte, a espera de emprego e oportunidade.

Do governo americano conseguiu o compromisso de que, enquanto durasse a revolução, os Estados Unidos liberaria a entrada de navios pernambucanos em águas americanas e receberia exilados, caso a rebelião fracassasse.

Temeroso das represálias e castigos que poderiam cair sobre ele, ficou nos Estados Unidos. Os soldados recrutados quando chegaram ao Brasil foram presos antes de desembarcarem. Cruz Cabugá teve seus bens confiscados.

Apesar da adesão de vários Estados, a revolução Pernambucana de cunho republicano e federativo, fracassou. Em 1821, com o perdão real, Cruz Cabugá voltou ao Brasil, pode reaver os seus bens e retomar suas atividades. Em 1831 foi nomeado cônsul geral do Brasil na Bolívia, onde faleceu em 1833.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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