Estácio de Sá
Biografia de Estácio de Sá
Estácio de Sá (1520-1567) foi um militar português do século XVI. Estácio fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro entre o Pão de Açúcar e o morro de São João, em 1º de março de 1565, após anos de combates para a expulsão dos franceses da baía de Guanabara.
Estácio de Sá nasceu em Coimbra, Portugal, no ano de 1520. Era filho de Gonçalo Correia e Filipa de Sá, era sobrinho de Mem de Sá, o terceiro governador geral do Brasil.
Acredita-se que tenha vindo para o Brasil acompanhando o tio, que desembarcou na Bahia, então sede do Governo-geral, no dia 28 de dezembro de 1557, juntamente com alguns primos. Mem de Sá assumiu o governo do Brasil colônia em 3 de janeiro substituindo Duarte da Costa.
Expulsão dos franceses da Baía da Guanabara
Dois anos após ter desembarcado no Brasil, o governador pediu reforços a Lisboa para expulsar os franceses que estavam instalados no Rio desde 1556. Sob o comando de Villegaignon, os franceses estavam construindo um forte e projetavam a fundação de um povoado, núcleo inicial da França Antártica.
Com os reforços que chegaram, a esquadra lusa aprisionou uma nau dos franceses. O combate pela posse do forte Coligny durou dois dias. Os franceses abandonaram a ilha e fugiram para seus navios. Parte deles voltou para a França e outros juntaram-se aos tamoios.
Após a destruição do forte, Estácio de Sá seguiu para São Vicente, no litoral paulista, e de lá partiu para Lisboa levando as boas notícias. Porém, os franceses decididos em continuar na luta, retornam à ilha e planejam uma vingança.
Em 1563, reforços trazidos de Portugal por Estácio de Sá chegam à Bahia. Inicia-se os preparativos para um novo ataque com o objetivo de expulsar definitivamente os franceses que ainda permaneciam no Rio de Janeiro.
Em 1564, a bordo da Galé Conceição, Estácio de Sá partiu de Salvador, sede do governo geral do Brasil, em direção ao sul. Foi nomeado comandante da esquadra que rumou para a baía da Guanabara.
Ao chegar ao destino, foram duramente repelidos pelos índios tamoios, que eram numerosos e fizeram Estácio desistir de aportar na Guanabara. A esquadra seguiu para a Capitania de São Vicente, em busca de reforços.
Desembarcaram no porto de Santos. Os padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, influentes em toda região, conseguem recrutar muita gente para reforçar a armada de Estácio de Sá.
No dia 20 de janeiro de 1565, a esquadra partiu para o Rio, onde chegaram no começo de março. Junto ao morro do Pão de Açúcar, ergueram fortificações e fizeram fossos. O mar ao redor se cobriu de tamoios, que encorajados pelos franceses, partiram para o ataque.
No dia 6 de março ocorreu a primeira batalha, da qual os franceses saíram vitoriosos. Dias depois, nova luta. Em terra e no mar, durantes meses os combates vão acontecendo.
No início de 1566, José de Anchieta foi para Salvador buscar reforços. Para auxiliar o sobrinho, Mem de Sá mandou uma esquadra para o Rio. Em 1567 os combates se acirram até a vitória dos portugueses e a expulsão dos franceses.
Fundação do Rio de Janeiro
Mesmo antes da expulsão definitiva dos franceses da Baía da Guanabara, no dia 1º de março de 1565, Estácio de Sá deu início à implantação de um núcleo de povoamento bem fortificado, era o início da construção da cidade de São Sebastião (nome dado em homenagem ao rei português), depois São Sebastião do Rio de Janeiro, entre o Pão de Açúcar e o Morro de São João.
Hoje, na fortaleza de São João há um marco simbólico da fundação do Rio de Janeiro. Foi lá que Estácio de Sá ergueu as primeiras paliçadas para enfrentar os franceses.
Morte
Em janeiro de 1567, na batalha decisiva para a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, Estácio de Sá foi ferido no rosto, por uma flecha envenenada. Piorando a cada dia, com o rosto marcado pela infecção, a cidade não faz festa.
Mem de Sá toma várias medidas administrativas, transfere o núcleo da povoação para o morro do Castelo, nomeia vereadores, tesoureiros e magistrados, concede sesmarias e doa terras para o colégio dos jesuítas.
Estácio de Sá faleceu no Rio de Janeiro, com uma infeção causada pelo ferimento no rosto, no dia 20 de fevereiro de 1567.
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