Luís do Rego Barreto

Militar português
Por Dilva Frazão
Biblioteconomista e professora

Biografia de Luís do Rego Barreto

Luís do Rego Barreto (1778-1840) foi militar português. Foi nomeado, pelo rei D. João VI, para governar Pernambuco e reprimir os simpatizantes ou partidários da República.

Luís do Rego Barros (1778-1840) nasceu em Viana do Castelo, Portugal, no dia 28 de outubro de 1778. Muito jovem entrou para a carreira militar. Lutou na guerra contra os franceses na ocupação napoleônica, ao lado dos ingleses e espanhóis. Era um general violento e autoritário.

Chegou ao Brasil, nomeado pelo rei D. João VI, para reprimir o sentimento de rebeldia que caracterizava os pernambucanos. No dia 26 de junho de 1817, foi nomeado governador de Pernambuco. Logo que tomou posse do cargo, formou uma Comissão Militar, sob sua presidência, e começou a julgar os prisioneiros da Revolução Pernambucana de 1817, que ocorreu no mês de março.

A comissão mandou para forca os principais rebeldes, que estavam presos no Recife, entre eles Antônio Henriques Rebelo, padre Pedro de Souza, Tenório, padre de Itamaracá, José de Barros Lima, o Leão Coroado e Domingos Teotônio Jorge, o líder da Revolução. Rego Barreto determinou o sequestro dos bens dos envolvidos, que era de grande interesse para ele, uma vez que a maioria dos prisioneiros era formada de grandes proprietários de terras e importantes comerciantes.

As prisões estavam cheias, o terror tomava conta do Recife, de Olinda e do interior da província. Os pernambucanos em desespero, decidiram assassinar o governador. No dia 20 de julho de 1821, na ponte da Boa Vista, no centro do Recife, João Souto Maior desferiu um tiro contra o governador, foi perseguido e lançou-se ao rio. Momentos depois foi encontrado morto. O governador ferido foi levado para restabelecimento, na casa do senhor de engenho Antônio de Morais e Silva.

O fato intensificou ainda mais a perseguição aos rebeldes. Porém, chegaram de Portugal, notícias sobre a revolução na cidade do Porto, exigindo a volta do Rei e a promulgação de uma Carta Constitucional. O Rei foi pressionado a voltar e resolveu deixar no Brasil, como regente, o príncipe D. Pedro, herdeiro do trono.

Luís do Rego tratou de organizar no Recife uma junta Constitucional Governativa, sob sua presidência. No entanto, o coronel de milícias Manuel Inácio Vieira de Melo e Mena Calado, reuniram-se no engenho Tamataupe de Flores, numa conspiração, com o apoio de vários proprietários, organizaram uma Junta Governativa sob a presidência de Francisco de Paula Gomes dos Santos, obtendo o apoio das demais câmaras municipais do interior, enquanto Recife e Olinda apoiavam Luís do Rego.

Organizaram-se tropas no Recife e em Goiana. Os soldados, nascidos no Brasil, ao se encontrarem em Igarassu, se confraternizaram, deixando os oficiais em situação difícil. Avançaram em direção à capital, conquistando Olinda e estabelecendo o cerco ao Recife. O quartel geral foi estabelecido na povoação de Beberibe e a 5 de outubro de 1821, foi assinado um acordo, denominado Convenção de Beberibe, elegendo uma nova Junta Governativa. Luís do Rego, entendendo que sua missão estava concluída, retorna para a Europa no dia 26 de outubro.

Luís do Rego Barreto morreu em Portugal, no dia 7 de setembro de de 1840, exatamente 18 anos depois da Independência do Brasil.

Dilva Frazão
É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.
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